Notícia
Abertura dos mercados: Bolsas e petróleo em máximos de três meses. Juros portugueses renovam mínimos de 2015
As bolsas europeias continuam a capitalizar o otimismo à volta da disputa comercial entre os EUA e a China. O petróleo também recupera, atingindo máximos de novembro. Os juros portugueses aliviam, beneficiando da instabilidade em Espanha e Itália.
14 de Fevereiro de 2019 às 09:30
Mercados em números
PSI-20 valoriza 0,37% para os 5.089,56 pontos
Stoxx600 soma 0,39% para os 366,41 pontos
Nikkei caiu 0,02% para 21.139,71 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,1 pontos base para os 1,584%
Euro desce 0,03% para os 1,1228 dólares
Petróleo em Londres ganha 1,35% para os 64,46 dólares o barril
Quarta sessão de subidas leva bolsas europeias para máximos de três meses
As bolsas europeias arrancaram a sessão em terreno positivo esta quinta-feira, 14 de fevereiro, beneficiando do otimismo que está a impulsionar os restantes mercados, depois da Bloomberg avançar que Donald Trump deverá alargar o período de tréguas comerciais com a China por mais 60 dias. O prazo acaba a 1 de março e o prolongamento deverá ser assegurado se estiver iminente um acordo entre as duas maiores economias do mundo.
O presidente chinês, Xi Jinping, vai receber na sexta-feira o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante do Comércio, Robert Lighthizer, para mais uma sessão de negociações. Nos últimos dias também tem sido noticiada a possibilidade de o presidente norte-americano se encontrar com Xi Jinping.
"O início da sessão de hoje será o palco de dois polos de fatores contradistintos", antecipavam os analistas do BPI no diário de bolsa. Pela positiva, destacam-se os já referidos avanços nas negociações entre os EUA e a China e assim como os dados económicos chineses. As exportações aceleraram na China em janeiro, um sinal de recuperação face ao segundo semestre do ano passado.
Pela negativa destacam-se os dados económicos na Europa no dia em que o Eurostat vai revelar a segunda estimativa para o PIB da Zona Euro e da União Europeia em 2018. Hoje foi revelado que a economia alemã estagnou no quarto trimestre. Por um lado, a Alemanha escapa assim à recessão técnica. Por outro lado, a estagnação da maior economia da Zona Euro é uma fonte de preocupação para os seus parceiros comerciais assim como para a política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas, está a subir 0,39% para os 366,41 pontos, atingindo máximos de três meses. Entre as cotadas, o destaque vai para a subida superior a 5% das ações da Airbus no dia em que a cotada anunciou resultados acima do esperado e o fim da produção do avião A380. Já as ações da Nestlé atingiram um máximo histórico depois da maior empresa do ramo da alimentação e bebidas ter melhorado as suas perspetivas para 2019.
As principais praças europeias abriram em alta, incluindo o PSI-20. A bolsa nacional valoriza 0,37% para os 5.089,56 pontos, recuperando da queda superior a 1% registada ontem.
Incerteza em Espanha e Itália beneficia Portugal. Juros renovam mínimos de 2015
Os juros portugueses a dez anos estão a descer 1,1 pontos base para os 1,584%, aliviando pela terceira sessão consecutiva. Com esta descida os juros da dívida portuguesa renovam mínimos de 2015. Portugal tem beneficiado da instabilidade em Itália nos últimos meses e, mais recentemente, da incerteza política em Espanha.
Os juros espanhóis a dez anos estão a aliviar 0,6 pontos base para os 1,228% e os juros italianos sobem 1,8 pontos base para os 2,802% neste arranque de sessão.
Libra em mínimos de um mês antes de votação do Brexit
A moeda do Reino Unido está a negociar em queda face ao dólar pela segunda sessão consecutiva, antes de um novo debate no Parlamento britânico sobre o Brexit.
A libra desce 0,16% para 1,2825 dólares – o valor mais baixo desde 15 de janeiro – no dia em que está previsto que a primeira-ministra britânica, Theresa May, regresse ao Parlamento para apresentar uma solução para o bloqueio que se vive depois de ter sido chumbado o acordo de saída desenhado com a União Europeia.
Downing Street planeia levar um novo acordo de saída a votação na Câmara dos Comuns. O Brexit, recorde-se, está previsto para as 23:00 do dia 29 de março – e se até essa data não tiver sido aprovado um tratado jurídico, a saída acontece sem acordo.
PSI-20 valoriza 0,37% para os 5.089,56 pontos
Stoxx600 soma 0,39% para os 366,41 pontos
Nikkei caiu 0,02% para 21.139,71 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 1,1 pontos base para os 1,584%
Euro desce 0,03% para os 1,1228 dólares
Petróleo em Londres ganha 1,35% para os 64,46 dólares o barril
Quarta sessão de subidas leva bolsas europeias para máximos de três meses
As bolsas europeias arrancaram a sessão em terreno positivo esta quinta-feira, 14 de fevereiro, beneficiando do otimismo que está a impulsionar os restantes mercados, depois da Bloomberg avançar que Donald Trump deverá alargar o período de tréguas comerciais com a China por mais 60 dias. O prazo acaba a 1 de março e o prolongamento deverá ser assegurado se estiver iminente um acordo entre as duas maiores economias do mundo.
"O início da sessão de hoje será o palco de dois polos de fatores contradistintos", antecipavam os analistas do BPI no diário de bolsa. Pela positiva, destacam-se os já referidos avanços nas negociações entre os EUA e a China e assim como os dados económicos chineses. As exportações aceleraram na China em janeiro, um sinal de recuperação face ao segundo semestre do ano passado.
Pela negativa destacam-se os dados económicos na Europa no dia em que o Eurostat vai revelar a segunda estimativa para o PIB da Zona Euro e da União Europeia em 2018. Hoje foi revelado que a economia alemã estagnou no quarto trimestre. Por um lado, a Alemanha escapa assim à recessão técnica. Por outro lado, a estagnação da maior economia da Zona Euro é uma fonte de preocupação para os seus parceiros comerciais assim como para a política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas, está a subir 0,39% para os 366,41 pontos, atingindo máximos de três meses. Entre as cotadas, o destaque vai para a subida superior a 5% das ações da Airbus no dia em que a cotada anunciou resultados acima do esperado e o fim da produção do avião A380. Já as ações da Nestlé atingiram um máximo histórico depois da maior empresa do ramo da alimentação e bebidas ter melhorado as suas perspetivas para 2019.
As principais praças europeias abriram em alta, incluindo o PSI-20. A bolsa nacional valoriza 0,37% para os 5.089,56 pontos, recuperando da queda superior a 1% registada ontem.
Incerteza em Espanha e Itália beneficia Portugal. Juros renovam mínimos de 2015
Os juros portugueses a dez anos estão a descer 1,1 pontos base para os 1,584%, aliviando pela terceira sessão consecutiva. Com esta descida os juros da dívida portuguesa renovam mínimos de 2015. Portugal tem beneficiado da instabilidade em Itália nos últimos meses e, mais recentemente, da incerteza política em Espanha.
Os juros espanhóis a dez anos estão a aliviar 0,6 pontos base para os 1,228% e os juros italianos sobem 1,8 pontos base para os 2,802% neste arranque de sessão.
Libra em mínimos de um mês antes de votação do Brexit
A moeda do Reino Unido está a negociar em queda face ao dólar pela segunda sessão consecutiva, antes de um novo debate no Parlamento britânico sobre o Brexit.
A libra desce 0,16% para 1,2825 dólares – o valor mais baixo desde 15 de janeiro – no dia em que está previsto que a primeira-ministra britânica, Theresa May, regresse ao Parlamento para apresentar uma solução para o bloqueio que se vive depois de ter sido chumbado o acordo de saída desenhado com a União Europeia.
Downing Street planeia levar um novo acordo de saída a votação na Câmara dos Comuns. O Brexit, recorde-se, está previsto para as 23:00 do dia 29 de março – e se até essa data não tiver sido aprovado um tratado jurídico, a saída acontece sem acordo.
Petróleo atinge máximos de novembro
A queda das exportações de petróleo na Arábia Saudita e na Venezuela está a compensar o efeito nos mercados da subida dos stocks de crude nos Estados Unidos para um máximo de 2017. De acordo com a Bloomberg, as vendas de petróleo saudita aos EUA atingiram um mínimo histórico.
Para já, nesta manhã, o petróleo continua a recuperar de mínimos de duas semanas na expectativa de que a Arábia Saudita corte ainda mais a sua produção de barris, para lá da meta acordada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Além disso, ontem o líder da OPEP, o secretário-geral Mohammad Barkindo, instou os restantes países, nomeadamente a Rússia, a fazer um maior esforço para cortar a produção e, assim, levar à redução da oferta e ao aumento da cotação do barril.
Em Nova Iorque, o WTI está a valorizar 0,96% para os 54,43 dólares. Em Londres, o Brent, que serve de referência para as importações portuguesas, soma 1,35% para os 64,46 dólares. O petróleo negoceia agora em máximos de novembro do ano passado.
Ouro estabiliza
O "metal precioso" desceu na sessão passada e está neste momento a valorizar, mas com uma variação curta. O ouro tem tirado proveito das perspetivas pouco animadoras para o crescimento da economia global, tendo negociado nas últimas semanas próximo de máximos de maio de 2018. Os últimos dados da inflação nos EUA foram tímidos pelo que a Fed deverá desacelerar o processo de normalização da política monetária.
O "metal precioso" soma 0,05% para os 1.306,86 dólares por onça.
A queda das exportações de petróleo na Arábia Saudita e na Venezuela está a compensar o efeito nos mercados da subida dos stocks de crude nos Estados Unidos para um máximo de 2017. De acordo com a Bloomberg, as vendas de petróleo saudita aos EUA atingiram um mínimo histórico.
Para já, nesta manhã, o petróleo continua a recuperar de mínimos de duas semanas na expectativa de que a Arábia Saudita corte ainda mais a sua produção de barris, para lá da meta acordada pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
Além disso, ontem o líder da OPEP, o secretário-geral Mohammad Barkindo, instou os restantes países, nomeadamente a Rússia, a fazer um maior esforço para cortar a produção e, assim, levar à redução da oferta e ao aumento da cotação do barril.
Em Nova Iorque, o WTI está a valorizar 0,96% para os 54,43 dólares. Em Londres, o Brent, que serve de referência para as importações portuguesas, soma 1,35% para os 64,46 dólares. O petróleo negoceia agora em máximos de novembro do ano passado.
Ouro estabiliza
O "metal precioso" desceu na sessão passada e está neste momento a valorizar, mas com uma variação curta. O ouro tem tirado proveito das perspetivas pouco animadoras para o crescimento da economia global, tendo negociado nas últimas semanas próximo de máximos de maio de 2018. Os últimos dados da inflação nos EUA foram tímidos pelo que a Fed deverá desacelerar o processo de normalização da política monetária.
O "metal precioso" soma 0,05% para os 1.306,86 dólares por onça.