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Abate de avião russo leva petróleo a subir 1,5%
A matéria-prima está a negociar em alta nos mercados internacionais, depois do abate do avião russo na Turquia ter aumentado os receios de uma escalada do conflito na região. O Brent avança pela quinta sessão consecutiva.
O petróleo está a negociar em alta nos mercados internacionais esta terça-feira, 24 de Novembro, pela segunda sessão em Nova Iorque e pela quinta consecutiva em Londres. As subidas acentuaram-se depois de ter sido noticiado que a Turquia abateu um avião russo junto à fronteira com a Síria, devido aos receios de uma escalada da tensão naquela região.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,56% para 42,40 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, avança 1,65% para 45,57 dólares.
Esta manhã, a Presidência turca disse à agência noticiosa francesa AFP que "um avião Su-24 russo foi abatido (...) porque violou o espaço aéreo turco, apesar dos avisos". O Ministério da Defesa russo defende, porém, que o avião de combate Su-24, das Forças Armadas russas, "encontrava-se exclusivamente em espaço aéreo sírio", o qual nunca deixou.
Apesar de ter intensificado as subidas depois do abate do avião, a matéria-prima já negociava em terreno positivo, impulsionada pelas declarações da Arábia Saudita, que se mostrou ontem disponível para cooperar com outros países no sentido de estabilizar os preços do ouro negro.
A Arábia Saudita esforça-se para "cooperar com os produtores e exportadores de petróleo, dentro e fora da OPEP, para preservar a estabilidade do mercado e dos preços", afirmou o Governo, citado pela agência de notícias estatal, esta segunda-feira, 23 de Novembro.
Esta terça-feira, os efeitos do abate do avião russo pela Turquia não se resumem, contudo, ao aumento dos preços do petróleo. Os principais índices europeus intensificaram as descidas, a bolsa russa interrompeu uma série de seis sessões de ganhos para descer mais de 2%, e a bolsa de Istambul recua mais de 1%. Além disso, as moedas dois países – lira turca e rublo - estão em queda, enquanto os juros da dívida disparam.