O barril de petróleo na casa dos 50 dólares agrada à Arábia Saudita, um dos maiores produtores e petróleo do mundo. O novo ministro da Energia, Indústria e Minério saudita, Khalid Al-Falih, defende que a cotação do barril neste valor não vai permitir aos produtores de petróleo de xisto, e outros que têm custos elevados de exploração, elevem a produção da matéria-prima para níveis que prejudiquem a recuperação do mercado.

Al-Falih (na foto) apontou ainda, de acordo com a Bloomberg, que os preços têm de estar nestes valores para que haja um aumento do fornecimento do mercado depois da queda registada pela cotação do "ouro negro", nos últimos dois anos. A queda da cotação do petróleo foi em grande parte determinada pelo excesso de oferta existente no mercado.

"Converso com muitos executivos do sector e membros de conselhos de administração, não creio que vamos assistir a uma corrida aos investimentos nos 50 dólares", disse o responsável saudita aos jornalistas após ter participado no encontro da Organização dos Países Exportações de Petróleo, que terminou sem um entendimento para limitar a produção de petróleo entre os membros do cartel.

Apesar de acreditar que esta cotação não prejudica a recuperação do mercado, Khalid Al-Falih confessou que não sabe qual o valor ao certo que vai permitir que a oferta existente desça rapidamente. "Não sei qual é esse nível", admitiu. "Acho que o nível vai ser acima dos 50 dólares. Acho que testamos dos 100 aos 110 dólares e descobrimos que estava a trazer muita oferta. Adivinho que estará algures no meio" destes dois valores, acrescentou.

Por esta altura, o West Texas Intermediate soma 0,06% para 49,20 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, aprecia 0,14% para 50,11 dólares por barril.