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Petróleo a caminho da quarta semana de ganhos. "Driving season" e menor oferta dão impulso

O crude está a transacionar em máximos de finais de abril, tanto em Londres como em Nova Iorque, impulsionado pela expectativa de um verão forte em matéria de procura por combustível nos EUA – na chamada ‘driving season’ – e pela perspetiva de uma menor oferta.

Reuters
05 de Julho de 2024 às 16:56
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As cotações do "ouro negro" seguem em alta nos principais mercados internacionais, a caminho da quarta semana consecutiva de subidas.

  

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,39% para 84,21 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,31% para 87,70 dólares.

 

Ambos os crudes estão a transacionar em máximos de finais de abril, impulsionados pela expectativa de um verão forte em matéria de procura por combustível nos EUA – na chamada ‘driving season’ – e pela perspetiva de uma menor oferta.

 

"Aqueles que tinham esperança que a ‘driving season’ acabasse por dar força aos preços tiveram uma boa antecipação e parece que o caminho está melhor para quem aposta numa subida das cotações durante o terceiro trimestre", comentou à Reuters o analista petrolífero John Evans, da PVM.

 

Por outro lado, os stocks de crude nos EUA caíram mais do que o esperado na semana passada, o que também tem estado a sustentar as cotações. O Departamento norte-americano da Energia divulgou uma queda de 12,2 milhões de barris nos inventários, quando os analistas inquiridos pela Reuters apontavam para uma diminuição de apenas 680.000 barris.

 

Além disso, os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos Estados Unidos aumentaram na semana passada, bem como a taxa de desemprego em junho, o que leva os analistas a ficarem mais convictos de que a Reserva Federal norte-americana se decida mais depressa pelo arranque de um ciclo de corte dos juros diretores, o que sustenta os mercados petrolíferos – também pela via da depreciação do dólar.

 

Do lado da oferta, a Reuters reportou ontem que os produtores petrolíferos russos Rosneft e Lukoil procederão a fortes cortes das suas exportações a partir do porto de Novorossiisk, no Mar Negro, já neste mês de julho. "Este é um sinal positivo para as previsões de um défice da oferta face à procura no tereiro trimestre", comentou à agência a analista Ashley Kelty, da Panmure Liberum.

 

Há ainda na equação a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que em junho registou uma queda das exportações para mínimos de três anos e meio. "As exportações de crude da OPEP caíram 18,1 milhões de barris por dia em junho, o que correspondeu a menos 1,6 milhões de barris diários no mercado face a maio. Isto com base nas estimativas da empresa de rastreamento de petroleiros Petro-Logistics", sublinhou Giovanni Staunovo, analista de matérias-primas do UBS, numa análise a que o Negócios teve acesso. Esre volume de exportações "foi o mais baixo desde junho de 2021", referiu o estratega do banco suíço.

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