Notícia
Reino Unido, EUA, Canadá e Japão proíbem importações de ouro russo
A Rússia é um importante país produtor de ouro, com exportações no valor de quase 15.000 milhões de euros em 2021, de acordo com Downing Street.
26 de Junho de 2022 às 10:23
Reino Unido, Estados Unidos da América (EUA), Canadá e Japão vão proibir as importações de ouro russo, em novas sanções impostas em resposta à invasão da Ucrânia, anunciou este domingo Downing Street, no primeiro dia de uma cimeira do G7.
"Estas medidas atingirão diretamente os oligarcas russos e irão até ao coração da máquina de guerra de Putin", disse, citado num comunicado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que durante três dias vai encontrar-se com os líderes das grandes potências industrializadas na Alemanha.
"Putin está a desperdiçar os seus escassos recursos nesta guerra inútil e bárbara. Está a alimentar o seu ego à custa dos povos ucraniano e russo", acrescentou, sublinhando a necessidade de "secar o financiamento do regime" do Presidente russo.
Entretanto, o Presidente dos EUA, Joe Biden, adiantou também hoje que o G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) vai anunciar a proibição da importação de ouro da Rússia para sancionar a invasão da Ucrânia.
"Em conjunto com o G7 anunciaremos que proibimos a importação de ouro russo, uma importação de relevo que gera dezenas de milhares de dólares à Rússia", disse Biden no Twitter.
O Presidente dos EUA acrescentou na rede social que "os Estados Unidos impuseram custos sem precedentes contra [o Presidente russo Vladimir] Putin para lhe retirar as receitas de que necessita para financiar a sua guerra contra a Ucrânia".
A Rússia é um importante país produtor de ouro, com exportações no valor de quase 15.000 milhões de euros em 2021, de acordo com Downing Street.
Banir o ouro dos mercados londrinos, um importante centro financeiro para o comércio de mercadorias, terá, portanto, "um enorme impacto na capacidade de Putin de angariar dinheiro", insistiu o Governo britânico.
A medida afetará particularmente as elites russas que possam ter comprado ouro "numa tentativa de contornar as sanções ocidentais", acrescentou.
Contudo, a proibição só se aplica ao ouro recentemente extraído na Rússia e não ao ouro adquirido antes de o embargo ter sido posto em prática.
O Reino Unido impôs algumas das sanções mais duras entre os países ocidentais contra a Rússia desde que a invasão da Ucrânia começou, há quatro meses, visando o setor financeiro, o mercado do petróleo e dezenas de oligarcas, o que abrange um total de mais de 100 entidades e 1.000 pessoas.
Os líderes do G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) estão reunidos no sul da Alemanha a partir de hoje para uma cimeira de três dias, à qual se seguirá uma reunião dos países da NATO (Organização do Tratado Atlântico Norte) em Madrid.
As delegações dos três parceiros da União Europeia presentes em Elmau -- Alemanha, França e Itália - já estão a discutir o possível alargamento das sanções em relação ao ouro, embora não tenham sido tomadas quaisquer decisões até à data, segundo fontes alemãs citadas pela Efe.
O objetivo do chanceler alemão, Olaf Scholz, escreve a agência espanhola, é "procurar o consenso", em vez de assumir um papel de liderança, tanto no âmbito do G7 como nas reuniões a que se juntarão na segunda-feira os líderes dos cinco países convidados para a cimeira - Índia, Indonésia, África do Sul, Senegal e Argentina, este último representando toda a América Latina e as Caraíbas.
"Estas medidas atingirão diretamente os oligarcas russos e irão até ao coração da máquina de guerra de Putin", disse, citado num comunicado, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que durante três dias vai encontrar-se com os líderes das grandes potências industrializadas na Alemanha.
Entretanto, o Presidente dos EUA, Joe Biden, adiantou também hoje que o G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) vai anunciar a proibição da importação de ouro da Rússia para sancionar a invasão da Ucrânia.
"Em conjunto com o G7 anunciaremos que proibimos a importação de ouro russo, uma importação de relevo que gera dezenas de milhares de dólares à Rússia", disse Biden no Twitter.
O Presidente dos EUA acrescentou na rede social que "os Estados Unidos impuseram custos sem precedentes contra [o Presidente russo Vladimir] Putin para lhe retirar as receitas de que necessita para financiar a sua guerra contra a Ucrânia".
A Rússia é um importante país produtor de ouro, com exportações no valor de quase 15.000 milhões de euros em 2021, de acordo com Downing Street.
Banir o ouro dos mercados londrinos, um importante centro financeiro para o comércio de mercadorias, terá, portanto, "um enorme impacto na capacidade de Putin de angariar dinheiro", insistiu o Governo britânico.
A medida afetará particularmente as elites russas que possam ter comprado ouro "numa tentativa de contornar as sanções ocidentais", acrescentou.
Contudo, a proibição só se aplica ao ouro recentemente extraído na Rússia e não ao ouro adquirido antes de o embargo ter sido posto em prática.
O Reino Unido impôs algumas das sanções mais duras entre os países ocidentais contra a Rússia desde que a invasão da Ucrânia começou, há quatro meses, visando o setor financeiro, o mercado do petróleo e dezenas de oligarcas, o que abrange um total de mais de 100 entidades e 1.000 pessoas.
Os líderes do G7 (França, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) estão reunidos no sul da Alemanha a partir de hoje para uma cimeira de três dias, à qual se seguirá uma reunião dos países da NATO (Organização do Tratado Atlântico Norte) em Madrid.
As delegações dos três parceiros da União Europeia presentes em Elmau -- Alemanha, França e Itália - já estão a discutir o possível alargamento das sanções em relação ao ouro, embora não tenham sido tomadas quaisquer decisões até à data, segundo fontes alemãs citadas pela Efe.
O objetivo do chanceler alemão, Olaf Scholz, escreve a agência espanhola, é "procurar o consenso", em vez de assumir um papel de liderança, tanto no âmbito do G7 como nas reuniões a que se juntarão na segunda-feira os líderes dos cinco países convidados para a cimeira - Índia, Indonésia, África do Sul, Senegal e Argentina, este último representando toda a América Latina e as Caraíbas.