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Abertura de mercados: Bolsas aliviam de máximos à espera da Fed. Petróleo sobe pelo terceiro dia
As ações mundiais registaram ontem a sétima sessão consecutiva de ganhos e atingiram máximos de outubro do ano passado. Hoje corrigem com os investidores a aguardarem com cautela os resultados da reunião da Fed.
Os mercados em números
PSI-20 sobe 0,21% para 5.311,51 pontos
Stoxx600 cede 0,22% para 383,44 pontos
Nikkei valorizou 0,2% para 21.608,92 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 0,1 ponto para 1,301%
Euro desce 0,11% para 1,1339 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,35% para 67,85 dólares por barril em Londres
Bolsas europeias corrigem
As bolsas europeias seguem com quedas ligeiras depois de ontem terem atingido a quinta sessão de ganhos. O Stoxx600 cede 0,22% para 383,44 pontos e está a ser penalizado pelas cotadas do setor petrolífero e mineiro.
Entre as ações que mais caem destaca-se a Bayer, com as ações da companhia alemã a caírem 11,82% para 61,46 euros, um mínimo desde 3 de janeiro. Esta é a queda diária mais forte em 15 anos e surge depois da Bayer ter sofrido mais uma derrota judicial relacionada com o seu produto químico Roundup, que será cancerígeno.
As ações mundiais registaram ontem a sétima sessão consecutiva de ganhos e atingiram máximos de outubro do ano passado, devido às perspetivas menos desfavoráveis para a economia global, resultados positivos que foram apresentados por diversas empresas e várias operações de fusões e aquisições.
As atenções estão hoje centradas na reunião da Reserva Federal dos Estados Unidos, embora não sejam expectáveis alterações na política monetária e no discurso do banco central. Na última reunião, a Fed disse ver motivos para uma abordagem paciente em matéria de política monetária, não dizendo se a próxima mexida poderá ser para cima – como se esperava – ou para baixo.
O Brexit também permanece na agenda, sendo que hoje deverá ser o dia em que Theresa May formaliza o pedido à União Europeia para um adiamento de "curta duração" da saída do bloco europeu.
Em Lisboa, o PSI-20 consegue contrariar esta tendência negativa e soma 0,21% para 5.311,51 pontos, beneficiando com a valorização das ações do BCP e da Jerónimo Martins.
Dólar sobe e libra recua em dia de pedido de adiamento do Brexit
Apesar de não serem esperadas alterações na política monetária da Reserva Federal (a decisão será conhecida às 19:00 de Lisboa), o dólar está a ganhar terreno contra as principais divisas. O índice da Bloomberg que mede o desempenho da moeda norte-americana contra as principais moedas mundiais está a subir 0,1%, numa altura em que o euro recua 0,11% para 1,1339 dólares.
No mercado cambial destaque também para a libra, que desce 0,33% para 1,3224 dólares e 0,26% para 1,1658 euros, num dia que deverá ficar marcado pela formalização do pedido de adiamento do Brexit. Segundo o Financial Times, a primeira-ministra britânica vai requerer um "curto adiamento" de até três meses da saída da União Europeia que continua prevista para as 23:00 do próximo dia 29 de março.
Juros estáveis em dia de leilão de BT
Os juros da dívida portuguesa seguem sem grandes oscilações e perto de mínimos históricos no prazo a 10 anos no dia em que o IGCP tem agendado um leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) com o objetivo de emitir entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. A "yield" dos títulos a 10 anos cede 0,1 pontos base para 1,301%, enquanto na Alemanha a taxa dos títulos com a mesma maturidade recua 0,2 pontos base para 0,095%.
Brent valoriza pelo terceiro dia seguido
O preço do petróleo está a valorizar tanto em Londres como em Nova Iorque. Na capital inglesa, o Brent do Mar do Norte, utilizado como valor de referência para as importações nacionais, sobe 0,35% para 67,85 dólares por barril. O Brent mantém-se assim próximo do máximo de quatro meses ontem registado na terceira sessão consecutiva a valorizar. Já nos EUA o West Texas Intermediate (WTI) ganha 0,12% para 59,10 dólares.
A contribuir para a subida da matéria-prima está um relatório do Instituto Americano do Petróleo que mostra que as reservas petrolíferas norte-americanas caíram em 2,13 milhões de barris na semana passada. Os números oficiais do governo são conhecidos esta quarta-feira.
Também a influenciar o comportamento do crude está o regresso da incerteza à negociação entre a China e os EUA com vista a um acordo comercial entre as duas maiores economias mundiais, depois de ter sido noticiado que as autoridades chinesas mostram relutância em aceitar as exigências feitas por Washington.
Ouro recua antes da Fed e paládio próximo de novo recorde
O metal precioso dourado transaciona em queda depois de três dias consecutivos a valorizar, estando o ouro nesta altura a recuar 0,35% para 1.301,99 dólares por onça. Os investidores aguardam pela decisão da Fed para perceber se o valor desta matéria-prima enquanto ativo de refúgio é ou não reforçado.
Já o paládio continua a valorizar e a negociar muito próximo do máximo de sempre ontem alcançado, dia em que pela primeira vez na história este metal branco superou o patamar dos 1.600 dólares. É neste momento o mais valioso dos quatro principais metais preciosos (ouro, prata e platina), o que acontece sobretudo devido à forte escassez de oferta imediata numa altura em que as fabricantes automóveis tentam obter mais paládio para cumprirem os controlos mais rígidos em matéria de emissões poluentes.