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Abertura dos mercados: Europa arranca semana preenchida em baixa. Petróleo corrige dos ganhos da OPEP

As bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo graças à incerteza comercial que paira no ar. O petróleo também está em queda após as fortes valorizações da semana passada fruto da reunião da OPEP.

Reuters
09 de Dezembro de 2019 às 09:25
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Os mercados em números
PSI-20 desce 0,13% para os 5.166,02 pontos
Stoxx 600 desvaloriza 0,08% para os 407,04 pontos
Nikkei subiu 0,33% para os 23.430,7 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 2,5 pontos base para os 0,394%
Euro valoriza 0,05% para os 1,1065 dólares
Petróleo em Londres cede 0,67% para os 63,96 dólares por barril

Bolsas europeias arrancam semana preenchida em baixa
As bolsas europeias arrancaram esta semana em terreno negativo com ligeiras descidas. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a desvalorizar 0,08% para os 407,04 pontos esta segunda-feira, 9 de dezembro. 

A influenciar a negociação no início da semana está a incerteza sobre as tarifas dos EUA sobre a China que deverão entrar em vigor a 15 de dezembro caso não haja acordo entre os dois países (ou umas tréguas temporárias, como já aconteceu no passado). 

A introdução de mais tarifas ganha importância quando os dados económicos voltam a mostrar os estragos que estas têm feito nas economias. Hoje a China divulgou que as exportações caíram em novembro, em grande parte por causa da queda das vendas para território norte-americano. 

Este é o início de uma semana preenchida, a começar pelas reuniões de política monetária da Reserva Federal norte-americana (quarta-feira) e do Banco Central Europeu (quinta-feira). Também na quinta-feira realizam-se as eleições britânicas que deverão ditar o rumo do Brexit até 31 de janeiro, a nova data oficial para a saída do Reino Unido da União Europeia. 

"Neste contexto, a sensibilidade dos investidores a notícias, rumores e tweets será particularmente aguda", antecipavam os analistas do BPI no diário de bolsa, antes da abertura. 

Em Lisboa, a maior parte das cotadas segue em baixa com o PSI-20 a desvalorizar 0,13% para os 5.166,02 pontos. 

Juros portugueses aliviam e descem dos 0,4%
No mercado secundário, os juros da dívida portuguesa a dez anos estão a aliviar 2,5 pontos base para os 0,394%, negociando abaixo dos 0,4%, patamar que tem vindo a atingir nas últimas semanas em que a procura por ativos com maior risco tem aumentado em detrimento dos ativos com menor risco como tende a ser o caso das obrigações soberanas. Recorde-se que a 'yield' portuguesa nesse prazo esteve a negociar abaixo dos 0,1% em agosto.

Os juros da dívida alemã a dez anos estão aliviar 2,3 pontos base para os -0,311%. 

Libra em destaque com eleições à porta
A divisa britânica continua a subir - valoriza 0,3% para os 1,3181 dólares -, em antecipação das eleições legislativas que se realizam daqui a três dias. A libra tem beneficiado dos resultados das sondagens que dão uma vitória confortável ao Partido Conservador. A expectativa é que o atual primeiro-ministro, Boris Johnson, tenha uma maioria no Parlamento para aprovar o acordo firmado com a União Europeia e conclua o Brexit a 31 de janeiro.

Já o euro está a subir 0,05% para os 1,1065 dólares, após uma queda de 0,5% na passada sexta-feira. Face à libra, a divisa europeia está em mínimos de 10 de maio, desvalorizando pela quinta sessão consecutiva, o maior ciclo de perdas em quase quatro meses. 

Petróleo corrige da OPEP e afasta-se de máximos de setembro
O "ouro negro" está a cair na sessão de hoje, afastando-se de máximos de setembro de que se aproximou após as subidas significativas na semana passada. No conjunto da semana, o petróleo fechou com a maior subida semanal desde o final de outubro para o Brent e desde junho para o WTI. 

O catalisador da subida do petróleo foi a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). O cartel do petróleo decidiu avançar com uma redução de mais 500 mil barris por dia, o que se traduz num corte total de 1,7 milhões barris diários pelo menos até março de 2020. Além deste volume, a Arábia Saudita disse que ia, de forma voluntária, cortar a sua produção em mais 400 mil barris. Este total de 2,1 milhões de barris de fora do mercado esteve a impulsionar as cotações da matéria-prima. 

Contudo, a queda das exportações na China divulgada esta manhã fez estragos com os investidores a focarem-se novamente nas perspetivas futuras para a procura de petróleo. Com a segunda maior economia do mundo a vender menos para fora, a procura futura de barris deverá ser menor, pressionando a cotação. 

Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,78% para os 58,73 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, desce 0,67% para os 63,96 dólares. 

Ouro continua em queda, mas há quem antecipe a sua valorização
O metal precioso está a valorizar 0,21%, após a queda superior a 1% de sexta-feira que se seguiu à divulgação de bons números no mercado de trabalho dos EUA. Este dado económico positivo afastou ainda mais o cenário de recessão, retirando força aos ativos de refúgio como é o caso do ouro.

Contudo, há quem antecipe no horizonte a valorização do ouro, o que pode estar a contribuir para a subida do ouro neste arranque da sessão. Os analistas do Goldman Sachs, citados pela Bloomberg, consideram que os investidores devem diversificar os investimentos "seguros" em obrigações soberanas de longo-prazo com o ouro.

Neste momento, o metal precioso está a valorizar 0,21% para os 1.463,25 dólares por onça.
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