Notícia
Bolsas e petróleo escalam com queda surpresa do desemprego nos EUA
Acompanhe aqui o dia nos mercados,minuto a minuto.
Wall Street dispara com bons dados do emprego a reforçarem aposta na recuperação dos EUA
O Dow Jones encerrou a escalar 3,15% para 27.110,98 pontos, regressando assim ao patamar dos 27.000 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 disparou 2,62% para 3.193,93 pontos, a fixar a terceira semana consecutiva de ganhos. Desde os mínimos de março, o S&P 500 valoriza mais de 40%.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite somou 2,06% para 9.814,08 pontos, marcando assim um novo recorde de fecho (o anterior tinha sido estabelecido a 19 de fevereiro).
O Nasdaq, que conta com pesos-pesados como o Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google (as chamadas FAANG), também fixou um novo máximo histórico, na negociação intradiária, quando tocou nos 9.842 pontos.
Mas este rally bolsista não se deveu apenas às tecnológicas. A Boeing, que integra o índice Dow Jones, pulou 16% devido ao crescente otimismo em torno do setor da aviação nos EUA, que foi bastante penalizado pela pandemia e decorrentes medidas de confinamento.
Também as fabricantes automóveis e as cotadas da banca se destacaram entre os melhores desempenhos do dia.
A contribuir para este dia risonho estiveram sobretudo os bons dados do mercado laboral nos EUA.
Juros agravam pela primeira semana em quatro
Os juros a dez anos da dívida portuguesa fecharam com um agravamento de 1,1 pontos base para os 0,533%.
Na semana, os mesmos juros avançaram 3,4 pontos base, contando a primeira semana de agravamento em quatro.
As obrigações, vistas como um ativo menos arriscado, perdem a atratividade num dia em que a maior economia do mundo deu sinais inesperados de recuperação: a taxa de desemprego em maio caiu para os 13,3%, muito abaixo dos 19% que eram estimados pelos economistas.
Na referência europeia, a Alemanha, a remuneração da dívida eleva-se em 4,5 pontos base para os -0,278%, tendo disparado 17,1 pontos no acumulado da semana.
Europa em máximos de março com banca em destaque
Depois da queda de ontem, as principais bolsas europeias voltaram a negociar em alta, com o Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa, a ganhar 2,36% para os 374,91 pontos.
Assim, o índice de referência europeu renova máximos de 6 de março. Todos os setores que integram o Stoxx600 estão a valorizar, sendo que as subidas mais expressivas estão a ser conseguidas pela banca, que ganhou mais de 6%, e pelos setores automóvel (+5%) e petrolífero (+5%).
A dar otimismo aos investidores estão os estímulos anunciados pelo Banco Central Europeu, ontem, com a instituição europeia a anunciar um reforço do pacote especial de ataque À pandemia de 600 mil milhões de euros, acima dos 500 mil milhões previstos pelos analistas.
O executivo chefiado por Angela Merkel chegou a acordo para um novo pacote de apoio à economia germânica no valor de 130 mil milhões de euros, enquanto o BCE elevou em 600 mil milhões de euros o programa em vigor de compra de ativos direcionado a capacitar a resposta dos países da Zona Euro à crise da covid-19.
Hoje, foi anunciada também a taxa de desemprego nos Estados Unidos, que se situou em 13,3% em maio, consideravelmente abaixo dos 19% que eram estimados pelos economistas, de acordo com a Bloomberg.
Na semana, o Stoxx 600 registou um ganho de 7,12%, apenas superado recentemente pela subida de quase 8% em abril. Antes disso, para verificar um ganho semelhante era preciso recuar até fevereiro de 2011.
Petróleo dispara com bons dados do emprego nos EUA e reunião da OPEP+
As cotações do "ouro negro" estão a negociar em alta, em máximos de três meses, impulsionadas pela inesperada criação de empregos em maio nos EUA, o que reforça a expectativa de uma retoma económica no país – e com isso, um aumento do consumo. Além disso, a informação de que a OPEP+ se reúne neste fim de semana está também a ajudar ao movimento positivo.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em julho segue a disparar 4,92% para 39,25 dólares por barril.
Já o contrato de agosto do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, escala 5,15% para 42,05 dólares.
A economia norte-americana criou empregos em maio, inesperadamente, depois de ter sofrido perdas recorde no mês anterior – o que dá um claro sinal de que talvez a contração desencadeada pela covid-19 esteja em fase de retrocesso, se bem que o caminho da retoma possa ser longo.
O Departamento do Trabalho anunciou também esta sexta-feira que a taxa de desemprego caiu para 13,3%, contra 14,7% em abril (percentagem que tinha sido um máximo do pós-Segunda Guerra Mundial.
Estes números animaram as bolsas e também os mercados da energia, com os investidores a acreditarem que o pior já passou e que os EUA vão regressar à via do crescimento – levando assim, também, a um aumento do consumo de combustível.
Por outro lado, há relatos de que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados – o chamado grupo OPEP+ – irão reunir-se no fim de semana.
A OPEP+ tinha agendada para ontem [estava inicialmente marcada para os dias 9 e 10 mas tinha sido antecipada] uma reunião destinada a avaliar o atual nível dos cortes de produção e o seu prolongamento. Agora surgem indicações de que a reunião será este fim de semana, o que animou o mercado.
Duas fontes da OPEP disseram à CNN Business que os seus membros debaterão já neste sábado a eventual extensão do atual nível de cortes por mais um mês.
Desde 1 de maio que está em vigor um corte de produção de 9,7 milhões de barris por dia (correspondendo a 10% da produção mundial), delineado em abril pela OPEP+ para ser implementado em maio e junho.
O atual volume do corte conjunto de produção foi delineado para os meses de maio e junho. Depois, entre julho e dezembro a redução já seria de apenas 7,7 milhões de barris diários, sendo adicionalmente cortada para 5,8 milhões de barris/dia entre janeiro de 2021 e abril de 2022, de acordo com o plano inicial.
Agora, a grande expectativa é de que o volume de retirada de 9,7 milhões de barris por dia se mantenha pelo menos durante o mês de julho.
Euro abandona maior ciclo de ganhos em 16 anos
A moeda única europeia abandonou o maior ciclo de ganhos dos últimos 16 anos na nona sessão. Apesar de ter chegado a tocar um máximo de 10 de março nesta sexta-feira, a divisa inverteu a trajetória após ter sido revelada uma taxa de desemprego nos Estados Unidos muito abaixo daquela que era prevista, sinalizando uma recuperação inesperada e dando força ao dólar.
O euro desce agora 0,19% para os 1,1317 dólares, depois de ter ascendido quase 0,5%.
Ouro desliza abaixo dos 1700 dólares com emprego nos EUA a ofuscar
O ouro voltou a descer da fasquia dos 1.700 dólares, após o "brilharete" dos números do mercado de trabalho norte-americano, que trouxeram boas notícias inesperadas.
O metal amarelo cai 2,17% para os 1.676,79 dólares, tendo já chegado a descer mais de 2,5%, para um mínimo de dia 1 de maio. O ouro deve fechar assim a terceira semana consecutiva de quebras, sendo esta aquela com o maior declínio, de 2,83%.
A abalar as cotações deste ativo refúgio está a taxa de desemprego nos Estados Unidos, que deu esta sexta-feira um sinal inesperado de recuperação da economia, ao situar-se nos 13,3% em vez dos esperados 19%. Desta forma, os investidores retomam o otimismo e mostram-se mais abertos a ativos de maior risco.
Wall Street dispara com queda surpresa do desemprego
O Dow Jones segue a somar 2,79% para 27.016,24 pontos e o Standard & Poor’s 500 avança 2,14% para 3.179,10 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite ganha 1,45% para 9.754,84 pontos.
A economia norte-americana criou empregos em maio, inesperadamente, depois de ter sofrido perdas recorde no mês anterior – o que dá um claro sinal de que talvez a contração desencadeada pela covid-19 esteja em fase de retrocesso, se bem que o caminho da retoma possa ser longo.
O Departamento do Trabalho anunciou também esta sexta-feira que a taxa de desemprego caiu para 13,3%, contra 14,7% em abril (percentagem que tinha sido um máximo do pós-Segunda Guerra Mundial).
Nos últimos dias, a expectativa de que a economia norte-americana poderá estar a encarrilar esteve a animar os investidores, e os dados de hoje estão a dar novo impulso.
Os economistas inquiridos pela Refinitiv antecipavam a perda de oito milhões de postos de trabalho, números que a confirmarem-se atirariam a taxa de desemprego dos EUA para um recorde de 19,7%.
Brent em máximos de 6 de março e a caminho de sexta subida semanal
O petróleo negoceia em forte alta nos mercados internacionais na manhã desta sexta-feira. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, usado como referência para as importações nacionais, aprecia 2,13% para 40,84 dólares por barril, estando assim em máximos de 6 de março na sétima subida seguida.
O Brent encaminha-se mesmo para o sexto saldo semanal acumulado positivo, o que não acontece desde um ciclo de seis semanas consecutivas a valorizar concluído em maio de 2018.
Por sua vez, o West Texas Intermediate (WTI), que é transacionado em Nova Iorque, ganha 1,55% para 37,99 dólares por barril, no quarto dia consecutivo de ganhos.
A apoiar a valorização do crude está a maior proximidade de um acordo no seio da organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) e respetivos aliados (OPEP+) com vista ao prolongamento do corte à produção petrolífera como forma de impulsionar o preço da matéria-prima.
A Bloomberg escreve que terá surtido efeito a pressão exercida pela Arábia Saudita e pela Rússia para que o Iraque ponha fim à redução do volume de cortes à produção de modo a compensar o não cumprimento das medidas decididas pelo cartel para elevar o preço do crude. A OPEP+ reúne-se este sábado em Viena, capital da Áustria.
Ouro com maior série de perdas semanais desde setembro
O ouro está a negociar hoje com sinal vermelho e prepara-se para completar a maior série de perdas semanais desde setembro, com a subida das ações a penalizar a procura por este ativo de refúgio.
As ações globais estão próximas de máximos de março, devido ao otimismo sobre uma recuperação mais rápida da economia. Dados divulgados ontem mostram que os novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos desaceleraram, e espera-se que hoje seja divulgado um aumento na taxa de desemprego.
Nesta altura, o ouro cai 0,33% para 1.708,34 dólares, enquanto a prata desliza 0,22% para 17,6721 dólares.
Juros caem na Zona Euro, Alemanha contraria tendência
Os juros das dívidas públicas seguem em queda ligeira para a generalidade dos países do bloco do euro, estando a "yield" da dívida da Alemanha novamente a contrariar.
A "yield" associada às obrigações soberanas de Portugal a 10 anos cede 0,2 pontos base para 0,515% na segunda queda consecutiva, série igual à verificada pela taxa de juro dos títulos espanhóis com a nesta maturidade (-0,1 pontos base para 0,549%).
Também a taxa de juro correspondente à dívida italiana a 10 anos recua 0,3 pontos base para 1,414%, enquanto a "yield" referente às "bunds" alemãs neste prazo sobe 2,9 pontos base para -0,298%.
Bolsas europeias voltam a máximos de 6 de março com BCE e Berlim
Depois da queda de ontem, as principais bolsas do velho continente retomaram esta sexta-feira, 5 de junho, a tendência de ganhos que vinha marcando as últimas sessões.
O índice de referência europeu Stoxx600 sobe 1,15% para 370,47 pontos, tendo já renovado máximos de 6 de março também registados na quarta-feira. Todos os setores que integram o Stoxx600 estão a valorizar, sendo que as subidas mais expressivas estão a ser conseguidas pela banca e pelos setores automóvel, petrolífero e turístico.
Também o PSI-20 avança 1,13% para 4.673,22 pontos e também o índice lisboeta transaciona na cotação mais elevada desde 6 de março, sobretudo apoiado pela subida de 1,92% para 11,67 cêntimos do BCP.
A alimentar este otimismo estão os estímulos anunciados pelo governo alemão e pelo Banco Central Europeu, tendo ambos superado as expectativas de investidores e analistas.
O executivo chefiado por Angela Merkel chegou a acordo para um novo pacote de apoio à economia germânica no valor de 130 mil milhões de euros, enquanto o BCE elevou em 600 mil milhões de euros o programa em vigor de compra de ativos direcionado a capacitar a resposta dos países da Zona Euro à crise da covid-19.
BCE encaminha euro para mais longo ciclo de ganhos desde 2004
A moeda única europeia está a valorizar contra o dólar pela nona sessão consecutiva, o mais longo ciclo de ganhos do euro face à divisa norte-americana desde a série de nove valorizações seguidas finda a 25 de outubro de 2004.
Nesta altura, o euro soma 0,19% para 1,1359 dólares, o que significa que transaciona em máximos de 12 de março em relação à moeda norte-americana.
O euro tem vindo a beneficiar das indicações de que a União Europeia estará a caminho de uma resposta robusta e solidária à crise da covid-19, contudo é a decisão de ontem do Banco Central Europeu que agora mais está a impulsionar a moeda única.
O BCE reforçou em 600 mil milhões de euros o programa de compra de ativos lançado para reagir aos efeitos económicos da pandemia e anunciou ainda o seu prolongamento, assim reiterando o compromisso da autoridade chefiada por Christine Lagarde com a garantia de resiliência da Zona Euro, em particular das economias mais endividadas.
Europa e EUA prolongam otimismo da sessão asiática
As bolsas asiáticas subiram esta sexta-feira, completando a segunda semana consecutiva de ganhos, com as ações a beneficiarem da reabertura gradual das economias. No Japão e Coreia do Sul, a sessão foi de ganhos, enquanto em Hong Kong e Austrália as subidas foram mais ligeiras.
Da mesma forma, os futuros das ações da Europa e Estados Unidos apontam para um início de sessão positivo, depois das perdas registadas na quinta-feira.
Ontem, as ações globais recuaram de máximos de três meses, depois de uma série de subidas alimentada pelos estímulos dos bancos centrais e governos às economias e às perspetivas mais otimistas para a recuperação.
No entanto, continua a haver focos de tensão no horizonte, como a deterioração das relações entre os Estados Unidos e a China, que pode pôr em causa o acordo comercial alcançado no início do ano.
Além disso, os investidores estão a aguardar os planos dos EUA para a próxima ronda de estímulos, mas a administração Trump adiou as discussões previstas para esta semana.