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Abertura dos mercados: Europa recupera e juros de Itália aliviam em dia de emissão de dívida
A política internacional, desde a crise em Itália às tensões China-EUA, cria incerteza nos mercados mas há um alívio geral que se reflecte nos juros de Itália e nas bolsas europeias.
Os mercados em números
PSI-20 aprecia 0,40% para 5.390,50 pontos
Stoxx 600 sobe 0,02% para os 384,55 pontos
Nikkei desvalorizou 1,52% para 22.018,52 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal sobe 0,03 pontos base para 2,194%
Euro avança 0,31% para os 1,1576 euros
Petróleo desce 0,09% para os 75,32 dólares por barril
Europa alivia de fortes quedas
A Europa recupera depois das quebras acentuadas motivadas pelas reviravoltas da política italiana. As cotadas do Stoxx 600, o maior agregador de cotadas europeu, põem o índice a valorizar uns ligeiros 0,02% para os 384,55 pontos, e a tendência nas principais praças é igualmente positiva embora mais expressiva.
A bolsa italiana segue a valorizar 0,86% para os 21.534,94 pontos. Contudo, esta subida não é suficiente para compensar o abalo sentido pelos mercados de toda a europa, com epicentro na política italiana. Os investidores temem eleições antecipadas já em Julho, com um potencial reforço das forças eurocépticas, ao mesmo tempo que estão de olhos postos no leilão de dívida soberana que terá lugar esta quarta-feira.
Em Lisboa, O PSI-20 sobe 0,40% para 5.390,50 pontos, impulsionado pelo BCP e pela energia. Isto depois do banco liderado por Nuno Amado ter afundado mais de 8% na última sessão, contagiado pelo sentimento negativo na Europa.
Itália alivia juros em dia de emissão de dívida
A dívida portuguesa a dez anos já esteve a avançar 2,3 pontos base e a cair 4,2 pontos base, espelhando a incerteza vivida no mercado europeu. Está agora a subir apenas 0,03 pontos base para 2,194%. Na Alemanha a tendência também é de subida, com as obrigações soberanas a valorizarem 6,5 pontos base para os 0,325%, colocando o prémio da dívida portuguesa nos 186,9 pontos base.
As atenções estão contudo viradas para Itália que, depois de assistir a uma subida de 75,6 pontos base na sessão anterior, alivia agora com uma descida de 9,6 pontos base para os 3,068%, quando já esteve a ceder quase 20 pontos. Isto no dia em que Roma vai emitir obrigações de cinco e dez anos.
Euro volta a subir
A moeda única do Velho Continente abriu com tendência indefinida, à semelhança das bolsas europeias. O euro sobe agora 0,31% para os 1,1576 euros, embora já tenha estado a cotar 0,18% abaixo da linha de água. A moeda única sofre com as tensões na península italiana mas também com o panorama internacional, no qual as tensões entre EUA e China ganham novos contornos com a sombra de novas ameaças avançadas por Trump. O presidente norte-americano definiu uma data para revelar os itens a taxar e garantiu que se seguiria a imposição de tarifas de 50 mil milhões de euros.
Petróleo mantém quebras
O preço do barril de Brent apresenta quebras ligeiras, de 0,09%para os 75,32 dólares, numa altura em que se espera que a OPEP alivie as restrições na produção. O apetite dos investidores por activos de risco está diminuído após novas, e mais concretas, ameaças de Trump à China – Washington quer aplicar 50 mil milhões em tarifas já em meados de Junho - e dada a crise política na Europa, protagonizada por Itália.
Ouro e prata retraem-se. Alumínio prepara-se para ganhos
Esta manhã os metais preciosos cedem pouco expressivamente, com o ouro a desvalorizar 0,15% para os 1296,83 e a prata a cair 0,1% para os 16,3465 dólares por onça. Contudo, as atenções viram-se para um metal à partida menos precioso mas com tendência a valorizar: o alumínio. Esta terça-feira este metal fechou em alta, após a comissária europeia para o comércio, Cecilia Malmstrom, ter anunciado que espera "algum tipo de restrições" nas exportações europeias de alumínio por parte dos EUA. "A questão", diz a comissária, é se serão mais ou menos duras, permitindo ainda assim as trocas comerciais entre a grande potência e o bloco.