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Abertura dos mercados: Bolsas caem à espera de Powell. Petróleo e juros sobem

As bolsas europeias arrancaram em queda, o euro e os juros sobem num dia em que as atenções estão focadas no discurso que o presidente da Fed vai fazer. O petróleo sobe mais de 1% devido à queda das reservas.

Reuters
10 de Julho de 2019 às 09:12
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,08% para 5.158,01 pontos

Stoxx 600 perde 0,20% para 387,15 pontos

Nikkei desvalorizou 0,15% para 21.533,48 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2,5 pontos base para 0,498%

Euro aprecia 0,07% para 1,1216 dólares

Petróleo em Londres ganha 1,23% para 64,95 dólares o barril

 

Bolsas europeias caem à espera de Powell

As bolsas europeias seguem em queda, num dia em que os investidores aguardam com expectativa pelas palavras do presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA. Jerome Powell vai discursar perante o Comité de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes e os investidores esperam que sejam dados sinais sobre o futuro da política monetária americana.


Depois de terem elevado as apostas para um corte de juros de 50 pontos base este ano nos EUA, os dados económicos – que apontam para uma economia robusta – reduziram as expectativas e os investidores reagiram, provocando quedas nas bolsas e subidas dos juros.

 

As palavras de Powell têm, por isso, uma relevância ainda maior, já que os investidores querem pistas para perceberem como irá evoluir o preço do dinheiro nos EUA.

 

Este contexto de incerteza, aliado à tensão crescente em torno do Irão devido ao enriquecimento de urânio, está a penalizar a negociação bolsista. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, está a perder 0,2% para 387,15 pontos.

Já na bolsa nacional, a tendência é de ganhos, com o PSI-20 a somar 0,08% para 5.158,01 pontos, a beneficiar dos ganhos do BCP e da Galp, com a petrolífera a acompanhar a tendência das congéneres, num dia em que os preços do petróleo estão a subir mais de 1%.

 

Juros mantêm tendência de subida

As taxas de juro associadas à dívida nacional estão a subir, a acompanhar a evolução da generalidade das "yields" soberanas. A contribuir para esta subida estão os receios de que a Fed trave o ritmo de descidas do preço do dinheiro que estava já a ser antecipado. Assim, a taxa implícita na dívida a 10 anos de Portugal está a subir 2,5 pontos base para 0,498%, depois de ter chegado a negociar abaixo dos 0,3%.

A manhã será também marcada pela emissão de dívida por parte do IGCP, com a agência que gere a dívida pública vai ao mercado para emitir até 1,25 mil milhões de euros, através de dois leilões, um a 10 e outro a 26 anos.

 

Euro estável em dia de Fed e de previsões económicas de Bruxelas

A moeda europeia está a subir ligeiramente contra o dólar, num dia que será marcado pelo discurso de Powell, mas também pelas previsões económicas intercalares da Comissão Europeia. No relatório que será publicado esta quarta-feira, Bruxelas vai atualizar as previsões para o produto interno bruto (PIB) dos estados-membros, bem como para a inflação.

 

Petróleo sobe com queda de reservas e tensão com o Irão

Os preços do petróleo estão a subir mais de 1%, depois de ter sido noticiado que as reservas de crude dos EUA terão caído na semana passada em 8,13 milhões de barris, quando a previsão dos analistas era de uma redução de 2,9 milhões.

 

Aliado a esta redução dos inventários americanos está o aumento da tensão em torno do Irão, depois de o país ter anunciado que aumentou o enriquecimento de urânio para níveis que superam os limites impostos no acordo de 2015. A tensão entre Teerão e Washington aumentou e os receios de que o Médio Oriente seja palco de um conflito militar cresceram, o que impulsiona os preços do ouro negro, devido ao peso que a região tem na produção de petróleo.

 

O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a subir 1,23% para 64,95 dólares.

 

Ouro regressa às quedas

Os investidores aguardam com expectativa pelo discurso de Powell e o ouro cai, numa altura em que a especulação sobre a dimensão de corte de juros nos EUA diminui. O metal precioso, que beneficia de juros baixos, está a recuar 0,35% para 1.392,65 dólares por onça.

 

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