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Petróleo sobe mais de 1% com escalada da tensão no Médio Oriente

O petróleo está a subir pela primeira vez em quatro sessões, devido aos receios de que a escalada da tensão no Médio Oriente possa conduzir a rupturas no abastecimento. Em Londres, a matéria-prima negoceia próxima dos 45 dólares.

Bloomberg
16 de Novembro de 2015 às 12:44
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O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais esta segunda-feira, 16 de Novembro, depois de três sessões consecutivas de perdas, que levaram a matéria-prima para mínimos de quase três meses na passada sexta-feira.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,69% para 41,43 dólares por barril depois de, na última sessão, ter negociado nos 40,22 dólares, o valor mais baixo desde 27 de Agosto. Já o Brent, transaccionado em Londres, ganha 0,99% para 44,91 dólares.

Esta segunda-feira, os preços da matéria-prima estão a reflectir a escalada da tensão, depois de o Estado francês ter intensificado os ataques aéreos na Síria, na sequência dos atentados terroristas em Paris.

Este domingo à noite, e numa altura em que o país ainda chorava os 129 mortos, o Governo francês anunciou o bombardeamento aéreo do reduto do grupo terrorista, em Raqqa, no Leste da Síria, destruindo um posto de comando e um campo de treino. A Síria faz fronteira com o Iraque, o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a seguir à Arábia Saudita.

"Ainda que a ligação directa ao mercado de petróleo não seja muito forte, isso poderá desestabilizar ainda mais a situação geopolítica no Médio Oriente e aumentar os receios em relação a potenciais rupturas de abastecimento", explica Jens Pedersen, analista do Danske Bank, em Copenhaga, citado pela Bloomberg. "Por outro lado, os ataques poderão pesar sobre a confiança dos consumidores e empresários nos próximos meses, o que pesará também sobre o crescimento e, consequentemente, sobre o consumo de petróleo".

A produção de petróleo da Síria foi inferior a 25 mil barris por dia, em Maio, depois de ter atingido uma média de 400 mil barris por dia entre 2008 e 2010, segundo estimativas da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos.

 

  

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