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Ouro pela primeira vez acima dos 2.500 dólares

O metal amarelo chegou aos 2.500,16 dólares por onça esta sexta-feira. A crescente expectativa de um corte de juros pela Reserva Federal em setembro está a dar força ao metal.

O metal amarelo foi o único, entre os preciosos, que ganhou terreno. E com retorno de dois dígitos.
Ilya Naymushin/Reuters
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O ouro alcançou esta sexta-feira novos máximos históricos, com a valorização de quase 2% a ser fomentada por expectativas de que a Reserva Federal está cada vez mais perto de cortar juros, com uma crescente expectativa de que tal possa acontecer já na reunião de setembro.

O metal amarelo chegou a pular 1,77% para 2.500,16 dólares por onça, ultrapassando o anterior recorde registado em julho nos 2.483,73 dólares. Segue agora a somar 1,23% para 2.486,96 dólares por onça.

Apesar de as perspetivas dos analistas ouvidos pela Reuters considerarem que o patamar psicológico do metal precioso, os 2.500 dólares por onça, seria mais difícil de quebrar, dado existir necessidade de um novo catalisador, tal acabou por acontecer ainda esta sexta-feira. O alemão Commerzbank, que foi mais otimista, elevou as suas previsões e espera que o metal termine o ano nos 2.500 dólares, devido a "sinais claros de cortes significativos" nas taxas de juro por parte da Fed.

A impulsionar o ouro está um alívio das "yields" da dívida norte-americana, com a maturidade a dez anos, de referência, a aliviar 2,3 pontos base para 3,89%. Também o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - recua 0,28% para 102,688 pontos.

Apesar das expectativas de um corte das taxas diretoras mais "agressivo", de 50 pontos base ou mais, terem abrandado, os investidores ainda perspetivam um corte de 25 pontos base. Uma flexibilização da política monetária seria positiva para o ouro, que não remunera juros.

Os últimos números dos pedidos de subsídio de desemprego e as vendas a retalho nos Estados Unidos restauraram a confiança dos investidores na economia norte-americana. Um cenário de recessão nos EUA foi justamente um dos fatores que levou as bolsas por todo o mundo a fortes quedas no início de agosto.

Na próxima semana o mercado vai centrar atenções nas atas da última reunião de política monetária da Fed, em julho, em que o Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) optou por manter as taxas diretoras inalteradas pelo décimo segundo encontro consecutivo. Também na mira estará a participação de Jerome Powell, presidente da Fed, no Simpósio Económico em Jackson Hole, uma pequena vila montanhosa no estado do Wyoming.

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