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Simule antes de comprar

Nunca se sentiu perdido antes de tomar uma decisão de compra ou deu por si a pensar que o vizinho tem uma oferta de telecomunicações melhor que a sua? "On-line", é cada vez mais possível encontrar ferramentas para ponderar uma compra ou tornar mais...

21 de Janeiro de 2010 às 09:29
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Nunca se sentiu perdido antes de tomar uma decisão de compra ou deu por si a pensar que o vizinho tem uma oferta de telecomunicações melhor que a sua? "On-line", é cada vez mais possível encontrar ferramentas para ponderar uma compra ou tornar mais eficiente a utilização de um serviço.

Antes de comprar casa, de mudar de banco ou de operador de telecomunicações comparar preços e ofertas é sempre uma boa política e uma das regras básicas para quem quer fazer a melhor compra e assegurar alguma poupança. As ferramentas que o permitem são cada vez mais e uma boa parte delas têm acesso gratuito, na Internet. Conhecendo o caminho para lá chegar, que é como quem diz o endereço electrónico, basta gastar alguns minutos e, dependendo do caso, munir-se de algumas facturas, para estar ciente dos custos actuais inerentes a determinado serviço e perceber se existem no mercado ofertas mais vantajosas que aquela a que está associado neste momento ou que, à primeira vista, uma boa campanha de "marketing" possa fazer parecer a melhor solução para embarcar num novo serviço.

A Deco - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor é referência obrigatória para quem quer ponderar uma decisão de compra. Nas quase oito dezenas de ferramentas de simulação disponibilizadas na página de Internet da organização, boa parte estão relacionados com a poupança e são, aliás, as mais consultadas por quem já está sensibilizado para os benefícios que este tipo de ferramenta pode gerar.

O consumidor português é, como define Rita Rodrigues, responsável pelas relações institucionais na associação, preocupado em comparar preços quando o valor da compra é avultado, como quando está em causa a compra de uma casa, mas mantém a emotividade noutro tipo de compras como a do automóvel ou nos domínios onde as marcas lideres continuam a manter a capacidade de fidelizar clientes. Mesmo quando na comparação com outras ofertas aqueles produtos nem sempre se revelem a melhor opção.

As 65 mil visitas que o simulador da Deco para apoio à escolha do melhor banco para fazer o crédito à habitação recebeu desde que está disponível e até finais do ano passado mostram que o assunto é alvo de grande ponderação. Mas quem quer poupar, ou pelo menos ponderar pode ir mais longe e estender a análise a outros campos.

Ainda na mesma proveniência pode ser interessante explorar o Kit SOS Crise que a associação colocou "on-line". Aos textos sobre formas de enfrentar a crise com o cinto ajustado à medida de cada agregado familiar, juntam-se vários simuladores. O consumidor pode por esta via, por exemplo, perceber se o agregado familiar suporta novos créditos ou corre risco de sobreendividamento, ponderando para isso despesas que vão para além dos empréstimos já existes.

Outra área fortemente visada pelas ferramentas de simulação, para além dos serviços da banca e os seguros, é a das comunicações móveis. Mesmo para quem não pretenda mudar de operador móvel pode ser vantajoso passar pela página de Internet do fornecedor e certificar-se que o seu plano tarifário é o mais adequado ao respectivo perfil. Para quem pretende uma análise mais profunda pode recorrer a diversas ferramentas nacionais. Para o "roaming" a Comissão Europeia também entrou em jogo e na sua página de Internet oferece informação.

Mas porque as poupanças não são geradas apenas quando se faz uma nova compra ou se muda de fornecedor de serviço, também é importante estar atento às ferramentas que permitem gerir melhor os consumos de bens e serviços indispensáveis, como a luz, a água ou a eficiência energética na casa como um todo, tema alvo de uma ferramenta de simulação lançada pela Agência da Energia, a Adene, e facilmente localizável na sua página de Internet.

Conhecer os consumos pode nestes casos ser sobretudo importante para corrigir más práticas, já que o maior factor de desperdício pode ser mesmo quem gera o consumo. O primeiro passo para corrigir más práticas é ter consciência delas, o segundo será conhecer as boas práticas e as recomendações adequadas, o que a maior parte destas ferramentas também permitem.





Três Conselhos para poupar

Planeie bem as compras
Antes de fazer compras deve planear cuidadosamente o momento fazendo um levantamento das necessidades reais para que quando chegue ao local compre aquilo que é realmente necessário.

Compare preços

As compras por um impulso não são uma estratégia para assegurar bons negócios. Deve haver ponderação na escolha de produtos e serviços e gasto algum tempo na comparação, não apenas dos preços finais, mas também nas condições associadas.

Seja crítico relativamente às promoções

Só porque um produto é anunciado como uma promoção, isso não significa que se está perante um bom negócio. Para perceber o valor de uma promoção é necessário entender que valor era praticado antes do desconto. Nas promoções que juntam produtos em quantidade (leve três e pague dois) é também importante perceber se o que vai comprar a mais lhe faz de facto falta.
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