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Abertura dos mercados: Juros perto de máximos e resultados dão ganhos às bolsas

Com os investidores à espera da reunião da Fed, os resultados de várias cotadas estão a impulsionar os mercados accionistas e os juros de Portugal voltam a negociar perto de máximos de um ano.  

01 de Fevereiro de 2017 às 09:27
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,16% para 4.482,15 pontos

Stoxx 600 ganha 0,75% para 362,81 pontos

Nikkei valorizou 0,56% para 19.148,08 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 5 pontos para 4,242%

Euro perde 0,05% para 1,0792 dólares

Petróleo em Londres cai 0,27% para 55,43 dólares o barril

 

Resultados impulsionam bolsas

As bolsas europeias negoceiam positivas, a recuperar de perdas recentes, reflectindo os resultados positivos apresentados por diversas cotadas nos dois lados do Atlântico e com os investidores de olhos postos na reunião de hoje da Reserva Federal, a primeira desde a tomada de posse de Donald Trump.

 

O Stoxx 600 valoriza 0,75%, depois de cotadas como a Volvo, Siemens e o Julius Baer terem superado as estimativas dos analistas. A fabricante de automóveis sueca soma 7%, a companhia alemã avança 4,3% e o banco suíço valoriza 5,3%. Nos Estados Unidos a Apple também anunciou resultados acima do esperado, o que está a impulsionar o sector tecnológico. As acções da fabricante do iPhone valorizam mais de 3% no mercado "after hours".

 

Em Lisboa o PSI-20 valoriza 0,16%, beneficiando com a alta das acções do BCP, que avança 1,66% para 15,9 cêntimos, nesta que é a segunda sessão de negociação sem qualquer pressão dos direitos, já que a negociação destes títulos terminou na segunda-feira.

 

Juros de Portugal perto de máximos

Os juros das obrigações soberanas retomaram esta quarta-feira a trajectória de alta, depois do Eurostat ter revelado ontem que a inflação da Zona Euro subiu para 1,8% em Janeiro, um valor que se aproxima da meta do BCE e coloca mais pressão no banco central para aliviar a política de estímulos.

 

A "yield" da dívida portuguesa a 10 anos avança 5,2 pontos base para 4,243%, muito perto do máximo de Fevereiro do ano passado que atingiu na segunda-feira. Na Alemanha os juros das bunds estão também em alta (+2,3 pontos base para 0,459%), mas o "spread" da dívida portuguesa está a agravar-se para 378 pontos base.

 

Euro alivia de forte subida

O euro está a corrigir ligeiramente dos fortes ganhos da véspera, que foram justificados pelo facto de a administração Trump ter reiterado a defesa de um dólar fraco. A tirar força à nota verde estiveram comentários de Donald Trump e de membros da sua administração sobre os actuais valores do euro, do iene e do yuan. Um dos conselheiros de Trump disse que o euro está "subavaliado" e o próprio presidente acusa o Japão e a China de planearem os seus mercados monetários.

 

Depois de ontem ter subido perto de 1%, o euro está esta quarta-feira a descer 0,05% para 1,0792 dólares. Janeiro foi o pior mês para o dólar desde Setembro, ao acumular uma queda de perto de 3% face ao cabaz das principais divisas mundiais.   

 

Petróleo em queda ligeira

O petróleo continua a aliviar nos mercados, registando quedas ligeiras em Londres (Brent recua 0,27% para 55,43 dólares) e em Nova Iorque (WTI desce 0,17% para 52,72 dólares). De acordo com a Reuters, a Rússia baixou a produção de petróleo em cerca de 100 mil barris por dia no mês de Janeiro.

 

Ouro corrige após forte mês de Janeiro

O ouro também está a corrigir, depois de ter concluído Janeiro com a melhor prestação mensal desde Junho (valorizou mais de 5%). O metal precioso desde 0,3% para 1.207,36 dólares, seguindo a direcção oposta ao que se verifica nos mercados accionistas. 

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