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OPEP sinaliza extensão dos cortes até ao final de 2018. Brent sobe 1,5%

O cartel, reunido em Viena, deverá acordar um prolongamento dos cortes na produção de petróleo de nove meses - até ao final de 2018 - o que está a animar os preços da matéria-prima nos mercados internacionais.

Reuters
30 de Novembro de 2017 às 11:02
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e seus aliados prepararam-se para acordar uma extensão dos cortes na produção de nove meses - até ao final do próximo ano - na reunião que decorre em Viena, esta quinta-feira, 30 de Novembro.

 

Antes do encontro, o ministro da Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih (na foto), confirmou pretender um prolongamento do actual acordo até ao final de 2018, admitindo, porém, que este poderia ser revisto na reunião de Junho, onde seriam avaliados os progressos.  

 

"Quando estivermos para sair do acordo, vamos fazê-lo de forma muito gradual…para garantir que não provocamos um choque no mercado", afirmou o ministro do maior produtor de petróleo do cartel, citado pela Reuters.

 

Os ministros do Iraque, Irão e Angola também admitiram que seria possível rever o acordo em Junho, e eventualmente alterá-lo para responder à evolução do mercado.  

 

"Os principais parâmetros que poderiam justificar uma revisão são mudanças no mercado e mudanças nos preços", disse o ministro iraquiano do Petróleo, Jabar al-Luaibi.

 

O acordo em vigor, alcançado no final do ano passado, prevê uma redução na produção de petróleo de 1,8 milhões de barris por dia. Com a duração inicial de seis meses, o acordo já foi prolongado até Março de 2018, devendo agora ser estendido por mais nove meses.

 

O compromisso de reduzir a oferta desta matéria-prima para reequilibrar o mercado juntou os membros da OPEP a mais 11 países, incluindo a Rússia. Depois do encontro do cartel, esta manhã, os membros da OPEP juntar-se-ão aos seus aliados no acordo numa reunião com início marcado para as 13 horas de Lisboa.

 

Apesar de Moscovo concordar com o prolongamento dos cortes, tem mostrado preocupações com a manutenção dos preços do petróleo acima dos 60 dólares, que poderá beneficiar a produção nos Estados Unidos, um país que não participa no acordo.  

 

Além disso, a Rússia quer definir uma estratégia de saída do acordo, para dar algum tipo de orientação às empresas públicas e privadas do sector da energia.

 

"É importante definir a estratégia que será seguida depois de Abril de 2018", afirmou o ministro russo da Energia, Alexander Novak.

 

A crescente expectativa de que a reunião de hoje terminará com o anúncio de uma extensão dos cortes está a impulsionar os preços do petróleo nos mercados internacionais. Em Londres, o Brent avança 1,5% para 64,06 dólares enquanto em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI), valoriza 0,98% para 57,86 dólares. 

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