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Petróleo sobe 2% após ataque a petroleiro iraniano

Um petroleiro iraniano foi alvo de um ataque com mísseis no Mar Vermelho, o que levou as cotações da matéria-prima a subirem mais de 2% nos mercados internacionais. A responsabilidade do ataque está a ser atribuída à Arábia Saudita.

EPA
11 de Outubro de 2019 às 11:14
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O petróleo está em alta nos mercados internacionais esta sexta-feira, 11 de outubro, depois de o Irão ter comunicado um ataque a um dos seus petroleiros no Mar Vermelho, próximo da costa da Arábia Saudita.

Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI), sobe 1,74% para 54,48 dólares, enquanto em Londres, o Brent avança 1,68% para 60,09 dólares. Nos dois mercados, a subida das cotações chegou a superar os 2%.

A National Iranian Oil Company, a petrolífera estatal iraniana informou que o navio foi atingido por duas explosões às 5:00 e 5:20, horas locais, numa altura em que a embarcação se encontrava a cerca de 60 milhas do porto de Jeddah, na Arábia Saudita.

A agência de notícias estatal iraniana, a IRNA, avançou que se trata do petroleiro Sabiti, com capacidade para transportar cerca de um milhão de barris de crude, e que a tripulação não foi atingida, tendo atuado para estabilizar o navio.
 

"De acordo com o Departamento de Relações Públicas e Relações Internacionais da National Iranian Oil Company, o petroleiro chamado Sabiti, pertencente à empresa, sofreu danos quando foi atingido por mísseis a 60 milhas da cidade portuária saudita de Jeddah", avançou a IRNA num comunicado publicado no seu site, acrescentando que "a causa do incidente está atualmente sob investigação pelos especialistas".

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão confirmou mais tarde que o navio foi atingido duas vezes. "Os responsáveis pelo ataque são responsáveis pelas consequências dessa perigosa façanha, incluindo a perigosa poluição ambiental causada", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Abbas Mousavi, citado pela Reuters.

À iraniana Press TV, Saheb Sadeghi, porta-voz da petrolífera estatal disse que os mísseis terão sido provavelmente lançados pela Arábia Saudita.

Este incidente acontece poucas semanas depois de as instalações da Saudi Aramco, na Arábia Saudita, terem sido alvo de um ataque com drones, que afetou fortemente a sua produção, e que foi atribuído pelo reino ao Irão.

Na sequência desse ataque, em meados de setembro, o petróleo disparou para máximos de maio, não só devido às tensões regionais como ao risco de fortes perturbações na oferta.

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