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Abertura de mercados: Juros sobem por toda a Europa

As taxas de juro associadas à dívida portuguesa estão a avançar, imitando o comportamento um pouco por todo o mundo. As declarações de Janet Yellen, que apontam para uma flexibilidade monetária, desencadeiam o movimento.

17 de Outubro de 2016 às 09:30
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Os mercados em números

PSI-20 cede 0,11% para 4.617,60 pontos 

Stoxx 600 recua 0,09% para 339,65 pontos

Nikkei valorizou 0,26% para 16.900,12 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 4,1 pontos base para 3,341%

Euro soma 0,01% para 1,0973 dólares

Petróleo em Londres perde 0,58% para 51,65 dólares o barril

Bolsas em queda

As bolsas europeias estão a cair depois da subida de sexta-feira. Lisboa acompanha o comportamento, seguindo também o que havia ocorrido na Ásia. O destaque nos mercados accionistas é a queda de 14% da empresa australiana de casinos Crown Resorts, depois da detenção de 18 dos seus funcionários pelas autoridades chinesas.

 

Em Lisboa, o PSI-20 perde 0,11% para 4.617,60 pontos penalizado sobretudo pela Galp Energia. A petrolífera cede 1% para 12,35 euros por acção, seguindo o comportamento dos preços do petróleo.

 

A EDP, ao subir 0,55% para 2,938 euros, está a impedir uma maior queda da praça nacional.

 

Juros sobem na Europa

As taxas de juro associadas à dívida dos vários países europeus estão a subir, numa tendência à qual Portugal não escapa. A "yield" da dívida portuguesa a 10 anos está a somar 4,1 pontos base para 3,3%.

 

Os investidores estão a pedir rendibilidades mais elevadas para negociar dívida nacional em praticamente todos os prazos na semana em que a DBRS se vai pronunciar sobre a classificação que atribui a Portugal. A notação da agência canadiana é importante porque é aquela que assegura a participação do país no programa de compras do Banco Central Europeu.  

Mas este não é um comportamento unicamente português. Espanha, Itália e Alemanha são exemplos de economias onde as "yields" estão a avançar. Aliás, nem é só no velho continente que ocorre a subida dos juros. De acordo com a Bloomberg, os juros implícitos da dívida dos EUA e da Austrália estão em máximos desde Junho.

 

O desempenho das obrigações é uma reacção às palavras de Janet Yellen, presidente da Reserva Federal norte-americana, que indicou, na sexta-feira passada, que a política monetária poderá continuar a ser flexível mesmo que a inflação comece a subir.

 

Libra continua a cair

 

A libra está a cair 0,18% para valer 1,2169 dólares, depois de ter verificado na semana passada mais uma semana de perda do seu valor.

 

O vice-governador do Banco de Inglaterra desdramatiza esta evolução negativa. Ben Broadbent afirmou, em declarações citadas pela Bloomberg, que a queda da libra desde que foi anunciada a vontade de sair da União Europeia permite a economia a fazer face aos choques advindos daquela decisão. Desde 23 de Junho, a moeda britânica perdeu 18% do seu valor, segundo dados da Bloomberg.

 

Petróleo cede terreno acima dos 50 dólares

O petróleo está a cair nos mercados internacionais mas continua a negociar acima dos 50 dólares por barril.

 

Em Londres, o Brent do Mar do Norte negoceia nos 51,63 dólares por barril, uma descida de 0,62% em relação a sexta-feira. O West Texas Intermediate cede 0,70% para valer 50 dólares por barril em Nova Iorque.


A desvalorização deve-se a dois motivos: por um lado, aumentou o número de plataformas petrolíferas em exploração nos EUA; por outro lado, o volume de produção na Líbia foi superior ao anteriormente registado. Mais oferta conduz a uma descida do preço.

 

Ouro soma e recupera

O ouro contraria o comportamento do petróleo e também se opõe às desvalorizações verificadas nas semanas anteriores.

 

O metal precioso soma 0,11% para valer 1.252,45 dólares por onça, beneficiado pelas declarações de Yellen, que impulsionam a procura por este activo considerado mais seguro.

 

Na sexta-feira, o ouro tinha estado em mínimos de Junho, estando agora a recuperar.

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