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Abertura dos mercados: Acordo EUA/China mais próximo impulsiona bolsas e petróleo

O otimismo com o acordo comercial entre os EUA e a China, bem como com a evolução das duas maiores economias do mundo, está a impulsionar as cotações das ações e do petróleo.

Bloomberg
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PSI-20 sobe 0,74% para os 5.223,63 pontos

Nikkei subiu 1,02% para 21.602,69 pontos

Juro da dívida portuguesa a dez anos estável nos 1,47% 

Euro desce 0,09% para 1,1361 dólares

Petróleo em Londres valoriza 0,5% para 66,64 dólares por barril 


Europa fecha semana no verde com acordo EUA-China prestes a assinar
 

O Stoxx600, o índice de referência para a Europa, segue a somar 0,53% para os 374,77 pontos. A manter-se nesta linha, esta será a terceira semana consecutiva de ganhos para o índice, que desde o início do ano só registou uma semana com saldo negativo. O setor automóvel destaca-se com subidas acima de 1%.

 

O sentimento na Europa acompanha as expectativas positivas relativamente às negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China. De acordo com fontes próximas das conversações, citadas pela Bloomberg, oficiais do Governo norte-americano estão a preparar o documento final que deverá ser assinado dentro de semanas, embora ainda esteja a ser discutida a inclusão de mais concessões da parte da China. Ambas as nações deverão voltar a encontrar-se em meados de março. "Estamos a caminho de fazer algo especial com a China. Mas veremos", declarou Trump, esta quinta-feira. Deixou, contudo, um aviso: "nunca tenho medo de virar costas a um acordo, e faria isso mesmo com a China, se (a negociação) não resultasse".

Paralelamente, a China dá outra razão de alívio aos investidores, ao apresentar novos dados económicos favoráveis. O índice que mede a evolução do setor inustrial subiu em fevereiro para máximos de três meses.

 

Em Lisboa, o PSI-20 alinha no verde e segue a subir 0,74% para os 5.223,63 pontos. O destaque vai para a Mota-Engil, que dispara mais de 6% depois de apresentar lucros de 24 milhões em 2018, 12 vezes superiores aos do ano anterior.

Juros estáveis à espera da inflação 

O mercado de dívida soberana tem negociado com fracas oscilações nas últimas sessões, dado que os investidores aguardam com expectativa pela reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) da próxima semana, para perceber se Mario Draghi avança já com uma nova ronda de empréstimos ao setor financeiro, ou aguarda por abril para adotar  medidas para combater o abrandamento económico na região. O valor da inflação da Zona Euro em fevereiro, que o Eurostat revela esta sexta-feira, poderá dar mais pistas sobre o que vai fazer o BCE.

 

Enquanto não se conhece este dado, a "yield" das bunds alemãs a 10 anos soma 0,4 pontos base para 0,186% e a taxa das obrigações portuguesas com a mesma maturidade segue estável nos 1,47% e perto de mínimos históricos.

 

Dólar valoriza pela terceira sessão 

No mercado cambial o dólar está a ganhar terreno contra as principais divisas, beneficiando com as perspetivas mais favoráveis para a economia global e maior confiança num acordo comercial entre os EUA e a China. O índice do dólar ganha 0,1%, na terceira sessão consecutiva em alta, sendo que o euro desce 0,09% para 1,1361 dólares. O Departamento do Comércio dos EUA revelou ontem que o PIB cresceu 2,6% no quarto trimestre, bem acima dos 2,2% estimados pelos economistas.

 

Petróleo em Nova Iorque no máximo do ano 

Os dados positivos do PIB dos EUA e os dados económicos positivos divulgados na China, bem como o otimismo com um acordo comercial, estão a impulsionar as cotações do petróleo. Em Nova Iorque o crude WTI ganha 0,59% para 57,56 dólares e já atingiu um máximo desde 13 de novembro do ano passado nos 57,88 dólares. O Brent, que é negociado em Londres, valoriza 0,5% para 66,64 dólares.

 

Goldman recomenda minério de ferro 

O Goldman Sachs recomendou aos seus clientes que comprem minério de ferro durante este mês de março, embora permaneça com uma perspetiva pessimista para o retorno anual desta matéria-prima. Esta recomendação deve-se à perspetiva de pressão compradora por parte da China já que muitas companhias estão com os stocks em níveis reduzidos. Os futuros sobre o minério de ferro para entrega em março estão a subir 3,23% para 85,74 dólares.

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