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AIE aponta para aperto na oferta de petróleo ao longo de 2024

A agência sediada em Paris emendou as suas previsões iniciais que apontavam para um excedente de petróleo em 2024. Agora, já assume que possa haver défice, fruto de restrições na oferta.

Desde o início deste ano, o preço do petróleo tem estado a recuperar. Será um momento de viragem?
Jessica Lutz/Reuters
Marta Velho martavelho@negocios.pt 14 de Março de 2024 às 10:17
A Agência Internacional de Energia (AIE) voltou atrás nas suas previsões iniciais em relação ao petróleo e, num relatório divulgado esta quinta-feira, aponta para constrangimentos na oferta ao longo de todo o ano de 2024.

Inicialmente, o organismo sediado em Paris estimava um excedente deste ativo, contudo depois de a OPEP+ (países produtores de petróleo e os seus aliados) ter anunciado cortes na produção, a AIE inverteu as estimativas.

O cartel do ouro negro concordou no início deste mês em prolongar as restrições na produção em cerca de 2 milhões de barris diários  até meados do ano. A AIE assume que a medida vai manter-se até ao final de 2024, refletindo os "esforços do bloco para equilibrar os mercados petrolíferos", afirmou no relatório.

"As alterações nos pressupostos alteram o nosso equilíbrio implícito para um ligeiro défice, em vez do forte aumento [que tínhamos referido] no relatório do mês passado", afirmou a agência.

Do lado da procura, a AIE antevê também um ligeiro crescimento, provocado pela maior necessidade de combustível para os navios que vão precisar de contornar a rota do Mar Vermelho devido ao conflito com os houthis.

Por outro lado, a agência mantém as estimativas na redução do consumo, provocada sobretudo pelas perspetivas de desaceleração na economia da China, o maior comprador de petróleo do mundo. Essa redução era o fator principal para, no relatório anterior, a agência acreditar na possibilidade de um excedente deste ativo.
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