O petróleo está a perder terreno pela quarta sessão consecutiva, reagindo aos dados económicos desfavoráveis divulgados nos Estados Unidos.

Em Londres, o Brent desvaloriza 1,35% para 104,90 dólares, quebrando em baixa a barreira dos 105 dólares por barril pela primeira veza desde 1 de Agosto de 2012. Em Nova Iorque o crude WTI cede 0,9% para 92,42 dólares, um mínimo desde 21 de Março. No acumulado da semana as cotações recuam cerca de 5%, a queda mais acentuada em seis meses.

A matéria-prima acelerou a tendência negativa depois do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos ter revelado os dados do emprego referentes a Março, já que sinalizam um abrandamento da economia, o que faz antever também uma retracção do consumo.

A taxa de desemprego nos EUA recuou para 7,6%, em Março, quando os economistas estimavam que permanecesse nos 7,7%. Este é mesmo o nível mais baixo desde Dezembro de 2008.

Contudo, as empresas e o Estado contrataram a um ritmo inferior ao esperado. O número de trabalhadores cresceu em 88 mil, em Março, quando os economistas consultados pela Bloomberg estimavam um acréscimo de 190 mil.

Os últimos dados do Departamento de Energia dos Estados Unidos apontam para que os “stocks” de crude tenham atingido máximos de 22 anos na última semana de Março, o que contribui para o aumento dos receios com uma quebra do consumo de combustíveis na maior economia do mundo.