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Abertura dos mercados: China atinge máximo de seis meses e contagia Europa. Juros de Portugal em mínimos

Os investidores continuam focados nas negociações entre os Estados Unidos e a China e no andamento da economia global e os sinais desta vez são positivos. Em Portugal os juros da dívida caem há cinco sessões e tocaram em novos mínimos desde março de 2015.

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Os mercados em números

PSI-20 avança 0,31% para 5.157,97 pontos

Stoxx 600 ganha 0,16% para 369,52 pontos

Nikkei valorizou 1,82% para 21.281,85 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,6 pontos base para 1,556%,

Euro soma 0,07% para os 1,1303 dólares

Petróleo em Londres sobe 0,68% para 66,70 dólares o barril 

 

China atinge máximo de seis meses

 

Os progressos nas negociações entre os Estados Unidos e a China e os dados do crédito na segunda maior economia do mundo atiraram as bolsas chinesas para um forte arranque de semana, o que contagiou as restantes praças asiáticas e está também a ter um efeito positivo nas bolsas europeias.

 

O CSI300, índice que agrupa as principais cotadas chinesas, subiu mais de 3%, alcançando o valor de fecho mais elevado desde 1 de agosto. Em Tóquio o Nikkei225 ganhou 1,82% e na Europa o Stoxx600 avança 0,16% para 369,52 pontos. Wall Street não negoceia hoje devido ao "Dia do Presidente".

 

A puxar pelas cotações está o otimismo em relação às negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, depois de os presidentes de ambas as nações terem anunciado progressos durante o fim de semana. Donald Trump recorreu ao twitter para salientar que as negociações entre os dois países foram "muito produtivas" e o Xi Jinping fez saber que foram alcançados "importantes progressos" na última ronda de negociações.

 

Além disso, a China anunciou que os bancos do país concederam um valor recorde de 3,23 biliões de yuans em crédito no mês de janeiro, o que atenua os receios com o abrandamento da segunda maior economia do mundo.

 

Em Lisboa o PSI-20 avança 0,31% para 5.157,97 pontos, com o índice português a ser impulsionado pelas papeleiras.

 

Euro resiste à cautela do BCE com EUA e China a atrapalhar dólar

A moeda única europeia segue a valorizar 0,07% para os 1,1303 dólares, resistindo deste modo à pressão do Banco Central Europeu (BCE), depois de o banco central ter indicado que está na mesa o adiamento da subida de juros agendada para depois do verão – a qual encareceria o valor do dinheiro.

 

Um dos membros do conselho de governadores do BCE, Francois Villeroy de Galhau, concedeu que, face ao abrandamento económico "significativo", a instituição irá analisar os números e utilizar as ferramentas de que dispõe para estimular a economia - entre elas os juros. Já na última sexta-feira, o membro da Comissão Executiva do BCE, Benoit Coeure, declarou que o BCE poderá fazer novos empréstimos a longo prazo aos bancos europeus.

 

Apesar destes travões ao euro, o otimismo em relação às negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China prevalece e tira a força ao dólar, que se torna menos atrativo como ativo refúgio nesta fase de otimismo nos mercados.

 

Juros de Portugal em novos mínimos 

A yield das obrigações portuguesas está a aliviar de forma ligeira, mas o suficiente para fixar um novo mínimo de quase quatro anos. A taxa de juros das obrigações a 10 anos está a descer 0,6 pontos base para 1,556%, o nível mais baixo desde março de 2015. Esta é já a quinta sessão de alívio nos juros de Portugal, que continua a ser alvo de notas de research favoráveis por parte de bancos internacionais.

 

Hoje foi o Bank of America a destacar que Portugal é dos países do euro que mais irá beneficiar com a política de reinvestimentos que o BCE vai implementar este ano. Já o Natwest diz que Portugal pode ser o grande beneficiado com a incerteza política que se vive em Espanha e na Itália.

 

Na dívida alemã a tendência é de ligeiro agravamento, com a yield dos títulos a 10 anos a subir 0,4 pontos base para 0,105%.

 

Petróleo beneficia com dados positivos da China 

O petróleo está a negociar em terreno positivo pelos mesmos motivos que impulsionam as bolsas, já que a China é o país que mais consome a matéria-prima e os receios de travagem brusca na economia aliviaram hoje depois de conhecidos os dados do crédito concedido pelos bancos. O WTI em Nova Iorque valoriza 1,04% para 56,17 dólares e o Brent em Londres ganha 0,68% para 66,70 dólares, tendo já tocado em máximos de 20 de novembro.

 

Matérias-primas com maior subida em oito semanas 

O petróleo não é a única matéria-prima a beneficiar com os dados positivos da economia chinesa e os progressos positivos nas negociações entre os EUA e a China. O Bloomberg Commodity Index está a subir 1,2%, o que representa a valorização mais expressiva em oito semanas. Destaca-se o minério de ferro, que avança 1,3%. O ouro ganha 0,07% para 1.323,43 dólares a onça.

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