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EUA planeiam programa de financiamento federal para petrolíferas

Muitas petrolíferas estão em apuros, sem conseguirem operar com margens viáveis, devido à forte queda dos preços do "ouro negro".

Reuters
23 de Abril de 2020 às 23:58
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O secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin (na foto), disse estar a ponderar a criação de um programa governamental de financiamento para as petrolíferas do país que estão em busca de ajuda federal numa altura em que se debatem com uma derrocada nos preços da matéria-prima.

 

"Uma das componentes que estamos a ponderar é a de providenciar uma linha de crédito à indústria petrolífera", disse Mnuchin numa entrevista à Bloomberg News esta quinta-feira. "Estamos a analisar imensas opções diferentes e ainda não chegámos a uma conclusão", acrescentou.

 

O Departamento norte-americano do Tesouro precisará da permissão do Congresso para conceder financiamento diretamente a partir do pacote de estímulos de combate à covid-19, no valor de 2,2 biliões de dólares, aprovado no mês passado.

 

Deste pacote, já foi dada luz verde para a atribuição de verbas às companhias aéreas e às pequenas empresas e hospitais, entre outros segmentos.

 

Mnuchin não especificou se o programa de financiamento seria da tutela do Tesouro ou da Reserva Federal – que criou inúmeras linhas de crédito para empresas que estão a ser afetadas pela contração da atividade económica decorrente do confinamento por força

da pandemia de covid-19.

 

Os baixos preços do petróleo têm castigado as empresas de produção e refinação em bolsa – ao contrário das donas de superpetroleiros, agora bastante procuradas para armazenamento de barris no mar – e estima-se que centenas de petrolíferas norte-americanas poderão entrar em insolvência, uma vez que os baixos preços não lhes permitem operar com margens minimamente rentáveis. No "shale oil" – petróleo extraído das rochas de xisto betuminoso norte-americano – já começa a observar esse fenómeno.

 

E hoje já começou a ser visível o cenário de corte de dividendos por parte das petrolíferas. A Equinor (ex-Statoil), gigante norueguesa do setor, anunciou que vai cortar em 67% a sua remuneração acionista.

(notícia atualizada às 00:18 de sexta-feira)

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