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Abertura dos mercados: Bolsas em queda e petróleo em alta após dados da China

As bolsas europeias estão em terreno negativo, numa altura em que persistem os receios em torno da economia chinesa. O petróleo cai mais de 2% antes de serem conhecidos os dados das reservas nos EUA.

Bloomberg
27 de Janeiro de 2016 às 08:40
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Os mercados em números

PSI-20 sobe 0,43% para 4.944,43 pontos

Stoxx 600 perde 0,43% para 337,73 pontos

Nikkei valorizou 2,72% para 17.163,92 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos descem 2,4 pontos base para 2,962%

Euro desce 0,06% para 1,0864 dólares

Petróleo em Londres perde 2,42% para 31,03 dólares o barril

Bolsas europeias sem tendência definida

As bolsas europeias negoceiam em queda esta quarta-feira, 27 de Janeiro, numa altura em que persistem os receios em torno da economia chinesa. A bolsa da China desvalorizou pela segunda sessão depois de ter sido divulgado que os lucros da indústria caíram 4,7% em Dezembro.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, cai 0,43% para 337,73 pontos. Na bolsa nacional, o PSI-20 sobe 0,43% para 4.944,43 pontos, impulsionado sobretudo pelo sector da energia. 

Juros da dívida aliviam na Europa

Os juros da dívida da generalidade dos países europeus estão em queda ligeira esta quarta-feira. Em Portugal, a ‘yield’ associada às obrigações a dez anos alivia 2,4 pontos base para 2,962%, depois de ter superado os 3% nas últimas sessões. Na Alemanha, no mesmo prazo, a descida é de 1,5 pontos para 0,431%.   


Euro cai depois de duas sessões de quedas

A moeda única europeia está a negociar em queda face ao dólar depois de duas sessões de ganhos, no dia em que termina a primeira reunião de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos desde a primeira subida dos juros no país em quase uma década.

Neste encontro, os responsáveis não deverão ponderar uma nova subida da taxa directora, tal como revelaram as minutas do encontro anterior. Além disso, com o início de ano atribulado nos mercados, vários especialistas já questionaram se a Fed não terá agido cedo de mais.

O euro desce 0,06% para 1,0864 dólares. 

Petróleo em queda antes dos dados das reservas

O petróleo está a negociar em queda nos mercados internacionais, antes de serem revelados os dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos sobre as reservas de crude norte-americanas que, segundo estimativas da Bloomberg, deverão ter aumentado em 4 milhões de barris na semana passada.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 2,89% para 30,54 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, desce 2,42% para 31,03 dólares. Na semana passada, o barril de Brent atingiu o valor mais baixo desde Novembro de 2003, nos 26,19 dólares.

Esta terça-feira, o Banco Mundial reviu em baixa as suas estimativas de preços para o petróleo em 2016, de 51 para 37 dólares por barril, uma descida justificada com o aumento da oferta no mercado e com o previsível decréscimo da procura por parte das economias emergentes.

Ouro próximo de máximos de quase três meses

Embora esteja a negociar em queda ligeira esta quarta-feira, o ouro mantém-se próximo de máximos desde Novembro do ano passado, depois de as importações chinesas deste metal precioso de Hong Kong terem aumentado para o nível mais elevado em mais de dois anos.

O ouro continua também a beneficiar da volatilidade nos mercados, que aumenta o apetite por activos considerados mais seguros.

O metal precioso desce 0,11% para 1.118,68 dólares por onça, depois de já ter valorizado 0,22% durante a sessão. A prata cai 0,38% para 14,4500 dólares. 


Destaques do dia
 

Queda dos lucros da indústria dá segunda sessão de perdas à bolsa chinesa. A bolsa da China atingiu mínimos de Novembro de 2014 durante a sessão, depois de ter sido divulgado que os lucros da indústria desceram 4,7% em Dezembro. Foi o sétimo mês consecutivo de decréscimo. O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, veio entretanto negar responsabilidades do país na crescente volatilidade dos mercados.

Subida dos lucros ofuscada pelo nervosismo na bolsa. O consenso dos analistas aponta para uma subida dos lucros das empresas não-financeiras do PSI-20 em 2015. Mas, num ambiente marcado pela elevada aversão ao risco, o exame feito pelos investidores irá além da evolução dos resultados.

Motor da bolsa pode acelerar com impacto reduzido da Polónia. A Jerónimo Martins terá de enfrentar uma taxa adicional, mas o imposto será mais baixo que o previsto. E dá margem para recuperar em bolsa.

Governo varre cúpula da Caixa e inicia saída de banqueiros. O Governo pretende fazer alterações significativas na gestão da CGD, substituindo a cúpula do banco. Passo inicia renovação de banqueiros. Mandato de Stock da Cunha no Novo Banco acaba em Agosto. O de Ulrich termina no final do ano.

 

BCE chama banca a Frankfurt. A situação da banca portuguesa será analisada esta semana em Frankfurt pelo Mecanismo Único de Supervisão do BCE. Consultas são independentes, mas coincidentes com a visita da troika a Lisboa.

Será Janet Yellen a culpada da turbulência? Após a subida dos juros pela Fed em Dezembro, a turbulência arrasou os mercados em Janeiro. Há quem culpe a Fed e afaste, para já, mais subidas. Mas há também quem defenda que quatro revisões em 2016 é um ritmo gradual.

 

Economistas: "Temos todos os ingredientes para os preços do petróleo subirem". A procura por petróleo é forte, consideram economistas e membros da indústria petrolífera, na conferência da Coface, em Paris.

O que vai acontecer hoje

  1. Resultados. Boeing, Ebay, Facebook, Nordea Bank, Banco Santander e BPI apresentam os seus resultados do último trimestre de 2015.
  2. Fed. Conclusão da reunião de política monetária, após a qual é divulgada a decisão relativa às taxas de juro da Fed. 
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