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Abertura dos mercados: Guerra comercial e OPEP pressionam bolsas e petróleo

A guerra comercial entre os EUA e a China e a expectativa em torno de um aumento de produção da OPEP estão a condicionar a negociação e a arrastar bolsas e petróleo.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
18 de Junho de 2018 às 09:23
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Os mercados em números

PSI-20 cai 0,18% para 5.559,19 pontos

Stoxx 600 desce 0,21% para 388,32 pontos

Nikkei desvalorizou 0,75% para 22.680,33 pontos 

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1,9 pontos base para 1,803%

Euro cede 0,29% para 1,1575 dólares

Petróleo deprecia 0,52% para 73,06 dólares por barril

 

Bolsas caem com guerra comercial  

A tensão comercial entre os EUA e a China está a condicionar a negociação bolsista na Europa. Além desta questão, a queda dos preços do petróleo está a condicionar o sector energético. Aliás, este é o sector que mais contribui para a queda do Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias. O índice está a perder 0,18%.

No mercado nacional, o PSI-20 acompanha a tendência, ao perder 0,18%, numa altura em que várias cotadas estão a desvalorizar.

Política monetária condiciona juros

As taxas de juro implícitas na dívida nacional estão a descer em todos os prazos. À semelhança do que acontece com a generalidade dos países europeus. A contribuir para este desempenho da dívida europeia estão a linhas traçadas pelo Banco Central Europeu (BCE) na semana passada. O banco vai terminar com o programa de compra de dívida, mas de forma progressiva. E subida de juros não deverá haver tão cedo. 

A "yield" da dívida de Portugal a 10 anos está a descer 1,9 pontos base para 1,803%. Já a bund alemã está a recuar 1,1 pontos para 0,392%. 
 

Euro abaixo dos 1,16 euros

O euro continua a perder terreno face ao dólar, numa altura em que a perspectiva é de que na Zona Euro os juros permaneçam baixos pelo menos mais um ano. Enquanto nos EUA os juros estão a subir e a expectativa é que aumentem mais duas vezes este ano. Actualmente na Zona Euro o preço do dinheiro está fixado em 0%. Já nos EUA está entre 1,75% e 2%. Este diferencial de juros torna os investimentos em dólares mais atractivos face aos realizados em euros.
 

Petróleo cai à espera da OPEP

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vão reunir-se esta semana. E em cima da mesa está a discussão em torno do aumento da produção por parte dos países, ainda que alguns membros já se tenham demonstrado contra. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a decser 0,52% para 73,06 dólares.

 

Ouro com subidas ligeiras
O ouro está a registar subidas ligeiras, a beneficiar, sobretudo, da guerra comercial entre EUA e China. Com a incerteza sobre a evolução desta questão, os investidores tendem a proteger-se em activos como o ouro, que sobe assim 0,05% para 1.279,64 dólares por tonelada métrica. 

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