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Abertura dos mercados: Juros regressam a valores pré-crise italiana

Os juros dos periféricos estão a aliviar e o euro a recuperar, após seis semanas de quedas face ao dólar. Nas bolsas europeias o sentimento também é positivo.

04 de Junho de 2018 às 09:34
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 1,01% para 5.573,15 pontos
Stoxx 600 valoriza 0,62% para 388,92 pontos
Nikkei subiu 1,37% para 22.475,94 pontos
Yield a 10 anos de Portugal recua 8,7 pontos base para 1,792%
Euro recua 0,44% para 1,1711 dólares
Petróleo sobe 0,04% para 76,82 dólares por barril em Londres

Bolsas com arranque da semana positivo
As bolsas europeias arrancaram esta semana em terreno positivo, depois de terem ultrapassado um período de tensão na semana passada. A incerteza em Itália e, depois, em Espanha fez tremer os mercados. Ultrapassadas ambas as situações, as bolsas recuperam: tanto a praça de Madrid como a de Milão estão a valorizar esta segunda-feira. O IBEX avança 1,19% enquanto a bolsa italiana sobe 0,88%.

O mesmo acontece um pouco por toda a Europa. O Stoxx 600, o índice que conjuga as 600 principais cotadas europeias, está a valorizar 0,62% para os 388,92 pontos. Um dos sectores que mais sobe é o da banca. Já a praça lisboeta sobe 1,01% para os 5.573,15 pontos com a maior parte das cotadas em alta. O destaque vai para o BCP, que avança 2,31% para 0,2697 euros, e ainda a Navigator cujas acções tocaram nos 5,50 euros, o valor mais alto de sempre.

Juros dos periféricos aliviam
Depois de subidas expressivas na semana passada, os juros dos países periféricos continuam a aliviar esta segunda-feira. A quebra mais significativa sente-se em Itália, onde também os juros mais subiram com o agravar da crise política. Os juros a dez anos da dívida italiana aliviam 10,6 pontos base nesta sessão para 2,581%. No entanto, a taxa de juro mantém-se longe dos valores abaixo de 2% em que estava antes da recente incerteza.

Portugal e Espanha também beneficiam desta descida. A taxa de juro a dez anos da dívida espanhola está a descer 7,5 pontos base para os 1,367%. Já os juros a dez anos da dívida portuguesa estão em mínimos de duas semanas ao cair 8,7 pontos base para os 1,792%, regressando aos valores praticados anteriormente à crise italiana.

Euro ganha terreno face ao dólar
O euro está a valorizar 0,44% para os 1,1711 dólares. Há seis semanas que a divisa norte-americana está a ganhar terreno face à divisa europeia. Isto acontece numa altura em que a Zona Euro e a União Europeia enfrentam dificuldades, tanto em Itália como em Espanha, que, apesar de estarem resolvidas, trazem preocupações a prazo.

Além disso, o sentimento mundial é de proteccionismo, após Donald Trump ter decidido aplicar as tarifas comerciais ao aço e alumínio à União Europeia, Canadá e México. Esta semana as principais economias reúnem-se no G7 onde o assunto deverá ser discutido, principalmente porque existe a preocupação que uma série de retaliações leve a uma guerra comercial que prejudique o comércio mundial.

No entanto, os números do emprego foram positivos no outro lado do Atlântico. A taxa de desemprego norte-americana está em mínimos de 18 anos, o que deverá dar mais razões para a Fed continuar a aumentar a taxa de juro.

Petróleo quase inalterado
São tímidas as subidas do preço do barril esta segunda-feira. Em Londres, o Brent valoriza 0,04% para os 76,82 dólares. Em Nova Iorque, o WTI sobe 0,08% para os 65,86 dólares, o valor mais baixo das últimas oito semanas. De acordo com a Bloomberg, apesar do stock de barris ter caído, verificou-se um aumento da produção nos EUA.

Ouro em queda. Mas pode chegar aos 1.400 dólares em 2019
O ouro está há dois meses a desvalorizar, mas a longo prazo deverá subir. Quem o diz é Bart Melek, especialista da TD Securities, à Bloomberg. À medida que o dólar for enfraquecendo, o analista espera que o ouro se fortaleça. Quando é que isso começará a acontecer? No quarto trimestre deste ano, podendo chegar aos 1.400 dólares no primeiro trimestre de 2019. Esta segunda-feira o "metal precioso" está a valorizar ligeiramente: 0,03% para os 1.293,75 dólares por onça.
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