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Petróleo continua escalada depois de acordo para corte de produção

Os preços do petróleo continuam esta quinta-feira, 1 de Dezembro, a escalada iniciada na sessão de quarta-feira, depois do acordo da OPEP para reduzir produção.

Bloomberg
01 de Dezembro de 2016 às 12:49
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Em Londres o Brent, que serve de referência para as importações nacionais, bateu máximos de sete semanas. No decurso da sessão deste 1 de Dezembro já chegou aos 52,73 dólares por barril e mantém-se a negociar acima dos 52 dólares. Está a subir quase 1,5%, depois de ter escalado 8,8% na sessão de quarta-feira.

Em Nova Iorque, a tendência é idêntica. O West Texas Intermediate está a subir mais de 1%, estando a transaccionar acima dos 50 dólares, o que não acontecia desde meados de Outubro.


Os preços estão a subir depois dos membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) terem chegado a acordo para cortar a produção, o que não acontecia desde 2008, o que já levou os analistas, citados pela Bloomberg, a considerar que a OPEP ressuscitou. O acordo foi alcançado depois dos preços terem caído cerca de metade do seu valor em dois anos.

Com o acordo, já subiram cerca de 10%. O cartel aceitou cortar a produção em 1,2 milhões de barris por dia a partir de Janeiro de 2017. A OPEP que pesa um terço da produção mundial é responsável pela produção de 33,8 milhões de barris por dia, que cairá para 32,5 milhões.

A fatia de leão será cortada pela Arábia Saudita, que reduzirá 486 mil barris por dia. Os aliados Emirados Árabes Unidos, Kuweit e Qatar cortarão 300 mil e o Iraque, que insistia numa excepção para produzir mais devido ao cenário de guerra, aceitou um corte de 200 mil barris. O acordo tem ainda a promessa de redução em 4,5% de outros membros, como a Argélia (-50 mil barris), Angola (-80 mil), Equador (-26 mil) e Venezuela (-98 mil).

O corte da OPEP deverá reduzir cerca de 1% da produção global.


O Irão, por seu turno, foi autorizado a subir ligeiramente a produção, face aos níveis de Outubro, o que se traduziu numa vitória de Teerão que reclamava precisamente a possibilidade de aumentar os débitos sob o argumento de que está numa fase de reconquista de mercados depois do fim das sanções que aconteceu em Janeiro.

Além da redução na produção destes membros, houve ainda um acordo com a Rússia, que não é membro da OPEP, para também este país reduzir a produção. Algo que não acontecia há 15 anos.

Alexander Novak, ministro da Energia da Rússia, já assumiu esse corte, no primeiro semestre de 2017, dizendo que a Rússia irá reduzir em até 300 mil barris por dia.  A produção russa atingiu um novo recorde no pós-União Soviética em Outubro, com um crescimento de 1% face a Setembro, atingindo os 11,2 milhões de barris/dia.

Novak, citado pela Reuters, instou países produtores mas que estão fora do bloco da OPEP a juntarem-se aos esforços de redução, nomeadamente países como o Azerbaijão, Cazaquistão, México, Omã, Bahrain. Dos outros países não-OPEP é esperado um corte de 300 mil barris por dia, adicionais à redução russa.

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