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Abertura dos mercados: China deixa bolsas em máximos de um mês e juros em alta
As bolsas europeias seguem animadas pelo tom mais conciliador da China em relação à disputa com os Estados Unidos. Os investidores estão a privilegiar os ativos de maior risco em detrimento das obrigações que seguem assim em queda, e consequentemente, os juros em alta.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,53% para 4.839,35 pontos
Stoxx 600 ganha 0,44% para 378,38 pontos
Nikkei valorizou 1,19% para 20.704,37 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 1,4 pontos para 0,129%
Euro recua 0,19% para 1,1036 dólares
Petróleo em Londres desce 0,36% para 60,86 dólares o barril
Bolsas europeias em máximos de quase um mês
As bolsas europeias estão a negociar em alta esta sexta-feira, 30 de agosto, pela segunda sessão consecutiva, animadas pelo aumento das expectativas do mercado sobre um possível entendimento entre a China e os Estados Unidos na frente comercial.
A alimentar essas expectativas está o tom mais conciliador revelado pelas autoridades de Pequim, que garantiram ontem que não irão responder ao mais recente aumento das tarifas por parte dos Estados Unidos e que esperam até que Donald Trump recue na sua decisão, porque a negociação é a única via para superar o conflito.
Depois destas declarações, o presidente dos Estados Unidos anunciou que os dois países ainda iriam falar naquele dia, o que reforçou o otimismo dos investidores.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 0,44% para 378,38 pontos, o valor mais alto desde 2 de agosto. Apesar da subida, o saldo do mês é negativo (cerca de -1,9%), a primeira descida mensal do índice de referência desde maio.
Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 0,53% para 4.839,35 pontos, animado sobretudo pela Jerónimo Martins, que soma 1,85% para 14,835 euros, depois de o Goldman Sachs ter melhorado o preço-alvo para as ações da retalhista em 18% devido à Polónia.
Juros em alta ligeira
Os juros da dívida soberana da maioria dos países do euro estão a subir esta sexta-feira, refletindo a maior aposta dos investidores em ativos de risco, como as ações, face às obrigações.
Em Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos avança 1,4 pontos para 0,129%, enquanto em Espanha a subida é de 1,3 pontos para0,108%. Na Alemanha, os juros aumentam 0,6 pontos para -0,690% e em Itália agravam-se em 0,9 pontos para 0,986%, depois de terem atingido, nos últimos dias, sucessivos mínimos históricos.
Dólar sobe pela terceira sessão
O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a subir pela terceira sessão consecutiva. Apesar do maior otimismo do mercado quanto à resolução da guerra comercial, persistem os receios em torno da desaceleração global, que sustentam a aposta na moeda dos Estados Unidos.
Por outro lado, o euro segue penalizado pela aparente divisão dentro do BCE, que deixa dúvidas sobre o rumo da política monetária na Zona Euro. Enquanto a próxima presidente Christine Lagarde disse na quinta-feira que o banco central tem as ferramentas necessárias para lidar com uma desaceleração do crescimento, o governador Klaas Knot afirmou que ainda não é altura de avançar com um novo programa de quantitative easing.
Petróleo cai menos de 0,5% em Londres
O petróleo está a descer nos mercados internacionais, penalizado pelos receios em torno do abrandamento económico global, que afetam as perspetivas para a procura por esta matéria-prima.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 0,78% para 56,27 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, recua 0,36% para 60,86 dólares.
Ouro cai e prata sobe
O ouro está a negociar com sinal vermelho, refletindo a menor aposta dos investidores em ativos considerados de refúgio, numa sessão que está a ser marcada por um maior otimismo sobre a guerra comercial.
O metal amarelo desliza 0,17% para 1.524,83 dólares, preparando-se, contudo, para fechar o quarto mês consecutivo de ganhos. Já a prata soma 0,86% para 18,4261 dólares.