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Abertura dos mercados: Ações europeias sacodem perdas com novo máximo histórico
Depois de quatro sessões no vermelho, o Stoxx600 está a negociar em alta e já tocou num novo recorde. Os juros estão a subir, assim como o petróleo.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,77% para 5.274,84 pontos
Stoxx 600 ganha 1,17% para 424,94 pontos
Nikkei valorizou 0,13% para 23.827,18 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,9 pontos para 0,411%
Euro recua 0,06% para 1,1048 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,27% para 62,21 dólares o barril
Ações europeias atingem novos máximos
As bolsas europeias estão a negociar em alta esta sexta-feira, 24 de janeiro, depois de quatro sessões consecutivas de perdas, com as ações a recuperarem de uma semana marcada pelos receios em torno do coronavírus chinês.
A situação não está ainda controlada e o número de infetados continua a aumentar, mas os esforços das autoridades chinesas para isolar as cidades afetadas está a dar alguma confiança de que será possível evitar o pior cenário.
Por outro lado, os investidores estão atentos aos dados sobre a atividade da indústria e dos serviços na Zona Euro, que apontam para uma melhoria no início deste ano.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, ganha 1,17% para 424,94 pontos, um novo máximo histórico.
Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 0,77% para 5.274,84 pontos, animado sobretudo pela Jerónimo Martins, que valoriza 3,18% para 15,92 euros, depois de o Jefferies ter recomendado "comprar" as ações.
Juros sobem com regresso do apetite pelo risco
Com o regresso do apetite pelo risco, depois de quatro sessões marcadas por ganhos nos ativos de refúgio, as obrigações soberanas dos países do euro estão em queda e, consequentemente, os juros em alta.
Na Alemanha, referência para a região, os juros da dívida a dez anos sobem 1,9 pontos para -0,292%, enquanto em Espanha, o agravamento é de 2,5 pontos para 0,378%. Em Itália, os juros avançam 2,7 pontos para 1,277% e em Portugal 1,9 pontos para 0,411%.
Euro cai pelo segundo dia
A moeda única europeia está a desvalorizar face ao dólar pela segunda sessão consecutiva, depois de o BCE ter mantido os juros em mínimos históricos e reafirmado a implementação do pacote de estímulos na primeira reunião de política monetária deste ano, realizada ontem.
Além disso, e tal como era esperado, o BCE fez o anúncio formal da revisão da estratégia, que já tinha sido antecipado pela presidente, Christine Lagarde. "O Conselho do BCE decidiu ainda lançar um reexame da estratégia de política monetária do BCE", lê-se no texto divulgado na quinta-feira.
Petróleo completa maior série de perdas semanais desde maio
O petróleo está a negociar em alta ligeira nos mercados internacionais, mas deverá fechar a semana com saldo negativo, completando a maior série de perdas semanais desde maio.
A matéria-prima tem sido penalizada pelos receios em torno do coronavírus chinês, que poderá penalizar a procura e pressionar o crescimento da segunda maior economia do mundo.
Nesta altura, o Brent, transacionado em Londres, ganha 0,27% para 62,21 dólares o barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 0,38% para 55,80 dólares.
Ouro e prata em queda
O aumento do apetite pelo risco está a penalizar a negociação dos metais que têm sido usados como ativos de refúgio pelos investidores. O melhor exemplo disso é o ouro, que desliza 0,31% para 1.558,13 dólares, enquanto o paládio se encaminha para a primeira semana de perdas em cinco.
Já a prata cai ligeiros 0,06% para 17,7881 dólares.