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Estónia, Lituânia e Polónia pedem à UE redução do tecto sobre o petróleo russo

Os três países de Leste, que advogaram desde o início do ano um limite à importação de crude proveniente da Rússia abaixo dos 60 dólares definidos pela UE, querem agora descer esse valor para os 51,45 dólares.

De forma inédita, a UE está a emitir dívida conjunta para financiar a recuperação económica da região.
Ronald Wittek/Reuters
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Um grupo de três países da União Europeia - Estónia, Lituânia e Polónia - está a pedir que o bloco baixe o limite ao preço máximo a que o petróleo russo pode ser comprado, numa tentativa de diminuir ainda mais o financiamento da máquina de guerra de Moscovo.

O tecto ao preço do crude importado da Rússia está atualmente nos 60 dólares, valor que tinha sido definido em dezembro. A proposta dos três Estados de Leste é que o valor seja reduzido para os 51,45 dólares, o que colocará o tecto 5% abaixo do mercado, de acordo com fontes conhecedoras do assunto, citadas pela Bloomberg.

Os 27 Estados-membros da União Europeia devem retomar as discussões na quarta-feira, com vista a uma redução do limite dos preços a que se compra o crude russo. Estes três países têm desde o início das discussões pedido uma abordagem mais robusta às sanções aplicadas ao Kremlin. Nas anteriores discussões, os pedidos de maior aperto tinham passado despercebidos devido à vontade dos Estados Unidos de permitirem que o crude proveniente da Rússia continuasse a fluir no mercado.

Para as mudanças ocorrerem é necessário apoio unânime dos países da UE. Apesar de ser sido acordado que o limite nos preços do petróleo russo iria ser revisto a cada dois meses, a anterior "revisão" em janeiro não viu qualquer mudança a acontecer, mantendo-se o "cap" nos 60 dólares.

O atual tecto em vigor tem como objetivo manter os fluxos de petróleo da Rússia, embora mais reduzidos, e ao mesmo tempo diminuir o rendimento com este "ouro negro". Em janeiro, Moscovo registou receitas de 13 mil milhões de dólares com o petróleo. Caso estivesse em vigor o valor desejado pela Estónia, Lituânia e Polónia, esse valor seria reduzido por 650 milhões de dólares.

Face a estas notícias, o contrato de abril do West Texas Intermediate, petróleo de referência para os Estados Unidos, desce 1,62% para 73,59 dólares por barril, ao passo que o contrato de maio do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, perde 1,49% para 79,57 dólares por barril.
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