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Arábia Saudita e Rússia reduzem produção de petróleo até final do ano

Até dezembro, a Arábia Saudita vai cortar em mais um milhão de barris por dia a produção de crude. A Rússia vai reduzir em mais 300 mil barris por dia as exportações durante o mesmo período. O mercado não esperava tanto tempo de cortes.

O “ouro negro” teve um primeiro semestre negativo. A segunda metade do ano é ainda uma incógnita.
Alexander Manzyuk/Reuters
Fábio Carvalho da Silva fabiosilva@negocios.pt 05 de Setembro de 2023 às 15:09

A expectativa tornou-se realidade. Tanto a Rússia como a Arábia Saudita voltaram a cortar na exportação de petróleo, de forma unilateral (face à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, o chamado grupo OPEP+). O tempo redução ficou acima do que era esperado pelo mercado.

A Arábia Saudita vai prosseguir com o corte adicional de um milhão de barris de petróleo por dia até dezembro, além do volume que já reduz no âmbito da OPEP+, de acordo com o comunicado oficial publicado pelo reino. No total, de acordo com as contas da Bloomberg, significa que os sauditas vão produzir cerca de nove milhões de barris por dia, durante seis meses, renovando mínimos de vários anos.

Por sua vez, e conforme já tinha avisado, a Rússia decidiu cortar adicionalmente as exportações de crude em 300 mil barris por dia, também até ao final do ano, de acordo com o primeiro-ministro Alexander Novak, citado num comunicado emitido pelo Kremlin.

Após este anúncio, o West Texas Intermediate segue a valorizar 2,07% para 87,32 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte sobe 1,52% para 90,35 dólares por barril.

As medidas de Riade e Moscovo ficaram acima do esperado, já que os investidores esperavam apenas mais um mês de cortes extra (e não três), segundo a agência de informação.

O aumento da procura, a par dos cortes da oferta, tem impulsionado o mercado petrolífero, apesar das preocupações em torno do crescimento económico do maior importador de crude do mundo, a China.


No caso da Arábia Saudita, estes cortes adicionais (face aos que já foram anunciados pela OPEP+) tiveram um preço. A queda dos volumes das vendas de petróleo levaram o Fundo Monetário Internacional (FMI) a rever em baixo as projeções para o crescimento económico do reino.

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