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Petróleo recua mais de 2% com aproximar do fim das negociações sobre programa nuclear do Irão

A cotação do petróleo está a acentuar a queda face ao registado ao início da manhã, numa altura em que as negociações em torno do programa nuclear do Irão estão a terminar.

Reuters
31 de Março de 2015 às 12:40
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Os preços do petróleo nos mercados internacionais estão a aprofundar a queda registada no início da manhã. Por esta altura, o West Texas Intermediate desce 2,28% para 47,57 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, recua 2,36% para 54,96 dólares por barril.

 

Esta evolução tem lugar numa altura em que as negociações entre o Irão e o P5+1 (Alemanha, Reino Unido, França, Estados Unidos, China e Rússia) estão prestes a terminar. A data limite é esta terça-feira, 31 de Março. De acordo com a edição online do El País, o ministro russo dos Negócios Estrangeiro, Serguéi Lavrov, numa conferência de imprensa na capital russa, acredita que "as opções [de alcançarem um acordo nuclear com o Irão] são altas".

 

"A probabilidade não é de 100% mas nunca se pode estar seguro a 100% de nada. As probabilidades são bastante viáveis se nenhuma das partes elevar as suas apostas no último minuto", acrescentou. Esta terça-feira, os chefes da diplomacia do Irão, Alemanha, Reino Unido, França, Estados Unidos, China e Rússia voltam a encontrar-se e têm até às 24 horas para alcançarem um acordo preliminar. Neste acordo, as economias ocidentais tentam que Teerão aceite limites ao seu programa nuclear que assegurem que não vão desenvolver uma bomba nuclear. Em troca, o Ocidente aceita retirar sanções que foram impostas ao Irão.

 

Esse levantamento de sanções pode fazer com que o Irão aumente as suas exportações de petróleo, o que pode ser em um milhão de barris por dia de acordo com o ministro iraniano do petróleo, citado pela Bloomberg. A verificar-se, isto vai assim agravar o excedente de oferta de "ouro negro" a nível mundial. Ainda de acordo com esta agência, as autoridades iranianas estimam que existam armazenados um máximo de 35 milhões de barris de petróleo.

 

"A situação do Irão é negativa para o petróleo como qualquer acordo vai [exercer] pressão descendente", afirma à Bloomberg Michael Hewson, da londrina CMC Markets. "Há todo aquele petróleo iraniano à espera para entrar no mercado. É do interesse de todos chegar a um acordo e trazer o Irão volta para o barco", acrescentou.

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