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Abertura dos mercados: Bolsas chinesas afundam 8%. Mas resposta de Pequim anima Europa

As principais bolsas europeias valorizam depois de a China ter injetado liquidez no sistema financeiro para reanimar a segunda maior economia do mundo. Quebra na procura devido ao coronavírus põe crude em mínimos de um ano.

EPA
03 de Fevereiro de 2020 às 09:37
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Os mercados em números
PSI-20 cai 0,67% para 5.217,09 pontos
Stoxx 600 sobe 0,02% para 410,78 pontos
Nikkei recuou 1,01% para os 22.971,94 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,2 pontos base para 0,258%
Euro desvaloriza 0,19% para 1,1072 dólares
Petróleo em Londres cai 0,69% para 56,23 dólares por barril

China reage em força ao vírus e anima bolsas europeias
Depois de duas sessões seguidas no vermelho, as principais praças bolsistas europeias arrancaram a sessão desta segunda-feira, 3 de fevereiro, a transacionar em terreno positivo, sendo que o índice de referência Stoxx600 ganha apenas ténues 0,02% para 410,78 pontos, apoiado na subida do setor tecnológico e com as matérias-primas, em especial o setor petrolífero, a impedir uma maior subida neste início de semana.

 

Em contraciclo, o lisboeta PSI-20 perde 0,67% para 5.217,09 pontos, pressionado pelo setor energético, sobretudo pela Galp Energia (-0,99% para 13,505 euros) e pelo grupo EDP, com a elétrica liderada por António Mexia a recuar 1,06% para 4,476 euros e a EDP Renováveis a resvalar 1,17% para 11,86 euros.

 

Numa segunda-feira marcada nos mercados asiáticos, em particular na China, por fortes quedas devido aos receios em torno do coronavírus, as autoridades chinesas decidiram reagir em força para conter os efeitos negativos provocados pelo medo quando às consequências de uma potencial pandemia.

 

Já depois do fecho da bolsa chinesa e perante o abrandar da segunda maior economia mundial, o banco central da China agiu pela primeira vez ao cortar os juros diretores no país e injetando dinheiro no sistema financeiro para garantir que os bancos têm a liquidez de que precisam para financiar os agentes económicos.

 

A ação chinesa foi bem recebida pelos mercados bolsistas, com as principais praças do Velho Continente a subirem perante os esforços de Pequim para conter a propagação do novo vírus da pneumonia e o compromisso das autoridades chinesas com a necessidade de combater os sinais de desaceleração económica.


Juros invertem para subida na Zona Euro

Após várias sessões em que os investidores procuraram refúgio em ativos considerados mais seguros tais como obrigações soberanas, esta segunda-feira verifica-se um movimento de aposta em títulos bolsistas, o que se repercute numa menor aposta em dívida pública.

 

Como tal, os juros associados às dívidas na área do euro seguem em alta, com a "yield" correspondentes às obrigações soberanas de Portugal a 10 anos a subir 0,2 pontos base para 0,258%, a primeira subida em quatro sessões.

 

Também as taxas de juro associadas aos títulos soberanos de Espanha e de Itália com maturidade a 10 anos avançam respetivamente 0,9 e 0,7 pontos base para 0,238% e 0,937%. A "yield" italiana a 10 anos regista a primeira subida depois de oito sessões de alívio. Já a "yield" das obrigações alemãs com o mesmo prazo sobe 0,7 pontos base para -0,430%.


Euro perde terreno para o dólar
O euro segue em queda, estando a depreciar 0,19% para 1,1072 dólares, desvalorização que se segue a dois dias de subidas contra a divisa norte-americana.

 

Por sua vez, o dólar valoriza pela primeira vez em quatro sessões no índice da Bloomberg que mede o desempenho da moeda americana face a um cabaz composto pelas principais moedas mundiais.

 

Tal como o euro também a libra recua, no caso após três dias seguidos a valorizar contra a moeda única europeia.  

 

Quebra da procura na China atira crude para mínimo de um ano

O Brent do Mar do Norte, transacionado em Londres e usado como valor de referência para as importações nacionais, segue em queda pelo terceiro dia seguido, estando nesta altura a cair 0,69% para 56,23 dólares por barril, o que significa que negoceia em mínimos de janeiro do ano passado.

 

Também o West Texas Intermediate (WTI, negociado em Nova Iorque) perde 0,23% para 51,44 dólares, quarta desvalorização consecutiva que colocou o WTI em mínimos de janeiro de 2019.

 

Desde o surgimento do coronavírus, a procura de crude no mercado chinês recuou em cerca de 3 milhões de barris por dia, o que equivale a cerca de 20% do total consumido pelo país, nota a agência Bloomberg que cita fontes do setor energético chinês.

 

Esta quebra na procura configura a maior desde a crise financeira de 2008 e 2009 acrescenta a agência noticiosa, que assume como cenário possível um novo corte à produção decretado pelos países exportadores de petróleo e seus aliados (OPEP+).

 

Ouro brilha menos com coronavírus

O metal precioso dourado desvaloriza 0,79% para 1.576,56 dólares por onça num dia em que até chegou a tocar na cotação mais elevada desde 8 de janeiro deste ano.

 

Os investidores tentam aferir o impacto efetivo do coronavírus na procura pelo ouro, razão que justifica a descida na cotação do metal dourado.

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