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Abertura dos mercados: Dólar em mínimos de setembro. Bolsas e petróleo com mês de ouro

As palavras de Jerome Powell, presidente da Fed, estão a abanar os mercados. O dólar está em queda, mas as bolsas, o petróleo e o ouro reforçaram a subida que se tem registado no mês de janeiro.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,3% para 5.133,77 pontos
Stoxx 600 aprecia 0,47% para 360,21 pontos
Nikkei valorizou 1,06% para 20.773,49 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal desce 3,3 pontos base para 1,633%
Euro avança 0,11% para 1,1491 dólares
Petróleo soma 0,47% para 61,94 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias a caminho do melhor mês em mais de três anos
As bolsas europeias seguem em alta, a beneficiar do facto de a Reserva Federal (Fed) ter voltado a demonstrar-se disponível para esperar para tomar decisões sobre a política monetária. A autoridade deixou mesmo em aberto o que poderá fazer no futuro, admitindo que a próxima alteração de juros possa ser para subir ou descer o preço do dinheiro. 

Por outro lado, a época de apresentação de resultados está ao rubro, com várias cotadas a reportarem os seus números de 2018. Cotadas como a Shell, a Nintendo, a Roche e Facebook revelaram números superiores ao esperado. Já cotadas como a H&M e a Unilever apresentaram dados que ficaram aquém do esperado.
 
O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, sobe 0,47% para 360,21 pontos, elevando para mais de 6% a valorização mensal, o que representa a maior subida desde outubro de 2015.
 
Na bolsa nacional, o cenário é semelhante, com o PSI-20 a apreciar 0,3% para 5.133,77 pontos, a beneficiar dos ganhos da Galp Energia e do setor do papel. À semelhança do que se vive na generalidade das praças europeias, o principal índice nacional está a acumular um ganho superior a 8% em janeiro, o que é a subida mensal mais elevada desde outubro de 2015.

Juros italianos em mínimos de julho de 2018
A dívida pública de Itália continua a beneficiar do fim do conflito entre o Governo italiano e a Comissão Europeia. Estaquinta-feira os juros italianos continuam a aliviar e atingem agora mínimos de julho do ano passado. Ainda assim, continuam acima dos juros cobrados pelos investidores antes da entrada em cena desta nova solução governativa. 


Os juros italianos a dez anos estão a cair 2,2 pontos base para os 2,578%. Os juros portugueses no mesmo prazo também aliviam 3,3 pontos base para os 1,633%, assim como os juros alemães que deslizam 1,5 pontos base para os 0,173%. 

Dólar afunda para mínimos de setembro
A mudança do discurso da Fed afetou de forma direta a divisa norte-americana. O dólar caiu para mínimos de setembro de 2018 depois da Fed ter dado sinais de que o rumo da política monetária está em aberto, admitindo mesmo que poderá tornar-se ligeiramente mais acomodatícia. Jerome Powell voltou a insistir que será "paciente", mas desta vez deixou em aberto se o ajustamento da taxa de juro será para subir ou para descer. 

A divisa norte-americana caiu na sessão anterior, de acordo com o índice da Bloomberg para o dólar, o que prossegue na sessão de hoje com uma desvalorização de 0,12%. O euro está a beneficiar da queda do dólar ao subir 0,11% para os 1,1491 dólares, acumulando cinco sessões consecutivas de subidas.

Petróleo caminha para melhor mês desde 2015
Depois das quedas expressivas (cerca de 40%) no final de 2018, o arranque deste novo ano está a ser positivo para o petróleo. O "ouro negro" deverá fechar o mês de janeiro com a maior valorização mensal desde 2015. 

Em causa estão os dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) que mostram que os cortes na produção já estão no terreno. Ainda ontem o ministro da Energia russo, Alexander Novak, garantiu que a Rússia está a diminuir gradualmente a produção e vai aumentar o ritmo da redução em fevereiro. Além disso, os dados revelados pelas autoridades norte-americanas mostram que as exportações de petróleo da Arábia Saudita para os EUA atingiram um mínimo de 15 meses. 

O crude, negociado em Nova Iorque, está a subir 0,22% para os 54,36 dólares. Esta é a terceira subida consecutiva que deverá garantir uma valorização acumulada de 20% em janeiro.

Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as exportações portuguesas, está a subir 0,47% para os 61,94 dólares. A valorização mensal do Brent deverá superar os 15%. 

Ouro acumula quatro meses de valorizações
A volatilidade das bolsas e a esperada desaceleração económica tem vindo a beneficiar o metal precioso. O ouro caminha para quatro meses consecutivos de valorizações.

Na sessão de hoje, a matéria-prima sobe 0,03% para os 1.320,32 dólares, influenciada pelos sinais deixados ontem por Jerome Powell. A possibilidade de descida dos juros levou à queda do dólar, o que beneficia o carácter de "ativo de refúgio" do ouro. A impulsionar a cotação está também a intensificação das compras de ouro por parte dos bancos centrais, segundo a Bloomberg.

O "metal precioso" está a negociar em máximos de maio do ano passado. Em janeiro a valorização acumulada deverá ser de 2,9%. 

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