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Abertura dos mercados: Estímulos da China colocam Europa em máximos. PSI-20 sobe mais de 1%  

As bolsas europeias arrancaram a semana em máximos, com os estímulos monetários e orçamentais anunciados por Pequim a reduzirem os receios com o abrandamento da segunda maior economia do mundo. O PSI-20 destaca-se com ganhos acima de 1%.

Reuters

Os mercados em números

PSI-20 sobe 1,08% para 5.385,7 pontos

Stoxx 600 avança 0,39% para 432,19 pontos

Nikkei desvalorizou 0,69% para 23.523,24 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 0,8 pontos base para 0,289%

Euro avança 0,07% para 1,0839 dólares

Petróleo em Londres desce 0,02% para 57,31 dólares o barril 

 

Bolsas europeias arrancam semana em máximos

As bolsas europeias arrancaram a semana com ganhos firmes, com os investidores agradados com as medidas de política monetária anunciadas pelo Banco Popular da China, que voltou a apaziguar os receios quanto ao impacto do coronavírus na segunda maior economia do mundo.

 

O banco central chinês cortou a taxa de empréstimos de médio prazo de 3,25% para 3,15% e mostrou-se disponível para apoiar as empresas que quisessem recomeçar a atividade o quanto antes. As autoridades financeiras da China garantem que a inflação não vai disparar durante a epidemia de coronavírus e os bancos deverão adotar uma postura mais tolerante para com empréstimos de risco. Para ajudar as empresas afetadas pelo surto, a China vai reforçar o apoio ao crédito, reduzir os custos de financiamento e aumentar ainda mais a proporção de empréstimos empresariais de médio e longo prazo, disse Liang Tao, vice-presidente da comissão reguladora de seguros dos bancos da China.

 

Em Pequim o índice CSI 300 valorizou 2,25%, anulando já todas as perdas que tinha acumulado desde a reabertura após as férias de Ano Novo. Após ter afundado quase 8% a 3 de março, o índice chinês só desvalorizou numa sessão.

 

O japonês Nikkei 225 cedeu 0,69% penalizado pela queda acentuada do PIB do país, que colocar a economia nipónica a caminho de uma recessão.

 

Nas praças europeias são as notícias de Pequim que estão a ter maior impacto, com o Stoxx600 a somar 0,39% para 432,19 pontos, atingindo desta forma um novo máximo históricos. Numa sessão que está a ser de ganhos generalizados, o DAX de Frankfurt também já tocou em máximos históricos e o IBEX de Madrid soma 0,42% para 9.999,00 pontos, o que corresponde ao nível mais elevado desde maio de 2018.

 

Em Lisboa o PSI-20 é o índice europeu que regista ganhos mais acentuados. Valoriza 1,08% para 5.385,7 pontos, o que corresponde a um máximo de maio de 2019.

 

O índice português está a ser suportado sobretudo pelos ganhos do Grupo EDP. A EDP Renováveis avança 1,44% para 12,66 euros e já atingiu um novo máximo histórico, enquanto a EDP ganha 1,36% para 4,777 euros, o que corresponde ao nível mais elevado desde 2007. BCP, Galp Energia, Navigator, Semapa, Altri e Nos também ganham mais de 1%.

 

Os mercados norte-americanos permanecem encerrados esta segunda-feira devido à celebração do feriado Dia dos Presidentes, que assinala o nascimento de George Washington

 

Moeda chinesa e euro recuperam 

As medidas de estímulo anunciadas pelo banco central chinês estão a suportar a moeda chinesa, que negoceia nos 6,9795 yuans por dólar. O índice do dólar negocia estável, o japonês iene desce 0,1% devido à queda do PIB e o euro recupera de um mínimo de dois anos face ao dólar com uma valorização de 0,07% para 1,0839 dólares.

  

Além dos estímulos de política monetária, governo chinês anunciou durante o fim de semana que pretende reduzir os impostos e taxas sobre as empresas. Isto, numa altura em que a economia está a funcionar apenas a 40% ou 50% da sua capacidade, de acordo com as estimativas da Bloomberg Economics. "Se a economia chinesa de facto melhorar e tiverem sido adicionados todos estes estímulos fiscais e monetários, a situação pode traduzir-se em mercados emergentes muito mais fortes na segunda metade do ano", defende um analista da Antipodes Partners, em declarações à Bloomberg.

 

Juros da dívida sobem

Com os investidores a reforçarem a aposta em ativos de risco, as obrigações soberanas europeias voltam a perder força, pelo que as taxas de juro estão em alta ligeira. A "yield" das obrigações alemãs a 10 anos soma 0,7 pontos base para -0,397% e nos títulos portugueses com a mesma maturidade o avanço é de 0,8 pontos base para 0,289%.

 

Desentendimento na OPEP limita subida do petróleo

O petróleo negoceia em alta ligeira com a matéria-prima a ser impulsionada pela expectativa de menor abrandamento da economia chinesa devido às medidas de estímulo anunciadas. A limitar a valorização do petróleo está o cada vez mais provável cancelamento de uma reunião de emergência da OPEP+ para cortar produção. Segundo a Bloomberg, a Arábia Saudita ainda não desistiu de decretar já este mês um corte de produção no cartel para fazer face à descida das cotações e da procura devido ao coronavírus. Mas a Rússia e outros membros da OPEP preferem esperar pela reunião ordinária de março para tomar decisões sobre as quotas de produção.

 

O WTI em Nova Iorque valoriza 0,08% para 52,09 dólares e o Brent em Londres está mesmo a ceder 0,02% para 57,31 dólares.

 

Ouro perde brilho

O ouro está a perder terreno, num movimento clássico de desvalorização numa sessão em que os investidores procuram ativos de maior risco, como é o caso das ações. O ouro está a descer 0,18% para 1.581 dólares, depois de duas sessões em alta.

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