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Abertura dos mercados: Forte subida dos infetados pelo coronavírus faz tremer bolsas e petróleo

As bolsas europeias estão a recuar de máximos, o petróleo a cair e o ouro em alta, depois de as autoridades de Hubei terem reportado um forte aumento do número de novos infetados pelo coronavírus.

Reuters
13 de Fevereiro de 2020 às 09:16
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,09% para 5.309,96 pontos

Stoxx 600 perde 0,34% para 429,69 pontos

Nikkei desvalorizou 0,14% para 23.827,73 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 2,3 pontos base para 0,270%

Euro sobe 0,10% para 1,0885 dólares

Petróleo em Londres cai 0,75% para 55,37 dólares o barril

 

Bolsas europeias recuam de máximos

As bolsas europeias estão a negociar em queda esta quinta-feira, 13 de fevereiro, depois de terem atingido novos máximos históricos na sessão de ontem. A penalizar o mercado estão os números que mostram que os novos casos de coronavírus dispararam, ao contrário do que se pensou nos últimos dias.

 

As autoridades de Hubei alteraram a metodologia de cálculo dos novos casos e concluíram que há 15 mil novos infetados e 242 novas vítimas mortais, números alarmantes e que anulam a perspetiva de uma desaceleração da propagação do vírus.

 

Estes dados estão a preocupar o mercado, e a precipitar um movimento de fuga ao risco que se reflete na queda das ações e na subida dos ativos de refúgio, como a dívida soberana e o ouro.

 

Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perde 0,34% para 429,69 pontos.

 

Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 0,09% para 5.309,96 pontos, penalizado sobretudo pelo BCP e pelas papeleiras. O banco liderado por Miguel Maya desliza 0,63% para 18,88 cêntimos, a Altri cai 1,61% para 5,50 euros e a Navigator desce 1,24% para 3,194 euros.

 

Juros descem com fuga ao risco

Com os investidores avessos ao risco, as obrigações da generalidade dos países do euro estão em alta e, consequentemente, os juros em queda. Em Portugal, que ontem emitiu dívida a seis anos com juros negativos pela primeira vez, a yield associada às obrigações a dez anos desce 2,3 pontos base para 0,270%.

 

Em Espanha, no mesmo prazo, o alívio é de 2,3 pontos para 0,280%, em Itália de 1,2 pontos para 0,898% e na Alemanha de 2,1 pontos para -0,4%.

 

Euro próximo de mínimos de maio de 2017

A moeda única europeia está em alta ligeira face ao dólar, mas muito próxima dos mínimos de maio de 2017 atingidos ontem. Esta evolução acontece numa altura em que os investidores aguardam pela atualização das perspetivas económicas por parte da Comissão Europeia.

 

Petróleo cai após aumento dos novos casos de coronavírus

A atualização dos números de novos infetados pelo coronavírus na China está a penalizar o petróleo nos mercados internacionais, e poderá levar a Rússia a concordar com a proposta da OPEP+ de reforçar os cortes na oferta para travar a descida das cotações.

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 0,41% para 50,96 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, desliza 0,75% para 55,37 dólares.

 

Ouro volta aos ganhos

Depois de duas sessões consecutivas de perdas, o ouro voltou para terreno positivo, com os investidores a procurarem refúgio devido aos receios em torno do coronavírus. O metal amarelo ganha 0,55% para 1.574,61 dólares enquanto a prata soma 1,02% para17,6640 dólares.

 

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