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Abertura de mercados: Bolsas europeias afundam mais de 2% com vitória de Trump  

As bolsas mundiais estão a reagir em forte baixa à vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. O dólar e o petróleo também afundam, ao mesmo tempo que o ouro reforça o estatuto de valor-refúgio.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 cai 2,44% para 4.450,97 pontos

Stoxx 600 recua 2,16% para 327,68 pontos

Nikkei afundou 5,36% para 16.251,54 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 2 pontos base para 3,24%

Euro soma 1,41% para 1,1181 dólares

Petróleo em Londres perde 1,35% para 45,42 dólares por barril

 

Os investidores estavam a apostar na vitória de Clinton, mas foi Trump que ganhou a corrida à Casa Branca, pelo que os mercados estão a reagir em queda. Ainda assim, a dimensão das quedas está a ser bem inferior ao que se antevia e muito longe das registadas na última decisão eleitoral que surpreendeu o mundo: o Brexit.

 

Bolsas europeias no vermelho

Os mercados bolsistas abriram em queda, a confirmar a tendência do "after-hours" durante a noite que começou a delinear-se assim que Trump começou a liderar na contagem dos votos para a Casa Branca.

 

O Stoxx 600, que reúne as principais cotadas europeias, desvaloriza 2,16%, sendo que os principais índices europeus marcam perdas semelhantes. O PSI-20, que abriu a cair mais de 3%, segue nesta altura a recuar 2,44% para 4.450,97 pontos.

 

As praças asiáticas foram as mais castigadas – o Nikkei cedeu mais de 5% - e os futuros sobre o S&P500 apontam para uma abertura em Wall Street com perdas inferiores a 3%.

 

Juros portugueses recuam ligeiramente

Os juros associados à dívida portuguesa estão em alta ligeira no mercado secundário. No prazo de referência, a dez anos, a "yield" soma 2 pontos base para 3,24%, segundo dados da Bloomberg.

 

Dólar enfraquecido 

A nota verde está a cair face às principais moedas, com destaque para o euro, o iene e o peso mexicano. O índice do dólar, indicador da nota verde face a seis moedas globais, recua 1,1%.

O peso mexicano, que funcionou como barómetro para os investidores quanto ao rumo dos resultados das presidenciais nos EUA, esteve toda a noite a afundar, já que o candidato republicano defende medidas anti-imigração. A moeda segue a descer 8,7% para 20,0705 pesos por dólar, mas chegou a afundar 12% (a maior descida dos últimos 22 anos) para um mínimo histórico ao quebrar a fasquia dos 20 pesos por dólar. Já o euro segue a ganhar 1,41% para 1,1181 dólares.

 

Petróleo desvaloriza

Os preços do petróleo estão a descer nos principais mercados internacionais. Em Londres, o Brent do Mar do Norte segue a ceder 1,35% para 45,42 dólares por barril, e em Nova Iorque o crude de referência - West Texas Intermediate – deprecia-se em 1,33% para 44,38 dólares. Isto no dia em que vão conhecer-se os dados dos inventários norte-americanos de crude na semana passada. 


Ouro recupera
O ouro está a ver reforçado o seu estatuto de valor-refúgio, numa altura em que os investidores procuram segurança no metal amarelo devido ao clima de incerteza decorrente da eleição de Trump para a Casa Branca, já que o republicano tem falado em renegociar acordos comerciais importantes e advoga muitas medidas proteccionistas. 

O metal precioso segue a disparar 4,8%, para 1.337,38 dólares por onça, o maior ganho intradiário desde o Brexit decidido no referendo de 23 de Junho passado, fixando-se assim em máximos de Setembro.

 

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