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Abertura de mercados: Euro, ouro, petróleo e juros a cair

Os investidores estão a retirar-se de activos considerados de refúgio. O ouro é o principal exemplo. No mercado de dívida, os juros nacionais continuam a recuar. Já as bolsas perderam o fôlego do início do dia.

Dario Pignatelli/Bloomberg
15 de Agosto de 2017 às 09:26
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Os mercados em números

PSI-20 cede 0,30% para 5.252,83 pontos

Stoxx 600 perde 0,06% para 375,92 pontos

Nikkei somou 1,11% para 19.753,31 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 1 ponto base para 2,802%

Euro cai 0,21% para 1,1755 dólares

Petróleo desce 0,39% para 50,53 dólares por barril em Londres

 

Bolsas perdem fôlego

As bolsas europeias começaram a manhã em alta, a imitar os ganhos que já se tinham verificado nas praças asiáticas. O menor risco que os investidores estão a atribuir à tensão entre os Estados Unidos da América e a Coreia do Norte já na segunda-feira tinha permitido as valorizações, seguindo-se a tendência no arranque de sessão de terça-feira. Contudo, neste momento, a tendência é menos definida e há mesmo praças a recuar – Lisboa e Madrid são exemplos.

 

O Stoxx Europe 600 também perde muito timidamente. Esta segunda-feira foi também revelado que a economia alemã cresceu 0,6% no segundo trimestre do ano, ligeiramente abaixo daquilo que era a expectativa dos economistas.

 

Juros caem

No mercado de dívida, não há uma tendência definida entre todas as praças. A Alemanha regista um agravamento das rendibilidades pedidas pelos investidores, reflectindo uma fuga dos investidores deste activo – as obrigações alemãs são as consideradas de refúgio. Sem tensão geopolítica, há tendência de saída.

 

Nos restantes mercados, Espanha e Itália registam um comportamento misto, com subidas e descidas das "yields" nos vários prazos, sendo que Portugal apresenta um comportamento maioritariamente de recuos nas taxas de juro implícitas que os investidores mostram estar dispostos a aceitar para negociar títulos de dívida nacional.

 

Na taxa de juro de referência, a dez anos, há uma descida de 1 pontos base para 2,802%, recuando a "yield" pelo terceiro dia consecutivo, em mínimos de um ano. 

 

Euro perde força

A moeda única europeia está a recuar face ao dólar depois de revelado o crescimento económico a Alemanha. O euro cede 0,21% para 1,1755 dólares, sendo que a moeda americana segue a ganhar força face a várias pares.

 

No caso do dólar, a subida justifica-se com a expectativa de maiores aumentos das taxas de juro nos Estados Unidos ainda este ano, como sinalizado por William Dudley, presidente da Reserva de Nova Iorque. Já o iene, tradicionalmente um activo de refúgio, está a ceder, com o recuo da tensão entre EUA e Coreia do Norte.

 

Petróleo volta a ceder 

Os preços do petróleo estão a marcar desvalorizações ligeiras esta terça-feira, feriado religioso da Assunção de Nossa Senhora em Portugal. Ontem, a matéria-prima tinha recuado 2,5%, sendo que a tendência mantêm-se, mas em muito menos força.

 

Em Nova Iorque, os contratos futuros de West Texas Intermediate estão a negociar nos 47,44 dólares por barril, uma desvalorização de 0,32%. Já em Londres, o mercado de referência para as importações nacionais, cada barril de Brent do Mar do Norte está a ser transaccionado por 50,53 dólares, o que reflecte uma quebra de 0,39%.

 

Ouro cai 

O valor do metal amarelo está hoje em recuo. Sem o receio imediato de um conflito bélico entre EUA e Coreia do Norte, os investidores afastam-se novamente de activos considerados de refúgio, de que o ouro é um exemplo. O metal precioso está, por isso, a ceder terreno. A tendência negativa, pelo segundo dia, é de 0,58% para 1.274,71 dólares por onça.

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