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Produção da OPEP cai para o nível mais baixo em um ano

A produção do cartel caiu, em Março, ao ritmo mais acelerado desde Novembro, devido à diminuição da oferta da Venezuela, Líbia e Arábia Saudita.

Arábia Saudita frente-a-frente com o Irão - Os confrontos comprometerão as exportações de petróleo e gás do Estreito de Ormuz. Como consequência, o petróleo dispara e os planos de privatização da companhia de petróleo Saudi Aramco não resultam. A Arábia Saudita desvalorizará a sua moeda, obrigando a restante região a fazer o mesmo.
DR
12 de Abril de 2018 às 13:53
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A produção dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) desceu para o nível mais baixo em um ano, em Março, sobretudo devido à diminuição da oferta da Venezuela, Arábia Saudita e Líbia.

De acordo com o relatório mensal do cartel, revelado esta quinta-feira, 12 de Abril, a maioria do excedente global desta matéria-prima foi eliminada depois de 15 meses de cortes na produção levados a cabo pela OPEP e pelos seus parceiros.

Com a produção da Venezuela a recuar devido à crise económica, os inventários globais estão a caminho de uma redução significativa na segunda metade deste ano, segundo o relatório.

A produção do conjunto dos membros caiu em 201.400 barris por dia, no mês passado - a maior descida desde Novembro – para um total de 31.958 milhões de barris por dia, o que representa o valor mais baixo desde Março de 2017.

De acordo com os dados, citados pela Bloomberg, depois de vários meses de queda na oferta, a produção da Venezuela está 480 mil barris abaixo do nível fixado no âmbito do acordo de redução. A OPEP antecipa que, se a indústria continuar a deteriorar-se e o presidente Donald Trump cumprir a ameaça de lançar sanções contra o Irão, as perdas do cartel podem, na verdade, duplicar o corte que era suposto implementar.  

O relatório mostra ainda que os inventários nos países desenvolvidos caíram quase 90% desde que os cortes na produção começaram em Janeiro do ano passado, para apenas 43 milhões de barris.

Se a produção da OPEP continuar nestes níveis, as reservas vão diminuir a um ritmo de 1,3 milhões de barris por dia na segunda metade do ano, estima o cartel. Quanto à procura permanece forte "com uma perspectiva positiva e optimista".

Ainda assim, a Arábia Saudita, o maior produtor da OPEP, juntamente com outros países, já sinalizou que o grupo deve manter os cortes até ao final do ano, ou ainda mais, para equilibrar totalmente o mercado.

Depois de ter atingido máximos de 2014 na sessão de ontem, o petróleo está hoje em baixa nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 0,61% para 66,42 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, recua 0,68% para 71,59 dólares.

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