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Abertura dos mercados: Investidores otimistas deixam bolsas em máximos, juros em alta e ouro em queda
As bolsas europeias estão a negociar no valor mais alto desde 1 de agosto, depois de a China ter anunciado a retomada das negociações com os EUA e os deputados britânicos terem travado o Brexit sem acordo.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,25% para 4.943,49 pontos
Stoxx 600 ganha 0,38% para 384,64 pontos
Nikkei valorizou 2,12% para 21.085,94 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 3,3 pontos para 0,185%
Euro sobe 0,07% para 1,1043 dólares
Petróleo em Londres desce 0,13% para 60,62 dólares o barril
Bolsas europeias em máximos de 1 de agosto
As bolsas europeias estão em terreno positivo esta quinta-feira, 5 de setembro, pela segunda sessão consecutiva, animadas essencialmente por dois fatores: a notícia da retomada das negociações entre a China e os Estados Unidos, e a rejeição, pelo parlamento britânico, de um Brexit sem acordo.
Esta manhã, as autoridades chinesas confirmaram que os negociadores dos dois países vão voltar às negociações presenciais, no início de outubro, em Washington, dando uma nova esperança sobre a possível resolução do conflito comercial.
No que respeita ao Brexit, a Câmara dos Comuns aprovou ontem uma moção que impede uma saída desordenada do Reino Unido da UE, e rejeitou a realização de eleições antecipadas a 15 de outubro, como era pretensão do primeiro-ministro Boris Johnson.
Estes dois fatores estão a contribuir para o otimismo dos investidores, e a levar o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, para máximos de mais de um mês, com uma subida de 0,38% para 384,64 pontos.
Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 0,25% para 4.943,49 pontos, impulsionado sobretudo pela Galp Energia, que avança 1,01% para 13,04 euros.
Juros sobem nos países do euro
Com os investidores mais otimistas a apostarem nas ações, as obrigações seguem em queda e, consequentemente, os juros em alta. Em Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos avança 3,3 pontos para 0,185%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, o aumento é de 3,7 pontos para 0,177%.
Na Alemanha, os juros a dez anos agravam-se em 3 pontos para -0,649% e em Itália sobem 4,4 pontos para 0,849%, no dia em que toma posse o novo governo de coligação entre o 5 Estrelas e o Partido Democrático, liderado por Giuseppe Conte.
Libra alivia de fortes ganhos
A moeda do Reino Unido está a negociar em baixa ligeira face ao dólar, depois de ter avançado quase 1,5% na sessão de ontem, animada pelo "travão" do parlamento ao Brexit sem acordo e a rejeição de eleições antecipadas na data proposta pelo primeiro-ministro Boris Johnson.
Nesta altura, a libra cai 0,12% para 1,2238 dólares, enquanto o euro regista uma subida ligeira face à divisa norte-americana.
Petróleo com sinal vermelho
O petróleo está a negociar em baixa ligeira nos mercados internacionais, depois de ter disparado mais de 4% na sessão de ontem - a maior valorização desde julho – a reagir às novas sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irão e pela garantia da Rússia de que irá cumprir os cortes de produção acordados com os membros da OPEP.
O Brent, transacionado em Londres, desliza 0,13% para 60,62 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), transacionado em Nova Iorque, cede 0,36% para 56,06 dólares.
Ouro e prata em queda após novos máximos
O ouro e a prata, que atingiram nos últimos dias novos máximos de 2013 e 2016, respetivamente, estão a negociar hoje com sinal vermelho, numa altura em que a perceção de menores riscos, por parte dos investidores, os está a afastar dos ativos de refúgio.
O ouro cede 0,49% para 1.545,28 dólares enquanto a prata desvaloriza praticamente 1%.