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Abertura dos mercados: Europa em alerta com Covid-19 a afetar lucros. Petróleo sobe

A Europa acordou a negociar em alta, mas rapidamente reverteu a situação, depois de vários "profit warning" de algumas grandes empresas. O coronavírus está a impactar o número de encomendas de e para o território chinês, algo que poderá travar os resultados empresariais. Hoje, em dia de reunião da OPEP+, o petróleo valoriza.

Reuters
05 de Março de 2020 às 09:33
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,68% para 4.934,09 pontos

Stoxx 600 perde 0,05% para 386,09 pontos

Nikkei valorizou 1,09% para 21.329,12 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 3,2 pontos base para 0,260%

Euro aprecia 0,01% para 1,1137 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,39% para 51,33 dólares o barril

 

Europa cai com hipótese de estímulos à espreita
Depois de um início forte por parte dos principais mercados europeus, o sentimento foi-se degradando e agora as maiores praças do velho continente assumem uma tendência negativa. Várias empresas do "velho continente" têm feito alertas sobre o seu lucro, que poderá ser afetado pela contínua propagação do coronavírus, como é o caso da alemã Continental.

Para além da empresa germânica, também a Hugo Boss AG fez um "profit warning" devido às quedas das vendas da Ásia.

Ontem, em Wall Street, os principais índices norte-americanos registaram ganhos acentuados, na ordem dos 4%. Hoje, o índice pan-regional Stoxx 600, que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, vai deslizando 0,05% para 386,09 pontos. 

O Congresso dos EUA – composto pela Câmara dos Representantes e pelo Senado – deu luz verde a um pacote de perto de oito mil milhões de dólares para a prevenção do coronavírus, depois de ter sido aprovada uma legislação que viabiliza uma dotação orçamental de emergência para combater a propagação do Covid-19. 

 

Os Estados Unidos já concretizaram estímulos monetários (a Fed cortou os juros em 50 pontos base) e orçamentais, sendo que a recuperação das bolsas reflete a expectativa de que mais países sigam a mesma receita para combater a ameaça do coronavírus. Ontem, também o Banco do Canadá cortou a taxa de juro de referência em 50 pontos base, para 1,25%.

Os investidores aguardam uma ação semelhante por parte por parte do Banco Central Europeu (BCE), na sua reunião do próximo mês, e estão mesmo a antecipar uma redução de 10 pontos base na taxa de juros dos depósitos, que nesta altura já se encontra negativa (-0,50%).

Por cá, o principal índice da bolsa nacional desce 0,68% para 4.934,09 pontos, pressionada pelo banco BCP, que desliza 1,72%.

Petróleo ganha em dia de OPEP+
Os preços do petróleo continuam a sua recuperação, com o londrino Brent a valorizar 0,39% para 51,33 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) a ganhar 0,39% para os 51,33 dólares por barril.

Hoje, dá-se início à reunião de dois dias da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os seus aliados), em que se espera que os ministros da energia dos membros do cartel avancem com um grande corte de produção de petróleo para voltar a equilibrar a oferta e a procura. A Arábia Saudita vai pressionar a organização para que se defina uma redução superior a 1 milhão de barris por dia, mas pode ter a oposição da Rússia.

Desde que a epidemia Covid-19 se fez sentir nos mercados, a 20 de janeiro, os preços dos dois ativos desvalorizaram cerca de 20%, uma situação que os maiores produtores da metária-prima do mundo querem tentar reverter. 

Juros da Zona Euro mistos 
Os juros da dívida das maiores economias europeias assumem uma tendência mista. Se por um lado, os juros com maturidade a dez anos da Alemanha - a referência para o bloco - sobem 2 pontos base para os -0,623%, as de Itália - com a mesma maturidade - deslizam 3,7 pontos base para os 0,973%.

Por cá, os juros da dívida portuguesa sobem 3,2 pontos base para os 0,260%. 

Euro com subida tímida
A moeda única da União Europeia aprecia 0,01% para 1,1137 dólares. O euro conheceu valorizações durante quatro sessões seguidas, tendo interrompido o ciclo de ganhos ontem. No entanto, hoje volta a ganhar terreno face ao dólar norte-americano.

Ouro avança de forma ligeira
O ouro - um ativo considerado mais seguro e que serve de refúgio em altura de maior turbulência nos mercados de ações - avança uns tímidos 0,11% para os 1.623,72 dólares por onça, mantendo-se a negociar perto de máximos de sete anos. O metal precioso tem beneficiado com as constantes quedas nos mercados acionistas para valorizar. 

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