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Queda da produção industrial na China pressiona matérias-primas
A contracção da produção industrial chinesa está a penalizar as negociações no mercado das matérias-primas. O cobre, prata e paládio são as “commodities” mais penalizadas.
Tal como as bolsas europeias e asiáticas, o mercado das matérias-primas segue, maioritariamente, a negociar em terreno negativo, pressionado pela primeira contracção da produção industrial da China nos últimos sete meses.
A liderar a lista das “commodities” em queda está o cobre, que cede 2,31% para 7.228,75 dólares por tonelada. Segue-se o paládio, que cai 2,01% para 736,53 dólares por onça. Também a cair está a prata, que desvaloriza 0,95%, assim como a platina, que cede 0,54% para 1. 460,78 dólares por onça.
Um relatório preliminar do HSBC e da Markit Economis revela que a produção industrial na chinesa tem estado a contrair ao longo do mês. O documento aponta que o índice que mede a produção naquele país se deverá situar nos 49,6 pontos em Maio, menos do que os 50,4 pontos em Abril e do que as estimativas dos economistas, que também apontavam para uma média de 50,4 pontos para este mês. Uma leitura abaixo de 50 pontos indica que a produção industrial está em contracção.
“Os dados da China abaixo das expectativas estão a levar a uma forte descida na maioria dos mercados das matérias-primas”, afirma Mark Keenan, director de “commodities” no Société Générale, à Bloomberg.
Também o discurso de Bernanke no Congresso norte-americano está a influenciar os mercados esta quinta-feira. O presidente da Fed assinalou que há a possibilidade de reduzir os estímulos económicos nos próximos tempos. Contudo, indicou que uma retirada prematura do programa de estímulos poderia pôr em risco a recuperação económica dos Estados Unidos.
Contrariamente, o ouro negoceia em terreno positivo,já que os investidores procuram esta matéria-prima como activo de refúgio. O metal precioso avança 1,21% para os 1.386,87 dólares a onça, quebrando um ciclo de duas descidas consecutivas.