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Petróleo desce 1,5% para mínimos desde o acordo da OPEP

A matéria-prima está a ser penalizada pelos receios em torno da implementação do acordo da OPEP, numa altura em que países como a Líbia e a Nigéria estão a aumentar a sua produção.

Bloomberg
02 de Novembro de 2016 às 11:07
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O petróleo está em terreno negativo esta quarta-feira, 2 de Novembro, pela quarta sessão consecutiva, para negociar no valor mais baixo desde 28 de Setembro, dia em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) chegaram a um acordo para reduzir a produção.

O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 1,54% para 45,95 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, recua 1,47% para 47,43 dólares.

Os receios em torno do excesso de oferta a nível global voltam a pressionar os preços da matéria-prima, depois das subidas registadas na sequência do acordo entre os maiores produtores mundiais, que levou o mercado a acreditar que este entendimento conduziria a uma estabilização dos preços.

No entanto, a implementação deste acordo enfrenta grandes desafios, nomeadamente por parte da Líbia e Nigéria, que estão a aumentar a sua oferta depois de a produção ter sido afectada por conflitos internos este ano.

Segundo a Bloomberg, a produção da Líbia aumentou para cerca de 466 mil barris por dia, em Outubro, o nível mais elevado desde Novembro de 2014. Este valor compara com a média de 233 mil, em Setembro, e apenas 185 mil em Maio.

Já a Nigéria aumentou a sua produção para 2,1 milhões de barris por dia, segundo avançou esta terça-feira Emmanuel Kachikwu, ministro do petróleo do país.

Devido aos conflitos internos, ambos os países esperam ficar isentos da redução acordada entre os membros da OPEP. No entanto, quanto mais a Líbia e a Nigéria produzirem, mais cortes terão de fazer outros membros do cartel.   

No próximo dia 30 de Novembro, a OPEP reúne-se em Viena para discutir propostas concretas sobre a redução da produção. 

Por outro lado, foram revelados dados da indústria petrolífera que apontam para um aumento dos stocks na semana passada. Esta quarta-feira serão conhecidos os dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos que, segundo as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg, também deverão indicar um aumento das reservas. 
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