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Goldman vê ouro nos 2.300 dólares nos próximos 12 meses
Os analistas do Goldman Sachs estimam que o preço do ouro possa atingir os 2.300 dólares por onça nos próximos 12 meses e que os da prata cheguem aos 30 dólares.
O Goldman Sachs reviu em alta as suas projeções para o preço do ouro e da prata, numa altura em que o metal amarelo está em novos máximos históricos – tendo hoje atingido a marca dos 2.000 dólares por onça no mercado de futuros – e em que a prata continua também a subir sucessivamente.
Numa nota de "research" citada pela MarketWatch, a equipa de analistas do Goldman, liderada por Jeffrey Currie, elevou de 2.000 para 2.300 dólares por onça a sua estimativa para a cotação do ouro nos próximos 12 meses.
Quanto à prata, reviu também em alta as suas previsões, que passaram de 22 para 30 dólares por onça. Na sessão de ontem, no mercado de futuros, este metal precioso chegou aos 25 dólares, máximos de 2013.
Impulsionada por uma potencial transição de foco da Reserva Federal norte-americana, da inflação [cuja meta a Fed situa nos 2%] para o aumento das tensões geopolíticas, a elevada incerteza política e social nos EUA e a crescente segunda vaga de infeções por covid-19, a escalada do ouro para novos máximos superou os ganhos nas taxas reais e noutras alternativas ao dólar, refere a nota de análise.
"Conjugando isto com um nível recorde de acumulação de dívida pelo governo norte-americano, começaram a surgir receios concretos em torno da longevidade do dólar enquanto moeda de reserva", sublinham os analistas do Goldman.
Já os analistas do Commerzbank advertem para o facto de os preços recorde do ouro irem pesar durante algum tempo na importante procura física, nomeadamente por parte da Ásia, com a China a reportar uma queda de 38% do seu consumo deste metal nos primeiros seis meses do ano. "Por isso, muita coisa dependerá de os investidores no Ocidente estarem ou não dispostos a comprar grandes quantidades de ouro, mesmo aos atuais preços", frisou o analista Carsten Fritsch.
Jeffrey Currie não parece estar tão preocupado com essa questão, já que "as moedas dos mercados emergentes estão a começar a sentor menos pressão" e "o crescimento está a começar a retomar nessa região". O analista do Goldman prevê que esses compradores estejam prontos a avançar quando os preços estabilizarem e os compradores dos mercados desenvolvidos perderem energia.