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Europa sobe tímida a olhar para estímulos dos EUA. Brent em máximo de 11 meses
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa com ganhos tímidos a olhar para estímulos dos EUA
As bolsas europeias terminaram de forma globalmente positiva, com o indíce de referência a regressar aos ganhos, depois da queda de ontem.
O Stoxx 600 - índice que agrupa as 600 maiores cotadas do "velho continente" - perdeu 0,1%, apesar dos ganhos do setor automóvel (+1,7%) e da banca (+1,5%).
Na ponta oposta estão as "utilities (-1,5%), com as empresas de energia renovável como a Vestas ou a Siemes Gamesa entre as maiores quedas.
Entre as bolsas europeias, Berlim, Londres e Paris caíram entre 0,1% e 0,7%.
Ouro pressionado por dólar forte e subida dos juros da dívida para máximos de 10 meses nos EUA
O metal amarelo inverteu para terreno negativo, depois de já ter estado a subir mais de 1%, com a valorização do dólar e o agravamento dos juros das obrigações norte-americanas a ofuscarem a perspetiva de pressões inflacionistas decorrentes de mais estímulos nos EUA.
O ouro a pronto (spot) cede 0,05% para 1.843,66 dólares por onça no mercado londrino de metais (LME).
Já no mercado nova-iorquino (Comex) os futuros do ouro recuam 0,43%, para 1.841,60 dólares por onça.
A valorização do dólar continua a pressionar o metal precioso, uma vez que é denominado na moeda norte-americana e fica menos atrativo como investimento alternativo para quem negoceia com outras moedas.
Também a subida dos juros das obrigações nos EUA está a penalizar o metal precioso. A "yield" da dívida norte-americana a 10 anos está a negociar em máximos de 10 meses, nos 1,168%, aumentando o custo de oportunidade de deter ouro sem remuneração de juros.
A expectativa de um novo pacote alargado de estímulos à economia tem reforçado a atratividade do ouro enquanto cobertura contra a provável inflação daí decorrente, mas a valorização do dólar e a subida dos juros da dívida está a ofuscar esse estatuto do metal amarelo.
Na quinta-feira o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, vai anunciar um novo programa de apoios, que diz ser no valor de biliões de dólares.
Juros alemães em máximo de setembro
Na Alemanha, a referência para o mercado de dívida europeu, os agravamentos dos juros já se repetem há três sessões. Esta terça-feira os juros da dívida a dez anos subiram 2,8 pontos base para os -0,470%, um máximo de 11 de setembro.
Também os juros a dez anos da dívida portuguesa somam 4,8 pontos base para os 0,039%, abandonando o sinal negativo que registaram nas últimas duas sessões.
Banco de Inglaterra deixa libra vitoriosa
A libra esterlina avança 0,74% para os 1,3618 dólares, e já chegou a valorizar 0,84% na sessão. Este salto, que contrasta com o mínimo de praticamente duas semanas atingido segunda-feira, acontece depois de o governador do Banco de Inglaterra, Andrew Bailey, ter declaradoque via problemas na hipótese de implementar taxas de juro negativas. Desta forma, foi atenuada especulação de que as taxas de juro possamser colocadas nos 0% no próximo mês.
A moeda única europeia valoriza 0,07% para os 1,2159 dólares, depois de três sessões sucessivas em queda. Esta terça-feira esteve ainda a cotar ainda perto do mínimo de 21 de dezembro ao qual desceu na sessão anterior. Por seu lado, o Bloomberg Dollar Spot Index desce 0,2%, abandonando o ciclo de quatro sessões de ganhos que culminou num pico de duas semanas esta segunda-feira.
Brent em máximos de 11 meses com menos stocks nos EUA e cortes de Riade
Os preços do petróleo seguem em alta, a recuperar das quedas de ontem e a marcarem máximos de 11 meses em Londres.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em fevereiro avança 1,53% para 53,05 dólares por barril.
Já o contrato de março do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 1,63% para 56,57 dólares. Já esteve nos 56,75 dólares, o valor mais alto desde fevereiro do ano passado.
A contribuir para animar o mercado continua a estar o facto de a Arábia Saudita ir cortar a sua produção em mais um milhão de barris por dia (a complementar a redução que já tem definida no âmbito do acordo da OPEP+) em fevereiro e março, mais do que compensando a entrada de 500.000 barris diários por parte do cartel e seus aliados e de mais 75.000 barris/dia em fevereiro e março (à conta da Rússia e do Casaquistão).
Além disso, espera-se que as reservas norte-americanas de crude tenham diminuído na semana passada, o que está também a sustentar os preços do "ouro negro".
Wall Street com um pé no "verde" em semana de resultados empresariais
Os três maiores índices de Wall Street negoceiam de forma mista na abertura de sessão desta terça-feira, com os investidores de olho na temporada de resultados empresariais que vai começar na próxima sexta-feira.
Por esta altura, o S&P 500 ganha 0,08% para os 3.801,49 pontos, enquanto que o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,42% para os 13.090,74 pontos. Apenas o Dow Jones cai 0,14% para os 30.966,02 pontos.
O setor da banca será o primeiro a apresentar os números referentes ao último trimestre do ano passado, com o JP Morgan e o Citigroup a darem o pontapé de saída na próxima sexta-feira.
Os lucros das empresas do S&P 500 deverão sofrer uma queda de 9,8% em termos homólogos no quatro trimestre de 2020, de acordo com uma estimativa da Refinitiv, que mostrou uma possível recuperação de 16,4% no primeiro trimestre do próximo ano.
O Morgan Stanley, o JPMorgan Chase, o Goldman Sachs, o Bank of America, o Citigroup e o Wells Fargo sobem entre 1% e 1,9% na sessão de hoje.
Os três principais índices caíram dos máximos históricos atingidos na segunda-feira, com os investidores preocupados que as tentativas de "impeachment" do presidente Donald Trump pudessem atrasar as negociações pelos estímulos orçamentais de Joe Biden, o presidente eleito.
Europa em alta à espera de novos estímulos nos EUA
Os principais índices europeus estão a negociar em alta ligeira esta terça-feira, com os setores cíclicos a recuperarem das perdas do arranque da semana, animados pelas perspetivas de mais estímulos à economia e avanços nos programas de vacinação nacionais.
O índice de referência para a região, o Stoxx600, 0,22% para 409,34 pontos, com o impulso das ações da energia e petróleo e gás, que estão a ser animadas pela subida das cotações do petróleo.
Os investidores aguardam agora pelo esclarecimento da situação política nos Estados Unidos, numa altura em que os democratas pretendem destituir Trump antes da tomada de posse do presidente eleito a 20 de janeiro, e pela divulgação, na quinta-feira, dos planos de Joe Biden para os novos estímulos à economia.
Na semana passada, as ações europeias subiram para máximos de dez meses após a vitória democrata na Geórgia, apoiados na esperança de que os novos estímulos vão ajudar à recuperação da maior economia do mundo.
Por cá, o PSI-20 avança 0,56% para 5.166,62 pontos, com os ganhos a serem liderados pela Mota-Engil, que dispara 6,74% para 1,520 euros, depois de a empresa ter anunciado o seu maior contrato de sempre na Nigéria.
Juros sobem na Zona Euro
As obrigações soberanas da generalidade dos países do euro estão em queda e, consequentemente, os juros em alta, com os investidores mais voltados para os ativos de maior risco.
Em Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos avança 2,4 pontos para 0,013%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, a subida é de 2,4 pontos para 0,079%.
Na Alemanha, a referência para a região, o agravamento é de 1,4 pontos para -0,486%.
Ouro ganha terreno pela primeira vez em cinco sessões
O ouro voltou aos ganhos esta terça-feira depois de quatro sessões consecutivas de perdas, a mais longa série de quedas desde novembro, numa altura em que os investidores estão focados na próxima ronda de estímulos nos Estados Unidos.
O presidente eleito, Joe Biden, deverá divulgar os planos sobre os novos estímulos de dólares na quinta-feira, que poderão abrir caminho para um aumento da inflação, contra a qual o ouro é visto como uma proteção.
Embora o ouro tenha sido pressionado pela recuperação do dólar e pelo aumento das yields, os mercados parecem ter ignorado temporariamente as perspetivas de aumento da inflação e novos estímulos, de acordo com Margaret Yang, estrategista do DailyFX. "Isso significa que o selloff do ouro pode ser temporária e a tendência negativa pode ser amortecida pelos novos estímulos que serão anunciados por Biden", disse.
O metal precioso perdeu terreno até agora em 2021, após registar o seu maior ganho anual numa década devido aos efeitos devastadores da pandemia, aos grandes estímulos e à crescente procura por refúgios.
Nesta altura, o ouro avança 0,59% para 1.854,73 dólares.Euro sobe após três sessões de perdas. Bitcoin volta aos ganhos
A moeda única europeia está a negociar em alta face ao dólar após três sessões consecutivas de perdas, em que esteve a corrigir parte dos ganhos recentes que a levaram para o valor mais alto desde abril de 2018.
A subida do euro explica-se, em grande medida, pela fraqueza do dólar americano, numa altura em que os investidores estão mais voltados para ativos de risco, e a antecipar novos estímulos orçamentais na maior economia do mundo.
Também a bitcoin, que atingiu na semana passada novos máximos históricos, está a valorizar depois de duas sessões de perdas. A moeda digital avança nesta altura 6,74% para 36.253,25 dólares.
Petróleo em alta com possibilidade de mais oferta
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais, com subidas em torno de 0,5%, com o mercado a avaliar a possibilidade de mais oferta, depois de a Agência Internacional de Energia (AIE) ter dito que uma boa parte do petróleo de xisto dos Estados Unidos é rentável aos preços atuais.
Numa entrevista à Bloomberg, o diretor da AIE, Fatih Birol, afirmou que muitos produtores serão capazes de aumentar a produção e que o petróleo de xisto dos EUA será necessário para preencher a lacuna no mercado petrolífero no curto prazo.
A impulsionar os preços está também a queda do dólar, que torna mais apetecíveis as matérias-primas denominadas nesta moeda, como é o caso do ouro negro.
Em Nova Iorque, o crude avança 0,69% para 52,61 dólares, enquanto em Londres o Brent valoriza 0,65% para 56,01 dólares.
Futuros sobem na Europa e EUA
Os futuros das ações da Europa e dos EUA estão em alta ligeira, depois de Wall Street ter caído ontem pela primeira vez em cinco sessões, próxima de máximos.
Os investidores continuam a aguardar pela resolução da situação política nos Estados Unidos, numa altura em que os democratas pretendem destituir Trump antes da tomada de posse do novo presidente, e à espera de conhecer os planos de Biden para os novos estímulos à economia.
Por outro lado, estão a refletir as preocupações com o aumento de casos de covid-19 em várias regiões do globo apesar do arranque dos programas de vacinação.
Na sessão asiática o dia foi de ganhos, com s subidas lideradas pela bolsa chinesa que subiu 1,9%.