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Otimismo com corte de juros leva ouro a novos máximos históricos

O último recorde do ouro foi atingido em maio. Desde o arranque do ano, o metal precioso já valorizou mais de 19,5%.

Bancos centrais compraram bastante metal amarelo no ano passado.
Alexander Manzyuk/Reuters
16 de Julho de 2024 às 21:34
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Já nem a força do dólar consegue travar um "rally" do ouro. Os preços do metal amarelo atingiram um novo valor-recorde esta terça-feira e negociaram nos 2.469,66 dólares por onça, impulsionados pela esperança dos investidores num corte nas taxas de juro pela Reserva Federal (Fed) norte-americana ainda este ano - o que, até agora, parecia estar fora da mesa.

A economia dos Estados Unidos permanece robusta perante uma política monetária restritiva e juros diretores em valores máximos, o que faz o banco central crer que o cenário poderá continuar até que a inflação se aproxime da meta de 2%.

No entanto, na segunda-feira o presidente da Fed, Jerome Powell, deu sinais de maior abertura para um alívio nos juros diretores. Discursando num evento no Economic Club de Washington, Powell afirmou que as leituras da inflação ao longo de todo o segundo trimestre mostraram progressos e disse mesmo que "estamos num bom ponto".

Esta intervenção pública, que deverá ser a última de Powell antes da próxima reunião da Fed para decidir a política monetária, agendada para 30 e 31 de julho, veio animar os investidores que acreditam agora que a indicação anterior da Fed de que apenas deveria proceder a um corte de 25 pontos-base até final deste ano possa ser alterada e que o alívio seja mais acentuado.

Também uma possível vitória de Donald Trump e o regresso à Casa Branca têm dado alento ao ouro. Estes fatores fazem com que os investidores migrem as suas apostas para o ativo-refúgio, que não rende juros e, portanto, beneficia de descidas.

Os analistas ouvidos pela Reuters acreditam que a primeira descida de juros pela Reserva Federal possa acontecer em setembro. A Goldman Sachs adianta-se e considera mesmo que os decisores poderão cortar os juros já no final deste mês.

A maioria dos "traders" aponta agora para duas descidas de 25 pontos-base nos juros diretores dos Estados Unidos. No entanto, alguns veem mesmo uma probabilidade de 60% de que ocorra um terceiro corte até final do ano.

O último recorde do ouro foi atingido em maio. Desde o arranque do ano, o metal precioso já valorizou mais de 19,5%, apoiado por grandes compras pelos bancos centrais, sobretudo o chinês, e a procura por um porto seguro num cenário de maior tensão geopolítica.
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