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Abertura dos mercados: Arrefecimento económico na China põe bolsas no vermelho

As bolsas do Velho Continente negoceiam em queda depois de a China ter cortado as perspectivas de crescimento para 2019. Os juros da dívida na Zona Euro sobem com a "yield" das obrigações gregas a avançar ligeiramente antes de leilão a 10 anos.

Os investidores que prefiram ficar longe do sobe e desce do mercado podem privilegiar uma abordagem mais defensiva. Os fundos multiactivos podem ser uma boa alternativa para quem pretende obter retornos, mas não quer assumir riscos demasiado elevados.

Os fundos multiactivos ajustam-se a praticamente todos os investidores, uma vez que existem produtos com uma estratégia de investimento mais defensiva, equilibrada e agressiva. Apesar da instabilidade registada nos mercados accionistas nas últimas semanas, são os multiactivos agressivos, com maior exposição ao mercado accionista, que apresentam as melhores rendibilidades. Rendem, em média, 0,9% nos últimos três meses. Já os fundos que privilegiam uma estratégia mais equilibrada somam 0,81%, segundo os dados da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

Ao investirem em diversas classes de activos, estes produtos de poupança reduzem o risco resultante de oscilações bruscas nos mercados financeiros. Ou seja, se as bolsas mundiais registarem quedas acentuadas enquanto está a banhos, a exposição a outros activos, como a dívida ou cambial, vai atenuar o efeito negativo das acções na carteira. No entanto, caso os problemas nos mercados aliviem e as bolsas registem subidas elevadas, esses fundos não irão obter retornos tão expressivos.
Reuters
05 de Março de 2019 às 09:21
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Os mercados em números

PSI-20 cede 0,06% para 5.272,75 pontos

Stoxx 600 cai 0,11% para 374,67 pontos

Nikkei desvalorizou 0,44% para 21.726,28 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,2 pontos base para 1,478%

Euro recua 0,15% para 1,1322 dólares

Petróleo em Londres desce 0,15% para 65,57 dólares por barril

 

Bolsas europeias recuam de máximos

As principais bolsas europeias abriram a sessão desta terça-feira, 5 de março, em terreno negativo, interrompendo uma série de três dias seguidos em alta e afastando-se dos máximos de outubro ontem renovados.

 

O índice de referência europeu Stoxx600 recua 0,11% para 374,67 pontos, penalizado sobretudo pela queda do setor automóvel do Velho Continente, enquanto o lisboeta PSI-20 cede 0,06% para 5.272,75 pontos.

 

A justificar estas quedas está a revisão em baixa da meta para o PIB em 2019 feita pela China, consequência do abrandamento da economia global e da menor procura interna e externa por bens chineses, isto num contexto de incerteza em torno da disputa comercial entre Pequim e Washington. Pequim decidiu ainda baixar o IVA e promover o investimento para tentar animar a economia.

 

Por outro lado, os investidores tentam ainda conhecer contornos do alegadamente mais próximo acordo entre os Estados Unidos e a China com vista a um maior equilíbrio nas relações comerciais entre os dois blocos económicos.

 

Juros da Grécia com pequena subida antes de leilão

Os juros da dívida soberana na área do euro seguem em alta esta terça-feira, incluindo a taxa de juro associada aos títulos gregos a 10 anos que sobe 0,4 pontos base para 3,680% depois de ontem ter recuado para mínimos de 12 anos na sequência da decisão da Fitch de elevar em dois níveis o "rating" da Grécia.

 

Para aproveitar este clima de confiança, as autoridades gregas apressaram-se e já esta terça-feira realizam o primeiro leilão de dívida com maturidade a 10 anos levado a cabo nos últimos nove anos.

 

Já a "yield" correspondente às obrigações lusas a 10 anos sobe 1,2 pontos base para 1,478%, no segundo dia a subir. Ainda no mercado secundário de dívida, também os juros associados às dívidas públicas a 10 anos de Espanha (+1,1 pontos base para 1,184%), Itália (+0,8 pontos base para 2,747%) e Alemanha (+1,3 pontos base para 0,171%) seguem em alta.

 

Euro recua pelo terceiro dia à espera de reunião do BCE

A moeda única europeia está a desvalorizar contra o dólar pela terceira sessão consecutiva, seguindo nesta altura a depreciar 0,15% para 1,1322 dólares.

 

Esta queda do euro, que negoceia em mínimos de uma semana relativamente à divisa norte-americana, acontece antes da reunião de quinta-feira do Banco Central Europeu.

 

Avoluma-se a pressão sobre a autoridade monetária europeia para agir de forma a proteger a Zona Euro dos crescentes sinais de abrandamento económico. Segundo a Reuters, as expectativas no mercado são de que o BCE se está a preparar para conceder financiamento mais barato aos bancos de forma a ajudar a economia.

 

Petróleo desce com perspetiva de maior produção da OPEP

O preço do petróleo transaciona em queda nos mercados internacionais, com o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e utilizado como referência para as importações nacionais, a cair 0,15% para 65,57 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) perde 0,28% para 56,43 dólares.

 

A desvalorização da matéria-prima está a ser provocada pela conjugação de dois fatores: o receio de que a disputa comercial EUA-China penalize a economia mundial e, consequentemente, a procura; e o aumento perspetivado da produção em alguns países-membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).

 

Relativamente à OPEP, que em 2019 iniciou um novo período de cortes à produção para potenciar o preço do crude, o maior campo petrolífero da Líbia deverá reentrar em atividade depois de um inesperado encerramento em dezembro último. Também a Venezuela deverá estar em condições de reforçar os respetivos níveis de produção petrolífera.

  

Ouro persiste próximo de mínimos de cinco semanas

O metal dourado desvaloriza pela quinta sessão consecutiva e mantém-se próximo de mínimos de cinco semanas, sendo que segue agora a perder ténues 0,09% para 1.285,62 dólares por onça.

 

O ouro continua a ser penalizado pela tendência de subidas do dólar e também pelas renovadas perspetiva de acordo comercial EUA-China, o que tenderá a reforçar a procura de ativos de maior risco e a reduzir a aposta neste ativo de refúgio.

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