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Abertura dos mercados: Bolsas consolidam ganhos e dólar recuar a aguardar inflação dos EUA

Os mercados seguem com fracas variações numa altura em que os investidores aguardam com expectativa a divulgação da inflação nos Estados Unidos. As bolsas sobem pela quinta sessão, os juros aliviam e

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Os mercados em números

PSI-20 perde 0,04% para 5.317,29 pontos

Stoxx 600 valoriza 0,15% para 386,71 pontos

Nikkei subiu 0,09% para 20.118,86 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal 5 pontos base para 3,15% 

Euro valoriza 0,19% para 1,1420 dólares

Brent desce 0,29% para 48,28 dólares por barril

 

Bolsas europeias em alta ligeira após dois dias de ganhos acentuados 

Depois de duas sessões de subidas acentuadas (o Stoxx 600 avançou quase 2%), as bolsas europeias seguem com fracas oscilações. Depois do discurso de Janet Yellen ter impulsionado as bolsas mundiais, uma vez que a presidente da Fed afastou o cenário de subidas rápidas nos juros, os investidores estão hoje focados na divulgação da inflação nos EUA. Um dado que permitirá avaliar se são válidas as preocupações do banco central com a fraca evolução dos preços na maior economia do mundo. A condicionar os mercados vai estar também a apresentação de resultados em Wall Street, com o JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo a mostrarem os números do segundo trimestre.

 

O Stoxx 600 valoriza 0,15% para 386,71 pontos, numa altura em que os índices nacionais registam variações muito ligeiras. Em Lisboa o PSI-20 perde 0,04% para 5.317,29 pontos, numa sessão marcada pelo anúncio oficial da compra da Media Capital por parte da Meo, num negócio de 440 milhões de euros. Em reacção, a Impresa disparou um máximo de 13,56% para 0,427 euros no arranque da sessão e a Cofina valorizou 3,21% para 0,418 euros.

  

Juros aliviam

Depois da forte subida de quinta-feira, os juros da dívida pública portuguesa estão a corrigir, com a "yield" das obrigações do Tesouro a 10 anos a recuar 5 pontos base para 3,15% (na véspera tinham subido 9,4 pontos base). Os juros alemães estão também a recuar (2 pontos base para 0,58%), sendo que o prémio de risco da dívida portuguesa (medido pelo spread face às bunds) está a descer para 257 pontos base. Soube-se ontem que o presidente do BCE, Mário Draghi, estará presenta na reunião de Jackson Hole, nos EUA, fazendo crescer a expectativa que o presidente da autoridade monetária possa reforçar os sinais de alívio na política de fortes estímulos.  

Inflação trava dólar

O dólar está próximo de registar, em termos semanais, uma evolução negativa, registando, para já, uma queda de 0,14% face ao euro. Esta sexta-feira, 14 de Julho, vão ser conhecidos os dados da inflação nos Estados Unidos. Espera-se que o índice de preços no consumidor se tenha fixado em 1,7% em Junho, contra 1,9% previstos anteriormente. A confirmar-se a inflação nos 1,7%, Junho vai ser o quarto mês de abrandamento dos preços no consumidor.

 

Além disso, os receios em torno da capacidade do presidente Trump implementar a sua agenda de crescimento continuam a pairar, o que pode estar a penalizar igualmente a moeda norte-americana.

 

Por esta altura, o euro ganha 0,19% para 1,1420 dólares. Em termos semanais, o euro regista, face ao dólar, para já um ganho de 0,15%.

 

Semana positiva para o Brent

Os preços do Brent acumulam, para já, esta semana uma valorização superior a 3%, ainda que por esta altura o petróleo negociado em Londres recue 0,29% para 48,28 dólares por barril. O West Texas Intermediate cede 0,39% para 45,90 dólares, embora em termos semanais tenha sinal mais.

 

Esta evolução tem lugar numa altura em que a procura por petróleo durante este ano poderá subir mais do que anteriormente estava previsto, o que anima a negociação da matéria-prima, dado que mais consumo ajuda a combater o excedente. Além disso, a negociação do "ouro negro" fica ainda marcada pelo facto de as reservas norte-americanas estarem a cair enquanto a produção sobe.

 

Will Yun, analista na Hyundai Futures Corp., disse à Bloomberg que o crescimento da produção de petróleo nos EUA e o crescimento da produção entre os membros da OPEP são os principais entraves a uma subida da cotação da matéria-prima. "A procura está a melhorar à medida que entramos no Verão mas os riscos no fornecimento parecem ser maiores, o que continua a manter os preços em bear market", acrescentou.

 

Ouro continua a brilhar

Para o ouro a semana está a ser positiva, acumulando para já uma subida de 0,44%, o que, a confirmar-se no fecho da sessão, representa a melhor semana desde a que terminou a 2 de Junho. Além disso, permite ao ouro recuperar da forte desvalorização da semana passada: caiu 2,35%.

 

Apesar deste comportamento semanal, em termos diários, os ganhos são mais moderados estando o ouro para entrega imediata a subir 0,02% para 1.217,83 dólares por onça. Um comportamento que ocorre enquanto os investidores digerem as palavras de Janet Yellen – que se mostrou preocupada com a inflação. E precisamente esta sexta-feira vão ser conhecidos os dados dos preços no consumidor nos EUA. A expectativa é que o índice de preços no consumidor se tenha fixado em 1,7% em Junho, contra 1,9% previstos anteriormente.

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