Notícia
Abertura dos mercados: Trump pressiona bolsas e dá ganhos de 1,5% ao petróleo
O corte de relações entre as tecnológicas dos EUA e a Huawei está a contribuir para o pessimismo do mercado, assim como a crescente tensão entre Washington e Teerão, após nova ameaça de Trump.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,05% para 5.115,60 pontos
Stoxx 600 perde 0,22% para 380,68 pontos
Nikkei valorizou 0,24% para 21.301,73 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,1 pontos para 1,041%
Euro sobe 0,02% para 1,1160 dólares
Petróleo em Londres ganha 1,38% para 73,21 dólares o barril
Bolsas europeias arrancam semana em queda
As bolsas europeias arrancaram a semana a negociar em queda, penalizadas sobretudo pelas tecnológicas, depois de várias empresas norte-americanas deste setor terem anunciado que vão cortar relações com a chinesa Huawei para cumprirem a ordem executiva do governo dos Estados Unidos.
Recorde-se que, na quarta-feira, o governo dos Estados Unidos anunciou medidas para proibir as empresas norte-americanas de fazerem negócios com empresas de telecomunicações estrangeiras que coloquem riscos à segurança nacional, visando diretamente a chinesa Huawei.
Para cumprir esta ordem, várias tecnológicas, como a Intel e a Google, vão deixar de fornecer componentes e serviços à gigante chinesa, elevando o tom da disputa entre os Estados Unidos e a China.
Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 0,05% para 5.115,60 pontos, penalizado sobretudo pelo BCP e pela Sonae. O banco liderado por Miguel Maya cai 0,52% para 25,11 cêntimos, enquanto a retalhista desliza 1,37% para 90,3 cêntimos.
Juros pouco alterados na Europa
Os juros da dívida dos países do euro estão a negociar sem uma tendência definida, dividindo-se entre descidas e subidas pouco acentuadas. Em Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos recua 0,1 pontos para 1,041%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, a yield avança 0,1 pontos para 0,870%.
Na Alemanha, os juros a dez anos avançam 1,0 ponto para -0,096% e em Itália descem 0,6 pontos para 2,650%.
Dólar em baixa ligeira
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a registar uma descida ligeira, depois de quatro sessões consecutivas de ganhos, numa altura em que os investidores aguardam pelas palavras do presidente da Reserva Federal.
Jerome Powell vai discursar na conferência anual da Fed de Atlanta dedicada ao tema dos mercados financeiros. O responsável poderá deixar novas pistas sobre a política de estímulos e de taxas de juro.
Tensão EUA/Irão dá ganhos ao petróleo
O petróleo está a subir mais de 1% nos mercados internacionais, impulsionado pelas perspetivas de que a oferta da OPEP continuará restringida até ao final do ano, e pela tensão crescente entre os Estados Unidos e a China.
A Arábia Saudita e outros membros da OPEP+ sinalizaram a intenção de manter os cortes na oferta até ao final do ano, o que deverá limitar o excedente desta matéria-prima, e evitar uma descida das cotações. Por outro lado, estão a crescer os receios em torno de um potencial conflito entre os Estados Unidos e o Irão, depois de o presidente Trump ter voltado a ameaçar Teerão, recorrendo a uma publicação no Twitter.
"Se o Irão quiser lutar, vai ser o fim oficial do Irão. Nunca mais voltem a ameaçar os Estados Unidos", escreveu o presidente dos EUA na sua conta na rede social.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,43% para 63,66 dólares, enquanto o Brent, negociado em Londres, valoriza 1,38% para 73,21 dólares.
Ouro em queda pouco acentuada
Com os investidores à espera de mais pistas da Fed sobre o rumo da política monetária nos Estados Unidos, o ouro segue em baixa ligeira, com uma descida de 0,06% para 1.276,82 dólares, enquanto a prata sobe 0,18% para 14,4254 dólares.