Notícia
Stoxx 600 em máximos de julho e perto de recorde. Ageas pula quase 4%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quarta-feira.
Stoxx 600 em máximos de julho e perto de recorde. Ageas pula quase 4%
Os principais índices europeus terminaram a sessão desta quarta-feira em alta, com o índice de referência europeu, o Stoxx 600, em máximos de meados de julho. Isto numa altura em que os investidores dos dois lados do Atlântico aguardam a apresentação de resultados da Nvidia.
O "benchmark" do Velho Continente avançou 0,33% para os 520,6 pontos, impulsionado pelo setor de produtos químicos, que ganhou mais de 1% para máximos de mais de dois meses.
O setor dos seguros também ganhou mais de 1%, depois da Ageas ter pulado quase 4%, após ter revelado um lucro operacional que ficou acima das expectativas dos analistas. A seguradora belga também anunciou um programa de recompra de ações. Pela negativa, o setor mineiro perdeu mais de 1%, juntamente com o retalho.
Entre os restantes movimentos de mercado esteve a biofarmacêutica GSK, ao somar mais de 2% em Londres, depois de o Supremo Tribunal de Delaware, nos Estados Unidos, ter optado por rever uma decisão relacionada com o litígio do Zantac, que alegava que o medicamento provocava cancro.
Os principais índices europeus têm recuperado das quedas de agosto, à boleia de maior otimismo em torno da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal. O índice de referência, que reúne as 600 maiores cotadas da Europa ocidental, está agora a menos de 1% dos máximos históricos alcançados em maio.
Tods os olhos estão agora postos na Nvidia.
"É difícil pensar numa apresentação de resultados de uma empresa mais aguardada do que o da Nvidia, e há um verdadeiro sentimento de apreensão", comentou à Bloomberg, Neil Birrell, diretor de investimentos da Premier Miton Investors
"Há poucas dúvidas de que o mercado acionista será impulsionado pelo setor tecnológico nos próximos dias, para o bem ou para o mal, dependendo das contas da Nvidia. É o único jogo na cidade neste momento", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax valorizou 0,54%, o francês CAC-40 somou 0,16%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,3% e o espanhol IBEX 35 avançou 0,05%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,31%.
Já o britânico FTSE 100 cedeu 0,02%.
Juros da dívida cedem com exceção do Reino Unido. Alemanha lidera quedas
Os juros da dívida soberana das principais economias europeias desceram quase generalizadamente, com as yields das Bunds alemãs a liderarem as quedas, num momento em que se perspetiva um corte das taxas do BCE em setembro.
Os juros da dívida alemã a 10 anos, que servem como referência para os mercados europeus, caíram 3 pontos base para 2,256%.
As OAT de França e as BTP de Itália, também com data de vencimento a uma década, recuaram 2,8 pontos base para 2,984% e 2,1 pontos base para 3,643%, respetivamente.
Na Península Ibérica, os juros das obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos desceram 2,4 pontos base para 2,849%, enquanto as congéneres espanholas recuaram 1,3 pontos base para 3,088%.
A exceção entre as grandes economias europeias foi a rendibilidade da dívida britânica, com as yields das Gilts a 10 anos a aumentaram 0,3 pontos base para 3,999%.
Dólar recupera. Investidores aguardam dados económicos para mais clareza sobre a Fed
O dólar está a recuperar das mais recentes perdas que levaram a moeda a mínimos do ano face a várias divisas rivais. Isto numa altura em que os investidores aguardam novos dados económicos que possam fornecer mais clareza relativamente ao encontro de política monetária de setembro da Reserva Federal, como o indicador preferido de inflação do banco central.
O dólar soma 0,48% para 0,894 euros e avança 0,42% para 0,7573 libras, estando assim a recuperar de mínimos de dois anos registados na terça-feira face à divisa britânica, numa sessão em que os investidores se focaram na divergência em termos da política monetária no Reino Unido e nos Estados Unidos.
Por sua vez, o índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana em relação às suas principais concorrentes – avança 0,35% para os 100,9 dólares. No entanto, caminha para a maior queda mensal desde novembro de 2023.
Preços do petróleo corrigem face a forte valorização após disrupções na Líbia
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar esta quarta-feira, devido a persistentes receios de um abrandamento económico na China e baixos níveis de procura no país. No entanto, as perdas continuam a ser limitadas por riscos de fornecimento no Médio Oriente e, em particular, na Líbia.
O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os Estados Unidos, perde 0,75%, para os 74,96 dólares por barril. Já o Brent, que serve de referência para o continente europeu, cai 0,74%, para os 78,96 dólares por barril.
Os dois "benchmarks" caíram mais de 2% na terça-feira, após terem valorizado mais de 7% nas últimas três sessões.
A gerar esta forte subida esteve uma declaração de "force majeure" pelo governo do leste da Líbia - uma cláusula legal que permite a não realização de carregamentos de petróleo - em todos os campos, terminais e instalações petrolíferas. Isto numa altura em que duas fações governamentais disputam o controlo do banco central e das riquezas petrolíferas do país. Esta declaração coloca a produção de cerca de 1,2 milhões de barris diários em risco.
No entanto, não há ainda confirmação de qualquer encerramento por parte do governo sediado em Tripoli, ou mesmo da National Oil Corp, a empresa que gere os recursos petrolíferos da Líbia.
As disrupções na Líbia devem gerar uma contração no mercado, considerando que se dá a remoção de barris reais, mas os investidores querem primeiro ver uma queda das exportações líbias, justificou à Reuters Giovanni Staunovo, analista do UBS. Esta interpretação pode ajudar a explicar a atual fraqueza do mercado.
Ouro em queda com indicador de inflação favorito da Fed no radar
Os preços do ouro estão a negociar em queda esta quarta-feira, pressionados por um dólar mais forte. Os investidores aguardam o índice de preços nas despesas de consumo das famílias (PCE, na sigla em inglês), relativo a julho, conhecido como o indicador favorito da Reserva Federal (Fed) norte-americana para medir a inflação.
O metal amarelo segue assim a recuar 0,74% para 2.505,86 dólares por onça, após ter desvalorizado mais de 1% ontem.
Uma valorização da "nota verde" torna o ouro mais dispendioso para compradores em moeda estrangeira, uma vez que está cotado em dólares.
"Estamos a ver alguma pressão de um dólar um pouco mais firme. E, nesta altura, estamos à espera de mais informações para conduzir este mercado numa direção ou noutra, com base nos dados da inflação", afirmou à Reuters David Meger, diretor de "trading" de metais na High Ridge Futures. Por isso, acrescenta, "o que estamos a ver é a consolidação da retirada de mais-valias antes desse relatório [da inflação]".
Wall Street sem tendência definida. Contas da "AI-darling" Nvidia cada vez mais perto
Os principais índices em Wall Street abriram esta quarta-feira maioritariamente em baixa, com os investidores a aguardarem um novo catalisador com os resultados da Nvidia, que serão conhecidos hoje após o fecho, à procura de saberem se o mais recente "rallly" das tecnológicas de inteligência artificial pode ser sustentado.
O S&P 500 recua 0,1% para 5.620,13 pontos. Já o Nasdaq Composite perde 0,4% para 17.683,34 pontos, enquanto o Dow Jones cede 0,042% para 41.233,17 pontos, após ter alcançado um novo máximo histórico de fecho pela segunda sessão consecutiva esta terça-feira.
Os "traders" do mercado de opções sobre ações esperam que as contas do segundo trimestre da Nvidia gerem um movimento de cerca de 9,8% dos títulos da fabricante de "chips", com a dimensão de 300 mil milhões de dólares, de acordo com dados da ORATS citados pela Reuters. A empresa segue a perder 1,28% para 126,66 dólares, a cerca de 10 dólares do máximo histórico atingido em junho nos 135 dólares.
Os analistas esperam que os lucros do segundo trimestre terminado em julho da "AI-darling" ascendam aos 15,1 mil milhões de dólares, o que compara com os 6,2 mil milhões registados no mesmo período do ano passado. Já as receitas deverão ter subido para 28,7 mil milhões de dólares, acima dos 13,5 mil milhões.
A centrar atenções, além dos números, estarão também perspetivas relativamente a quando a Nvidia irá começar a distribuir o seu novo "chip" de inteligência artificial, com o nome de código Blackwell. A primeira previsão de entregas era em janeiro, mas foi entretanto adiada para a segunda metade do ano. Qualquer mudança de planos pode mexer com os títulos da tecnológica.
"Os investidores estão um pouco nervosos com o que vão ver e ouvir da Nvidia... uma vez que as expectativas têm sido tão elevadas, a questão é quão melhor pode ainda ficar", comentou à Reuters Sam Stovall, estratega-chefe da CFRA Research.
"A notícia em si vai impulsionar não apenas as ações da Nvidia, mas o setor tecnológico e o mercado em geral", completou.
Entre os principais movimentos de mercado, a Super Micro Computer afunda 20,64%, após ter revelado que não espera conseguir apresentar um documento mais detalhado relativo aos resultados do último ano fiscal terminado a 30 de junho de 2024. No entanto, a companhia revelou que não há mudanças nos números face ao apresentado a 7 de agosto.
A empresa foi esta terça-feira alvo da "short-seller" Hindenburg Research, conhecida firma de investidores ativistas, que revelou deter uma posição a descoberto na fabricante de servidores para inteligência artificial. A Hindenburg diz ter detetado "novas provas de manipulação contabilística, negociação entre partes interessadas e evasão de sanções".
Taxas Euribor sobem a seis e 12 meses e descem a três meses
As taxas Euribor subiram hoje nos prazos a seis e doze meses e desceram a três meses.
A Euribor a três meses recuou 0,010 pontos face a terça-feira, para 3,505%, continuando acima das taxas Euribor a seis e 12 meses.
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu hoje 0,006 pontos para 3,391%, depois de, na terça-feira, ter descido 0,016 pontos para 3,385%.
No dia 16 de agosto situou-se em 3,367%, um mínimo desde 11 de abril de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 33,7% e 25,7%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, subiu hoje 0,024 pontos para 3,119%, depois de no dia anterior ter descido 0,021 pontos para 3,095%.
Em 18 de julho, o BCE manteve as taxas de juro diretoras e a presidente do BCE, Christine Lagarde, não esclareceu o que vai acontecer na próxima reunião em 12 de setembro, ao afirmar que tudo depende dos dados que, entretanto, forem sendo conhecidos.
Na reunião anterior, em junho, o BCE tinha descido as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
A média da Euribor em julho voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas mais acentuadamente no prazo mais longo, tendo baixado 0,040 pontos para 3,685% a três meses (contra 3,725% em junho), 0,071 pontos para 3,644% a seis meses (contra 3,715%) e 0,124 pontos para 3,526% a 12 meses (contra 3,650%).
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa no verde. Investidores receiam resultados da Nvidia
A Europa está pintada de verde pelo segundo dia consecutivo e as bolsas do bloco pairam perto do máximo de seis semanas, em dia de resultados trimestrais da gigante de tecnologia norte-americana Nvidia, divulgados após o fecho de Wall Street. Prevê-se que os resultados poderão afetar as ações das tecnológicas europeias.
"É difícil pensar num conjunto de resultados empresariais mais aguardado do que o da Nvidia, e há um verdadeiro sentimento de apreensão", disse Neil Birrell, da Premier Miton Investors, à Bloomberg. "As ações serão impulsionadas pelo sector tecnológico, para o bem ou para o mal, nos próximos dias, dependendo do que a Nvidia comunicar", acrescentou.
O índice de referência para o Velho Continente, Stoxx 600, avança 0,21% para 519,98 pontos, cerca de 1% abaixo do seu máximo histórico registado em maio. Entre os 20 setores que o compõem, o setor das seguradoras e da tecnologia são os que mais sustentam o desempenho do índice, ao avançarem 0,73% e 0,56%, respetivamente.
A travar maiores ganhos esteve o setor dos recursos naturais que recua 0,79%, em contraciclo com o registado na abertura da sessão de ontem.
A ASML foi a empresa que mais contribuiu para o aumento do índice, ao subir 1,2%, apesar de ter sido a Elekta a registar o maior ganho: 8.6%.
Destaque ainda para a biofarmacêutica GSK, que soma 1,67%, uma vez que o Supremo Tribunal do Delaware, nos EUA, decidiu rever uma decisão relacionada com o litígio do Zantac, que alegava que um medicamento da empresa provocava cancro.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o italiano FTSEMIB ganhou 0,22%, o espanhol IBEX 35 avançou ligeiros 0,08%, o alemão DAX valorizou 0,48%, enquanto o holandês AEX registou ganhos de 0,22%. O britânico FTSE 100 está praticamente inalterado, com a Sheel a prejudicar o desempenho. Já o francês CAC-40 avança 0,28%, com o impasse político no país a reavivar as ações.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, num momento em que os investidores estudam a possibilidade de o Banco Central Europeu cortar pela segunda vez os juros este ano.
Para a reunião de política monetária de setembro, que se realiza daqui a duas semanas, ainda não há decisão definida, mas há vários decisores que estão alinhados com outra descida dos juros diretores.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos recua 1,5 pontos base para 2,858% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, cede 2,1 pontos para 2,265%.
A rendibilidade da dívida soberana italiana decresce 2,1 pontos base para 3,643%, a da dívida francesa recua 2,2 pontos para 2,990% e a da dívida espanhola regista um decréscimo de 1 ponto para 3,091%.
Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, também com prazo a dez anos, aliviam 1,4 pontos base para 3,982%.
Dólar ganha terreno enquanto investidores aguardam pelo PCE
A "nota verde" está a ganhar terreno esta quarta-feira face a todas as principais divisas, num momento em que se especula que os investidores estão a comprar a moeda num "reequilíbrio" de investimento deste ativo.
O dólar avança 0,24% para 0,8962 euros e, face à divisa nipónica, sobe 0,41% para 144,5500 ienes. O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana em relação às suas principais concorrentes – avança 0,26% para os 100,82 pontos, reduzindo o seu declínio mensal para 2,1%.
Também o dólar australiano teve um desempenho superior face a outras divisas e fixou-se nos 0,6793 dólares, após dados mostrarem que a inflação baixou para os 3,5% em julho, acima dos 3,4% que os analistas previam.
Esta semana os investidores aguardam novos dados nos EUA, incluindo o PIB do 2º trimestre e o indicador preferido da Reserva Federal para avaliar a inflação (o PCE, índice de preços nas despesas de consumo das famílias), que deverão ser divulgados no final desta semana.
Ouro recua com dólar mais forte e antes de dados da inflação
O ouro pôs fim a um pequeno "rally" de três dias e afasta-se cada vez mais do máximo histórico atingido a semana anterior, à medida que o dólar ganha força antes de novos dados da inflação nos EUA.
O metal amarelo cede 0,58% para 2.510,06 dólares por onça.
A consolidação dos preços do ouro "faz sentido no curto-prazo até recebermos o próximo conjunto de dados, muito provavelmente dados dos EUA antes da reunião de política monetária da Reserva Federal de setembro", disse Joni Teves, estratega do UBS à Bloomberg.
Os investidores aguardam os números da inflação divulgados esta sexta-feira, que podem oferecer pistas sobre a rapidez com que as taxas serão cortadas, depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter confirmado na semana passada que "chegou a altura" de flexibilizar a política. O mercado prevê que a taxa tenha caído para os 2,1%, pouco acima do objetivo de 2% do banco central.
Noutros metais preciosos, a prata e a platina registam quedas de mais de 1% e o paládio recua 0,88%.
Petróleo estável depois de queda de 2% e baixa nos "stocks" dos EUA
Os preços do crude estão a negociar em ligeira alta, depos de na sessão anterior terem registado uma queda repentina de 2%, a par das previsões de queda dos "stocks" de petróleo do outro lado do Atlântico. O API - American Petroleum Institute - prevê que o valor de barris de petróleo tenha caído 3,4 milhões na semana passada. Caso aconteça, será a oitava descida consecutiva do "stock".
Ainda assim, o West Texas Intermediate (WTI), referência para os Estados Unidos, avança 0,13% para 75,63 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, sobe 0,14% para 79,66 dólares por barril.
Os preços do "ouro negro" têm sido sustentados pela guerra no Médio Oriente e tentativas falhadas de um cessar-fogo entre Israel e Hamas, assim como a ameaça no corte de produção por parte da Líbia.
Mas o sentimento do mercado para o futuro não é tão positivo, levando a que o Goldman Sachs e o Morgan Stanley a reverem em baixa as previsões para o próximo ano, acreditando que o crude será afetado pela crise na economia chinesa e pela queda do consumo de gasolina na Europa.
No final da semana serão conhecidos novos dados sobre criação de emprego nos EUA, que darão ainda mais pistas aos investidores sobre os próximos passos da Reserva Federal em relação a futuros cortes nas taxas de juro.
Ásia e Europa incertas à espera de resultados da Nvidia
As bolsas asiáticas encerraram mistas, com o Japão a ser o único país a avançar. Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura sem uma tendência definida, numa altura em que os investidores aguardam pelos resultados da Nvidia para perceberem se há razão para continuar a alimentar a euforia em torno da inteligência artificial.
Na China, o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,1%, enquanto o Shanghai Composite recuou 0,6%. A época de resultados continua a desiludir no país e, esta quarta-feira, foi a vez da Nongfu Spring apresentar as suas contas trimestrais. A fabricante de água engarrafada chegou a cair 13% em bolsa, depois de ter divulgado resultados abaixo das expectativas do mercado.
A acompanhar as perdas, o Kospi sul-coreano caiu quase 0,1% e, pela Austrália, o S&P/ASX 200 desvalorizou 0,3%. "Hoje estamos a ver um desempenho mais fraco na Ásia, em antecipação dos resultados da Nvidia, o que pode estar a causar uma certa aversão ao risco", comentou Jun Rong Yeap, estratega da Ig Asia, à Bloomberg.
Já pelo Japão, o Topix e o Nikkei valorizaram de forma modesta, com ambos a avançarem cerca de 0,2%. O relativo otimismo nas bolsas japonesas contrasta com o futuro da política monetária do país. Esta quarta-feira, um membro do Banco do Japão voltou a reforçar a necessidade da autoridade monetária aumentar as taxas de juro, à medida que a inflação cresce no país.