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Abertura dos mercados: Europa rejubila com alívio da guerra comercial e BCE à porta. Juros sobem

O sentimento é positivo no Velho Continente, numa altura em que se espera o anúncio de ajudas à economia por parte do BCE e, lá fora, a China alivia a pressão ao retirar tarifas sobre alguns produtos.

11 de Setembro de 2019 às 09:31
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Os mercados em números

PSI-20 avança 0,53% para os 5.021,60 pontos
Stoxx 600 soma 0,45% para os 388,19 pontos
Nikkei valorizou 0,96% para 21.597,76 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,9 pontos base para os 0,294%
Euro recua 0,05% para os 1,1037 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,61% para os 62,76 dólares o barril

 

Europa atinge máximo de mais de um mês

As principais praças europeias seguem esta quarta-feira, 11 de setembro, no verde. O sentimento é positivo depois de a China ter reduzido o número de produtos americanos sujeitos a tarifas alfandegárias. Uma decisão que traz algum alívio ao impacto da guerra comercial e que pode constituir um bom indicador para o desenrolar das negociações, numa altura em que Pequim se prepara para voltar a visitar Washington com o objetivo de tréguas.

Já dentro do Velho Continente, as atenções estão viradas para o discurso do banco central, que irá acontecer esta quinta-feira, e onde se espera que o presidente, Mario Draghi, anuncie novos estímulos à economia como forma de controlar os sinais de recessão que têm vindo a assombrar a Europa.

O Stoxx600, o agregador das 600 maiores cotadas europeias, segue desta forma a valorizar 0,45% para os 388,19 pontos, contando a segunda sessão no verde e ascendendo a um máximo de 30 de julho.

Por cá, os pesos pesados BCP e Jerónimo Martins dão impulso ao PSI-20, o qual soma 0,53% para os 5.021,60 pontos.

Juros de Portugal em máximo em dia de IGCP

Os juros da dívida portuguesa a dez anos sobem pela terceira sessão consecutiva, tendo atingido já um máximo de 2 de agosto. Estas obrigações seguem a avançar 1,9 pontos base para os 0,294% num dia em que o IGCP quer angariar até 1.250 milhões de euros, através de um duplo leilão (10 e 15 anos). 

Na Alemanha a tendência é equivalente, com os juros para a dívida com a mesma maturidade a subirem 1,8 pontos base para -0,532%. Esta é também a terceira sessão consecutiva de ganhos para as obrigações alemãs, as quais se colocam igualmente num máximo de início de agosto.

Contas feitas, o prémio da dívida portuguesa face à alemã é de 82,6 pontos base.

Dólar ganha ao euro por pouco

A moeda única europeia está a ceder uns ligeiros 0,05% para os 1,1037 dólares. A divisa norte-americana ganha perante a perspetiva de que o Banco Central Europeu apresente uma nova ronda de estímulos monetários, a qual pode passar por um corte nos juros que abale, consequentemente, o preço do dinheiro. Outra hipótese em cima da mesa é o recomeço do programa de recompra de ativos, o "quantitive easing". A homóloga americana dp BCE, a Fed, vai ter uma reunião equivalente na próxima semana.

Petróleo "ultrapassa" Bolton com quebra nos inventários

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, sobe 0,61% para os 62,76 dólares, uma subida que marca o regresso aos ganhos. O petróleo vinha a manter-se no verde há quatro sessões quando, na última, acabou com um registo negativo. Os receios foram motivados pelo despedimento do conselheiro para a segurança nacional de Trump, John Bolton, que espoletou receios de uma abordagem mais dura sobre produtores como o Irão e a Venezuela. O regresso aos ganhos acontece depois de o Instituto Americano de Petróleo ter divulgado uma queda no número e barris superior em mais de o dobro àquela que era esperada.

Carvão arrefece na China

Os contratos futuros de carvão estão em quebra pela terceira sessão consecutiva, o ciclo de quedas mais longo desde o início de agosto. A matéria-prima perde 0,2% para os 589,2 yuan por tonelada numa altura em que a fraca procura não deverá ser suficientemente contrariada pelas obras de manutenção da linha ferroviária, a qual afeta a distribuição do carvão na China.

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